Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 23

CAPÍTULO 23

Igor Smith

Eu já havia me esquecido como funcionam as coisas na visão da minha avó, ela ficou muito chateada pensando que eu de certa forma, forcei a Luana a fazer aquele aborto, e na verdade foi justamente o contrário eu evitei com que ela o fizesse.

Eu não sabia que na idade dela, uma velhinha poderia bater tão forte! Fiquei com os braços roxos e as canelas já estão até amarelas.

A situação toda ficou muito mais complicada do que eu havia previsto, conheço muito bem a minha avó e sei que quando ela coloca uma coisa na cabeça, nada e nem ninguém consegue fazer com que ela mude de ideia. Tentei enrolar Tudo conforme eu pude, mas claramente perdi o controle da situação.

A minha avó deveria ser mais compreensiva, ela sabe sobre todo o meu relacionamento com a Elisa, e deveria saber que os meus sentimentos também estão em cheque nessa situação toda.

Eu jamais abriria mão de um filho meu, mas também não gostaria de me casar assim... as pressas e com uma mulher que eu acabei de conhecer. Não vou negar que a Luana me chama atenção, gosto do seu jeito, do seu corpo, a sua pele junto com a minha me faz, tão bem! Gosto de rir junto com ela e conversar, ela sempre me dá atenção e me ouve... mas o que posso fazer se o meu coração ainda dói por Elisa?

Para explicar melhor sinto que o meu coração está dividido, pois antes eu pensava apenas na minha bela bailarina, mas agora simplesmente não consigo deixar de pensar na Luana, também! O que eu faço?

Quando ela começou a me explicar toda aquela história dos ilhéus, e também olhando para a minha avó, percebi que não teria escapatória, e ela faria de tudo que pudesse para me fazer casar com a moça, decidi que a melhor opção seria me casar com ela.

— Mas, Igor... você sabe que não era isso que eu queria! Eu sei da tua história e dos teus sonhos, por que está fazendo isso? — perguntou a Luana, e então eu respondi, não toda a verdade, mas fui por um outro lado...

— Eu pensei bem, Luana! Você é uma pessoa muito crédula, acredita em tudo o que te dizem e facilmente se deixaria enganar... como eu ficaria tranquilo sabendo que você futuramente poderia encontrar um namorado e o nosso filho ser infeliz porque essa pessoa seria muito ruim para ele? Não, Luana... prefiro que nos casamos, e juntos cuidaremos do nosso filho! — falei, e ela abriu a boca, e não fechou mais.

— Tem certeza, Igor? Eu não quero estragar tudo... — pronunciou.

— Sim! Vamos anunciar para o povo da Ilha, e a minha avó...

Tudo que acabei de dizer não deixa de ser verdade, mas também não posso dizer que seja, pois não pretendo deixar que essa história vaze nas mídias, não quero que a Elisa descubra que eu me casei com a Luana, ainda tenho esperanças de logo que o bebê nascer, eu conseguir me separar e ter um relacionamento com a minha bailarina, depois!

Se eu me recusasse a aceitar a proposta da minha avó nesse momento, certamente ela faria um estardalhaço, e tudo o que menos quero agora, é que a Elisa descubra que eu vou ter um filho com outra, então achei melhor apaziguar a situação enquanto eu me resolvo com o que fazer.

Segurei na mão da Luana e juntos voltamos a nos aproximar de todas aquelas pessoas que aguardavam uma resposta. A minha avó quando me viu segurando na mão dela já soltou um sorriso, aquela mulher é muito ligeira nunca vi ela não conseguir algo que quer.

— Nós vamos, nos casar! — Falei para que todos ouvissem, e a minha avó foi a primeira a aplaudir.

— Ótimo! Meu querido voltou a raciocinar corretamente! Ainda bem que eu vim preparada... peguei o anel de noivado do seu quarto, e trouxe um contrato de casamento feito pelo meu advogado! Aonde fica a igreja? — ela falou tudo isso, e começou a olhar para os lados procurando por algo.

— Porque perguntou da igreja? — perguntei a ela, mas já vi que muitos a responderam aonde ficava.

— Ué... vocês vão se casar! Então precisam de uma igreja! Já avistei aquela que apontaram, e ela serve! Vamos buscar a sua família, minha nova neta! — ela falou se aproximando de Luana e enganchou no braço dela, como se a neta dela fosse ela, e não eu... que fiquei parado parecendo um “dois de paus”, sem entender nada... “oi? Eu me caso, hoje?“ Pensei sozinho, e saí quase correndo para alcançá-las, e gritei aos Ilhéus:

— NÃO SE PREOCUPEM! PODEM PARAR COM OS PROTESTOS QUE LOGO ENTRAREMOS EM CONTATO! NINGUÉM AQUI VAI PERDER OS EMPREGOS! — e então continuei correndo, e entrei no carro.

A minha avó parecia amiga antiga da Luana, a velhinha gostou dela... também, como não gostar, não é? Tão doce...

Quando chegamos na casa dela, a mãe da Luana parecia outra pessoa até um sorriso falso eu recebi vindo dela, mas naquela lá, eu não acredito, não! Vi a minha avó e a mãe dela conversarem e não sei do que tanto falavam, mas olhavam para mim e para a Luana que estava sentada no sofá, tomando uma água porque estava com enjoo. Vi que havia algumas frutas na mesa da sala e peguei algumas colocando num prato que encontrei no armário e levei a ela:

— Coma um pouco! Garanto que vai se sentir melhor! — falei ao entregar o prato.

— Eu estou é nervosa! Isso não é uma loucura, Igor? Casar hoje? Parece que é isso que ouvi... — falou ela, e suspirei.

— Apenas coma! Ainda vou tentar conversar com a dona Olga... — falei, mas eu sabia muito bem, que não conseguiria facilmente.

Ela pegou uma banana e começou a comer bem devagar, eu fiquei de olho e logo que a minha avó saiu de perto da velha encrenqueira da mãe da Luana, eu a chamei num canto para conversar:

— Vó! Isso é uma loucura! Por que não esperamos pelo menos um mês para celebrar essa cerimônia? Isso é muito estranho... casar assim do nada!

— Nem vem, Igor! Eu conheço muito bem a sua preocupação! Ela tem nome, e não vou nem pronunciar mais o nome daquela bailarina dos infernos, que só te engana, te enrola, e te faz de bobo, e você continua feito um cachorrinho atrás dela! Já chega! Você precisa abrir o olho e mudar a sua vida, vive dando conselhos para todo mundo, que eu sei, mas não houve nenhum que dão a você! Para o grande CEO do grupo Smith, você tá me saindo um verdadeiro bobo! Então para de falar besteiras, e enfrente a situação como um homem! — falou de cara feia, e já vi que estou sem moral nenhuma com ela, e era mais fácil a Luana a convencer, do que eu...

— Eu ainda amo a Elisa, vó...

— Então se esperte! Case logo, porque eu tenho o número dela, e ligo agora mesmo contando a novidade do mais novo papai! O que acha? — me intimou, erguendo o queixo várias vezes, e precisei entregar essa batalha.

— Tudo bem!

— Ótimo! Vá até o Lopez e pegue duas sacolas grandes que eles trouxeram! São as tuas roupas e as da tua esposa! — arregalei os olhos, com a organização dela, caramba! Pensou em tudo?

Fiquei observando depois que entreguei a sacolas, que a mãe da Luana pouco se importou com ela estar ali se arrumando sozinha, e foi a minha avó quem foi lá ajudar ela a fechar o vestido, e arrumar os cabelos, mas infelizmente isso não é novidade mais para mim.

Vesti a minha roupa, e esperei até que a Luana saísse do quarto, e quando eu a vi, achei a noiva mais linda do mundo... um vestido simples branco, com mangas transparentes, e poucos detalhes em pedras. O seu cabelo estava levemente preso, de uma forma muito natural, mas a Luana tem uma beleza que não precisa de acessórios para ficar bela, e até os óculos me cativam nela.

Entramos no carro e fomos até a pequena igreja da Ilha, era um lugar simples mas muito bonito eu até diria que se fosse escolher eu poderia muito bem escolher esse lugar para se casar! Ele dava de frente para o mar e era naturalmente bonito, com flores e verdes que deixavam um ambiente completamente romântico e natural, e não me perguntam de onde, mas havia até um padre ali nos esperando, a minha avó realmente me surpreendeu.

A cerimônia foi bem simples, a minha avó mais queria é que assinássemos logo aqueles papéis, entramos juntos no local e o padre começou a falar algumas coisas simples e logo quando vi estávamos nos casando.

— Eu, Igor Smith! Aceito Luana Davis, como a minha legítima esposa, e prometo ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amá-la e respeitá-la, até que a morte nos separe! — ela colocou a aliança em mim.

— Eu, Luana Davis! Aceito Igor Smith, como o meu legítimo esposo, e prometo ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amá-lo e respeitá-lo, até que a morte nos separe! — coloquei o anel nela. “Anel que já havia estado no dedo dela, e agora voltou”, penso.

— Pela autoridade a mim imposta... eu voz declaro, marido e mulher... pode beijar a noiva! — falou o padre.

Eu olhei para ela, e por um momento até hesitei em beijá-la, mas quando observei os seus olhos, aquela boca, tão vermelha e delicada, a Luana é linda, não tem como eu não sentir nada a olhar para ela, certamente eu a desejo como mulher! E, então não resisti a tentação de beijá-la novamente, até porque a última vez que beijei alguém, foi a boca dela que estava perdida dentro da minha.

Delicadamente segurei na sua nuca, e a sua cabeça, colando os nossos lábios em um beijo simples, mas ao sentir o beijo dela, não consegui me segurar e praticamente ataquei a moça ali mesmo, foi como se não existisse mais ninguém ali e só voltei a si, quando ouvi o barulho de muitos aplausos das pessoas que estavam presentes e então me lembrei de que não estávamos sozinhos.

— VIVA OS NOIVOS!!! — gritavam.

Observação: (expressão “dois de paus”)

Quando alguém é chamado de “dois de paus”, é porque ele se encontra inerte ou incapaz de inciativa e sem serventia.

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