Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 13

Igor Smith

Aquilo tudo que aconteceu no escritório hoje, me deixou de cabelo em pé! O dia não correu nada bem e eu estava bastante estressado, já não bastava aquela mulher vindo com aquela história de que eu tenho um irmão e que o meu pai traiu a nossa família, arrumando outra, agora ainda me vem aqueles dois novamente, com aquela história que eu pensei que já tinha sido passado uma borracha, e certamente estão me chantageando.

De acordo com o que entendi, eles não vão desistir tão fácil, e como eles têm provas contra mim, certamente a usarão quando bem entenderem, então por isso eu acredito que preciso me precaver e procurarei um bom advogado.

— Ruan! Vou naquele advogado que sempre conversamos! Preciso me precaver com todas as coisas que me aconteceram aqui! — falei, levantando da minha cadeira.

— Certo! Eu fico de olho em tudo! Pode ir tranquilo, já vi que o clima foi tenso por aqui, hoje! — respondeu.

— Se aquela mulher voltar, nem a deixe ela entrar! Vou perguntar ao advogado o que preciso fazer! — expliquei.

— Certo! Você está certíssimo, cara! — ele falou, e logo me retirei indo até o meu carro, marquei de ir ao escritório do advogado, que é um ambiente terceirizado da prefeitura, tem vários advogados lá, oficiais de justiça, e promotores, e um deles é amigo da família a tempos...

Hoje o dia está um pouco chuvoso e meio lento típico daqueles dias que você pensa que não deveria ter levantado da sua cama, embora a previsão seja de sol para agora, mas infelizmente, ou felizmente, eu sou o CEO do grupo Smith, e preciso estar lá todas as manhãs.

O trânsito em Nova York nesse horário é um caos, logo após o almoço ainda tem muita gente voltando para as empresas, para trabalhar ou para as faculdades e escolas, mas eu preciso resolver isso, são dois assuntos muito importantes para tratar, e não posso adiar por enquanto.

Não gosto nem de imaginar se cair no ouvido da minha avó uma história daquela, embora eu me preocupe com a Elisa, a minha avó também costuma ser bem perigosa quando está irritada, e prefiro não a irritar por enquanto, ainda mais depois da última decepção que ela teve aonde o meu pedido de casamento foi um fiasco, e o “tão esperado neto” dela, terá que esperar por muito mais tempo para chegar.

Assim que entrei no prédio da empresa, encontrei com o advogado e também antigo amigo da família, ele como sempre sorridente veio pessoalmente me receber.

— Olá Igor! A que devo a honra da sua presença? — disse alegremente.

— Oi Davidson! Preciso resolver dois assuntos, está com tempo? — perguntei.

— Claro! Pra vocês eu sempre encontro um horário! Mas, agora me diga... O que o fez sair do seu escritório neste horário do dia, e vir pessoalmente aqui falar comigo? — perguntou.

Olhei ao nosso redor e vi que a mesa dele ficava no centro de um grande espaço, tipo um salão que era dividido por várias mesas e haviam alguns funcionários espalhados, mas a mesa dele era mais isolada com duas divisórias nas laterais, mas ainda assim daria para ouvir a conversa, então eu precisava ser discreto. Me ajeitei na cadeira e com o tom de voz meio baixo comecei a explicar:

— Bom! O primeiro assunto, é que apareceu uma mulher com um jovem hoje na empresa, e alega que este jovem é filho do meu pai, pois ela veio à procura de um bom cargo para ele na empresa, só que eu não posso fazer isso sem saber realmente quem são aquelas pessoas!

— Nunca os viu? Se parece com você? — perguntou.

— Não posso dizer que o rapaz realmente não se pareça com a gente, ele tem os traços do meu pai e até um pouco dos meus, mas eu nunca ouvi falar de outro filho ou outra mulher na vida dele, então preciso saber com você como lidar com essa situação. Pode apenas ser parecido, não é? — expliquei.

— Bom! Certamente essa mulher voltará atrás dos direitos dela, se o jovem realmente for filho do seu pai, ela não está errada e vai solicitar que seja feito um exame de DNA, e ele será comparado ao seu, de acordo com o seu sangue, e se ele for realmente seu irmão será considerado como filho do seu pai, também. Mas te aconselho a esperar, como é ela que está atrás dos seus direitos… deixe que ela venha atrás e solicite tais exames, por enquanto pode ficar na sua, e não precisa lhe dar dinheiro algum! Por acaso ela lhe pediu? — perguntou.

— Não pediu! Apenas o cargo por enquanto, mas não confio nela! — falei.

— Certo! Vamos esperar pelo pedido dela, então! E, o que seria o outro assunto? — perguntou.

— Bom! A um mês atrás, eu fui para um cruzeiro, e fui ameaçado por moradores de uma ilha a não vender a propriedade, e nem construir nela, como eu recusei, eles montaram uma emboscada e tiraram fotos comprometedoras entre eu e uma outra mulher, e agora estão me chantageando com as nossas fotos íntimas, e querem mostrar para a minha avó e para a Elisa, a minha namorada. Eu não sei o que faço, já me neguei e já falei que não vou ceder a chantagem, mas na verdade tenho medo que essas fotos fazem... e também tenho o fato de que se a minha avó ou a Elisa ficarem sabendo eu estou muito ferrado! Então, preciso que me ajude! — falei.

— Hum... interessante! Bom, se eles usarem a sua imagem sem a tua autorização, você poderá processá-los! E, sem contar que podemos entrar na justiça, e denunciá-los, isso é crime, eles não podem fazer isso, ainda mais como forma de chantagem! Mas, já aviso que isso poderá levar um bom tempo! — explicou ele.

— Puxa! Agora não sei o que... fazer... — saí dos meus pensamentos ao ouvir uma voz conhecida, e mal consegui continuar falando.

Tá certo que haviam várias pessoas ali, mas eu poderia jurar que ouvi a voz da Luana, não sei se é coisa da minha cabeça, pois eu ando sonhando com ela, então isso pode ser coisa do meu cérebro ficando mais louco.

Olhei uma moça de costas, e aquela silhueta era muito parecida com a da Luana, acho que não devo estar dormindo direito, não poderia ser tanta coincidência assim, acidentes acontecem, mas... duas vezes?...

Olhei para o advogado que percebeu o meu olhar para o local, e parecia que ocorria uma certa discussão ali.

— Não se preocupe, meu amigo! É normal os funcionários agirem assim, principalmente quando se trata da Luana, uma oficial de justiça que trabalha ali na mesa de baixo! Antes ela costumava fazer muitas coisas extras, e parece que agora anda encontrando alguns problemas pelo caminho ao se recusar! — falou o Davidson.

— Luana? Então é ela mesmo! Com licença, meu caro, tenho algo para resolver com ela. — fui me levantando devagar, agora fiquei curioso em saber do que se tratava ali.

— Me procure quando decidir o que vai fazer, que a gente resolve isso, Igor! Vou tentar descobrir quem são, e aonde moram, talvez você deva ir lá e exigir as imagens! — disse ele, estendendo a mão para me cumprimentar.

— Ok... — respondi, com a cabeça longe…

De longe fiquei olhando, e fiquei assustado com a cena que eu via... a Luana estava ali, e tentava se defender de muitos folgados que estavam tentando persuadi-la a fazer coisas que não eram da sua função, e também ficar até mais tarde no trabalho.

Me perdi por alguns minutos a observando, e ela parece que perdeu um pouco de peso, e estava um pouco encolhida, mas ela tem uma beleza natural cativante, que me fez esquecer o que eu fazia ali... o seu jeitinho delicado, as vezes me irrita pois as pessoas acabam se aproveitando dela, mas não posso mentir, isso pra mim também é uma qualidade para mim. Fiquei a admirando, os cabelos soltos, parecem mais brilhosos, assim como a sua pele, e até rosada.

Me aproximei ainda mais, quando ouvi a próxima frase:

— Você costumava fazer isso, antes! Por que não pode fazer isso, hoje? — um folgado muito parecido com o idiota do ex dela falou, e foi para perto dela, aparentemente querendo a intimidar.

— Eu já falei que tenho compromisso! Não posso ficar hoje! O meu horário de expediente já acabou, não posso fazer mais nada, entendam! — ela falou se defendendo, e já gostei um pouco da sua atitude, mas pelo o que eu vi, aquilo não tinha acabado por ali, eles realmente queriam a humilhar!

— Você tomou um pé na bunda! Por que não pode trabalhar até tarde? Você não tem nenhum encontro depois! — a outra mulher que estava ao seu lado comentou, e como se não bastasse, ainda praticamente a obrigou a segurar uma pilha de papéis que estavam na mão da outra, e a olhavam com um sorriso presunçoso, achando que tinham vencido, e a Luana parecia não saber mais o que fazer...

Eu não poderia deixar aquilo daquele jeito, precisava interferir, era ridículo como aquelas pessoas se achavam no direito de determinar sobre a vida de alguém daquela forma!

Então cheguei ao lado dela, e tomei a liberdade de abraçá-la de lado, e falei:

— Ela tem um encontro comigo! — olhei para ela, e os seus olhos estavam assustados. — Oi Luana, eu já estava ansioso! — sorri lhe dando um beijo no rosto, e agora só espero que ela tenha entendido a minha jogada, e não venha a me deixar a ver navios...

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