Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 12

Igor Smith

Eu nem acredito que um mês já se passou, as coisas foram acontecendo uma atrás da outra e eu nem tive tempo para pensar em que desculpa mais, arrumar para enrolar a minha avó.

A velha está cada vez pior e eu até tentava inventar coisas, mas agora já nem perco o meu tempo mais, ela ficou chata e bisbilhoteira e consegue descobrir quase todos os passos que eu dou, por mais que eu goste da minha avó preciso tomar cuidado.

Nesse mês que passou eu quase não falei mais com Elisa, ela começou aqueles ensaios chatos e exagerados do balé, e como eu já sei que nunca sou sua prioridade, já tenho evitado também perder o meu tempo com isso. Ainda não encontrei um meio para resolver essa situação, mas ainda me resta uma esperança de que ela volte atrás em sua decisão.

Cheguei no meu escritório hoje pela manhã, e encontrei com o meu assistente me esperando... já conheço essa cara de espanto dele... é claro que a velha estava ali, droga!

— A minha avó chegou, não é? — pergunto.

— Sim, está no escritório! Acho que não vai conseguir se livrar dela hoje...

— Ruan... você não sabe o carma que estou vivendo, cara... ela não desiste nunca! Fica insistindo e insistindo que eu preciso me casar, mas na verdade o que ela quer mesmo é o famoso neto, que nem eu e nem Elisa estamos preparados para lhe dar! E o pior, é que eu já nem sei mais se estamos juntos ou não... Elisa não tem me dado atenção.

— Vishi, cara! Ela não é do tipo que desiste fácil, mas isso é algo que você já está careca de saber! — suspirou, sentando na cadeira giratória ainda em frente.

— É, eu sei! — respondi.

— Melhor ir logo, hoje não vai adiantar mais fugir! — falou, ele e fui até a minha avó me sentindo um boi indo até o frigorífico!

— Cadê o meu neto preferido? — falou a minha avó, quando me viu.

— Nem vem, vó! Todos nós sabemos que eu sou o único! — brinquei lhe cumprimentando com um beijo.

— É sobre isso mesmo, que eu vim conversar! Você me enrolou o mês inteiro! Vai me contar agora, o que realmente aconteceu com o seu pedido de casamento? Pois até agora, não vi data nenhuma marcada! — falou, e eu respirei fundo escorregando pela cadeira da presidência!

— Deu errado, vó! Como já deve imaginar! — falei de uma vez!

— Então se esforce mais! Ou arrume outra!

— Eu não posso, você sabe que amo a Elisa!

— Elisa nem te responde, que eu sei! Se esperta, Igor! Quando vai entender que ela se interessa muito mais em sapatilhas, do que em você? — suspirou parecendo cansada. — eu vou ter que sair agora, mas dê o seu jeito! Não temos a vida toda, e você sabe! — falou a velhinha brava, e eu bufei...

Depois que ela saiu, fui voltando para a minha sala com a cabeça meio quente... aquilo era irritante.

Só que quando fui entrar, notei uma mulher mais velha e um jovem, sentados numas cadeiras em frente à minha sala, e a minha secretária me olhava estranho.

— Senhor Smith, está mulher deseja falar com o senhor! — falou a minha secretária, Olivia.

— Deveria ter marcado horário! Agora estou ocupado! — fui entrar na minha sala, e fui barrado por ela.

— Ei! Não seja mal educado! Preciso que dê um bom cargo executivo para o seu irmão! — ela falou apontando para o jovem que estava do seu lado, e franzi o cenho.

— Não entendi! Que irmão? Não sei de irmão nenhum, e estou bem ocupado agora! — reclamei.

— Olhe para ele! Ele é a cara do seu pai, e também se parece com você! E o Eduard precisa trabalhar! — falou ela, apontando para o rapaz.

— Olha aqui! Se parecer até o papa parece! Agora se ele for quem diz, procure os seus direitos e me deixem em paz!

— Mas...

— Se ele for realmente filho do meu pai, a gente volta a conversar! Agora com licença! — entrei batendo a porta na cara deles, a minha paciência está bem curta hoje, nem deixei que falasse mais.

Sentei na minha cadeira, e coloquei a mão entre os cabelos, era só o que me faltava, mais problemas para eu resolver, vou enrolar enquanto eu puder, essa história é muito estranha, nunca soube do meu pai ter tido outra família.

Mal respirei, e a minha sala foi praticamente invadida, e me irritei muito quando vi quem era que havia entrado.

— Mas que absurdo é esse? Aonde estão os seguranças que não impediram esses abutres de entrarem aqui? — falei para a Olivia ao notar que eram os mesmos dois caras lá da ilha, que me filmaram pela manhã com a Luana, e pareciam ser parentes dela.

— É bem simples! A gente recuperou todo o equipamento que você jogou no mar! Sou excelente em natação, moro naquela ilha, não sei se você se lembra! E, só viemos avisar que temos todo o conteúdo conosco, vai querer negociar, ou não? — falou um deles, e aquilo só poderia ser algum tipo de brincadeira, hoje não era o meu dia de sorte.

Eles me entregaram um envelope, e quando abri fiquei assustado.

— O que querem com isso! — perguntei, já sem paciência, olhando para fotos muito comprometedoras de eu e a Luana nus no quarto do navio.

— Que não permita que destruam a ilha! Que não construa e nem venda ela! Em troca manteremos o seu segredo em segurança! — falou o outro.

— Ahh! Palhaçada! Era só o que me faltava, agora... estão me ameaçando? Não posso fazer mais nada com um local que é meu? — perguntei.

— A única coisa que queremos é manter a ilha, a nossa vida é lá, não queremos que seja destruída! — falou o ilhéu mais baixinho.

— Olha! Aquela ilha é propriedade minha! Então sou eu quem vai decidir o que fazer, e não estou nem aí com o que vocês pensam ou deixam de pensar! Entenderam? — perguntei.

— Então não se importa se a bailarina ficar sabendo? — ameaçaram outra vez, mas desta vez eu jogaria o jogo deles.

— Bom, ela é parente de vocês! Terão coragem de expôr a Luana desta forma? — ao perguntar isso, um deles colocou as fotos no envelope com raiva, e se retiraram da sala, que só agora eu vi que estava aberta, espero que ninguém tenha ouvido.

Monique

Estou com muita raiva que esse engomadinho se ache tanto, o meu filho Eduard, poderia muito bem assumir no seu lugar, é tão filho do Tony quanto ele.

Observei o alvoroço todo, logo que a gente saiu da sala, e pude ouvir muito bem que o tal Igor estaria muito encrencado com aquelas fotos se fossem parar nas mãos da dona Olga, avó dele! Certamente ela o demitiria e colocaria o Eduard como o CEO, pois também é herdeiro como o Igor!

Logo que aqueles homens saíram de lá, eu os parei.

— Ei! Eu tenho interesse nessas fotos! Querem vender? — perguntei.

— Mas o que a senhora faria com elas? Não queremos problemas para a Luana, apenas impedir que a ilha seja vendida! — um deles falou.

— Na verdade só preciso de cópias! Quero mostrar para a avó dele, quero que ela o demita, e se eu conseguir você tem a minha palavra que manterei a ilha como vocês quiserem! E, também lhe darei um bom dinheiro por elas! O que acha? — perguntei, e o vi olhar para o outro, e concordaram com o que eu falei.

Então assim eu fiz... lhes dei um bom dinheiro, e fiquei com a cópia das fotos, agora mesmo levarei para a dona Olivia, e ela certamente ficará irritada com o engomadinho e colocará o meu filho, no cargo de CEO do grupo Smith!

Luana Davis .

A minha vida mudou consideravelmente, já não tenho feito papel de boba aqui nessa empresa, posso dizer que aprendi muitas coisas com o Igor naquele passeio, e já não fico carregando os cafezinhos e imprimindo papéis, o tempo todo... e muito menos, faço o serviço que é de responsabilidade de cada um, dentro daquela empresa.

— Luana, tem um homem querendo falar com você na linha dois, disse que é o seu namorado! — falou a recepcionista.

— Eu não tenho namorado, então se ligarem novamente é trote! — respondi.

— Ele insiste! Está ligando a toda hora, acho que vou transferir a linha para você, daí você resolve com ele! — falou ela.

— Eu já disse que é trote! Não tenho namorado nenhum, e eu estou ocupada com o meu trabalho, não posso assumir a sua linha, peça para contratarem uma auxiliar se ver que não dará conta! Ok? — expliquei sem ser ignorante, mas tenho o meu trabalho, poxa!

— Mas...

Ela quis reclamar, mas se calou, e achei melhor assim, principalmente por esses dias que peguei uma virose, e ando passando mal, tenho enjoado, e vomitado, as vezes me dá tontura também, e umas dores no pé da barriga, está terrível!

Mal desliguei o telefone fixo, e ouvi:

— Luana, você pode buscar um café pra mim? Estou tão ocupada agora! — falou uma colega de trabalho, e eu nem a olhei para ela, apenas respondi enquanto continuava digitando...

— Não posso! Estou bem ocupada, agora! Se tem vontade de tomar, deveria ir lá buscar!

— Puxa, você sempre buscava, o que anda acontecendo com você? — ela perguntou, mas naquele momento que ela falou em café, me senti muito enjoada, e precisei sair logo dali, e ir procurar o banheiro, eu vomitaria outra vez... eita virose que não passa!

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