Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 15

CAPÍTULO 15

Luana Davis

Que situação, minha gente! Como eu poderia estar grávida? Seria mesmo possível eu ter engravidado com apenas duas noites com o Igor? Realmente não dava para acreditar numa coisa dessas! O pior de tudo é que o tal Louis, deve ter pensado muito mal de mim... deve me achar uma qualquer, que transou duas vezes com um desconhecido, e agora pode estar grávida dele...

Saí meio que sem rumo do orfanato, pensando, e pensando, a respeito da minha vida e do que eu faria a partir de agora, se eu realmente estivesse grávida! Eu precisava caminhar... parece que o exercício ajuda a minha cabeça a funcionar melhor, e então quando passei pela terceira farmácia que avistei, desisti de tentar me enganar, pois eu sabia que realmente não havia me cuidado, e teria mesmo uma possibilidade de eu estar grávida.

Eu não conhecia ninguém ali, mas mesmo assim fui entrando dentro daquela farmácia me sentindo horrível, como se eu fosse uma criminosa, pois para mim que tenho tantos princípios, uma moça solteira que nem um namorado tem... Ter a possibilidade de estar grávida, era feio demais... Não foi isso que o meu pai me ensinou, e eu só aceitei me deitar com o Hélio, porque eu realmente o amava e nunca imaginei que não tivesse sido ele naquela noite, mas também sei que não sou nenhuma santa, pois na segunda noite, por livre e espontânea vontade, aceitei outra vez ter intimidades com o Igor.

Então eu posso dizer que não sou nenhuma santa mesmo! Olhei para o atendente do balcão e estava me sentindo péssima pelo pedido que iria fazer, e ele me olhou e percebeu que tinha algo estranho.

— Você está bem, moça? Do quê precisa? — perguntou ele, que usava uma roupa toda branca e tinha um crachá que provavelmente dizia que ele era farmacêutico, não tive paciência de conferir.

— Eu... tenho enjoado, e vomitado com frequência... será que eu poderia estar...

— Grávida? Claro que sim! Faz um teste de gravidez! Tenho um ótimo aqui! — ele falou e foi pegando uma caixa.

— Na verdade eu iria dizer “com virose”... — comentei com vergonha.

— Atraso menstrual? — perguntou.

— Sim... — respondi cabisbaixo.

— Então pode ser bebê! Pode levar este que é bem seguro! — falou ele, e decidi ficar quieta, pagar e sair logo dali.

Pedi um carro de aplicativo, e fui para a minha casa, eu precisava acabar de uma vez com essa dúvida que passou a me atormentar! A minha cabeça estava até quente de tanto pensar, mas de nada adiantaria...

Olhei para o potinho, para a fita mole e esquisita que decidiria muita coisa da minha vida, e me preparei psicologicamente para o possível resultado, e então fui de uma vez coletar a urina, coloquei a fita dentro do pote, o deixei em cima da pia... me sentei no vaso, e fiquei esperando.

Parecia que o tempo não passava, mas ao perceber mais de uma listra ali... fiquei em estado de choque!

— Grávida! Céus... eu deveria ter me jogado no mar naquele dia!!! Nunca ter deixado as coisas se repetirem na cama do Igor! — disse para mim mesma, e senti vontade de chorar... “o que eu faria agora?“

Nem tive tempo de me lamentar, pois o meu celular tocou, e precisei me recompor para atender a minha mãe, que não é nada fácil de lidar, então engoli o choro e dei um jeito de atender...

Ligação onn...

— Oi, mãe...

— Mas, que droga, Luana? Sempre me deixa esperando! Qual o seu problema? Nunca quer falar comigo, não é? — falou como sempre, soltando os cachorros em cima de mim.

— Eu... só estava no banheiro, mãe! Me desculpe!

— Bom! Não tenho tempo para conversa agora! Preciso que venha para a ilha neste final de semana! Faremos uma mobilização, aqui! A Smith Engenhary, pretende mexer nas terras, e não podemos permitir! Os ilhéus irão protestar, e preciso que você esteja aqui! — falou ela, como uma ordem.

— Tudo bem, mãe! — eu não iria discutir hoje, a minha vida já está uma bagunça, mesmo!

— Tá! Quero ver então! Tchau! — falou e desligou, como sempre.

Então pude me deitar na minha cama, e me desesperar! Preciso cuidar do meu filho sozinha, o Igor deixou bem claro que não queria um filho comigo...

Igor Smith

Saí daquele orfanato nervoso... tudo o que eu não queria era ter um filho com a Luana, que embora seja uma moça bacana e linda, está muito longe de ser como a minha bailarina, que quase não me atende mais...

Me assustei com o meu celular tocando, e quando vi que era o advogado, então me animei a atender.

Ligação onn...

— Alô!

— Boas notícias senhor Smith! Descobrimos que quem tirou as fotos, é daquela ilha! Acho que deveria ir até lá agora no final de semana, pois estão planejando manifestações, e daí você aproveita para recuperar as fotos! — disse o advogado.

— Certo! Melhor mesmo! Obrigado, Davidson!

Ligação off...

Depois da ligação do Davidson eu pensei bem, e cheguei à conclusão que ele estava certo, eu realmente deveria ir até aquela ilha e dar um jeito de recuperar aquelas fotos! Vou acabar com qualquer vestígio ou equipamento que sobraram delas.

Pedi a minha secretária Olívia, para que comprasse passagens com um dos barcos que levavam até a ilha, eu embarcaria no outro dia de manhã.

Pedi ao meu assistente para que me levasse até o cais, aonde eu embarcaria naquele barco menor, para chegar até a bendita Ilha, que tem me causado tantos problemas até então.

Ao entrar no barco, fui até o final e sentei em um cantinho onde ninguém me visse! A minha cabeça ainda estava doendo, e eu queria ter sossego, nada de problemas em barcos ou cruzeiros outra vez!

Tentei colocar a cabeça em ordem, e pensar no que eu faria assim que desembarcasse na ilha, e até já tinha um plano em mente. Assim que recebi uma mensagem do meu advogado, fiquei ainda mais feliz, pois ele já me passou a localização exata daqueles dois Idiotas que estão me chantageando.

Assim que eu desembarcar, irei direto para lá e tirarei os equipamentos dele! Não posso viver sobre ameaças desse jeito, e também tão pouco quero que a minha avó fique sabendo de tudo isso.

Olhei para o céu e vi as poucas aves que ainda se aproximavam, agora tomando rumo novamente para o porto, e sumindo no meio daquele azul tão bonito.

Haviam várias pessoas no barco, mas eu não sei se eu ando com algum problema psicológico, mas ultimamente tenho visto a silhueta, os cabelos, e o rosto da Luana, em vários lugares... e poderia jurar que ela está no mesmo barco que eu... bem lá na frente, olhando para o mar e para a ilha, “eu estaria ficando louco?“ Penso.

A moça se levantou e encostou na beira do barco e então até tive a impressão de que ela não estivesse bem... passando mal de alguma forma, e quando ela virou para um dos lados eu pude confirmar... era mesmo ela! Estava linda com os seus cabelos soltos para trás, do jeito que eu gosto, e com uma roupa bem simples mas ela fica delicada de qualquer forma, não consigo não achar a Luana a mulher mais bela desse barco, embora ela não esteja usando as roupas que eu comprei...

Me levantei prontamente na expectativa de falar com ela, mas ao me lembrar do nosso último encontro fiquei com receio... o que eu estava fazendo? Eu não poderia ficar enrolando ela desse jeito, eu teria que me decidir! E eu já sei quem eu quero, que é a minha bailarina Elisa, então eu preciso me contentar e ficar na minha, até porque eu nem saberia o que dizer para Luana, hoje.

Esperei que ela saísse do barco e não tivesse a oportunidade de me ver, então foi muito rápido, praticamente pulei daquele barco e fui direto para o endereço que o meu advogado me enviou.

Logo verifiquei aonde era a casa e pude avistar aqueles dois babacas que estiveram no meu escritório por esses dias.

Logo que entrei pelo portão que estava aberto, me escondi atrás de uma porta, e assim que um deles foi para o lado de trás, eu entrei pela porta da frente, o pegando de surpresa, e eu o prensei contra a parede...

— Me diga! Aonde estão as fotos? Vamos! Não quero precisar machucar você, apenas me diga! — falei, e ele me olhou assustado.

— Não digo! — ele falou, então fiquei furioso, e decidi amarrá-lo numa cadeira que estava por ali, e peguei um pedaço de uma das cordas que eles penduraram na parede.

Eu mal terminei, e o outro apareceu, então o empurrei, e ele caiu sobre a mesa da pequena casa, eu o segurei pela camisa, e fui bem direto!

— Aonde estão as fotos? — perguntei, e ao ver o seu olhar para o armário da cozinha, puxei uma outra corda, e o amarrei na mesa.

Então fui até o armário e encontrei o envelope com as fotos, a câmera estava ao lado, e eu também a peguei.

— Escutem aqui! Estou deixando uma boa quantia em dinheiro para que vocês comprem outra câmera, e bico fechado sobre tudo isso! Não quero mais me estressar com esses tipos de ameaças, me entenderam? — falei meio rude, mas eles eram bem bobos, e pareciam até com medo, então não era necessário fazer mais nada por ali.

Ao sair pela porta, peguei um martelo e comecei a moer a câmera, e também rasguei as fotos em minúsculos pedaços, o problema é que ouvi um alvoroço vindo naquela direção, e precisava sumir dali.

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