Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 33

CAPÍTULO 33

Luana Smith

Igor me falou que me ligaria e nada de me ligar até agora, já estou aqui um bom tempo com ele, e até já percebi que está cansado. O pior de tudo é que saí sem dinheiro e nem sei como vou voltar para casa, não quero ter que ligar para o Igor e pedir para que o motorista me busque, ou que ele venha me buscar, já me humilhei demais... então já que estou perto do orfanato vou ficar por lá com o Thor... assim posso ver as crianças e ele pode descansar.

Fui caminhando devagar com o Thor pela rua que ia direto para o orfanato, eram poucas quadras dali aonde eu estava. Chegou um momento que ele cansou, então peguei ele no colo e ele ficou quietinho olhando o movimento, e quando passavam crianças ele abanava o rabinho. É claro que eu estava levando ele para o lugar certo, ele iria adorar ver as crianças e elas iriam adorar ver ele também.

Quando cheguei no portão, encostei na grade e fiquei olhando o movimento das crianças. Thor já levantou as orelhinhas e começou a cheirar ali onde a gente estava, algumas já apareceram no portão, e vi quando o Louis brincava de chutar bola com os meninos do outro lado do jardim. Então a Mia uma das meninas que sempre vem me cumprimentar, pediu para que a madre abrisse o portão e eu entrei com o meu novo amigo.

— Tia Luana! Você tem um cachorrinho? Deixa eu ver? — me abaixei para mostrar a ela, e coloquei o Thor no chão, e então já apareceram muitas crianças em volta dele, e ficaram todos alegres, pois não tem cachorro no orfanato, apenas um gato, mas ele vive sumindo pelos telhados.

— Deixa eu ver, tia! — falaram e eu achei melhor prender ele no pé da pequena árvore, as minhas pernas já estavam cansadas, então as crianças ficaram felizes, e eu fui me sentar no banco.

Louis veio na minha direção, e me cumprimentou com um beijo no rosto, todo sorridente, se sentando ao meu lado.

— Como está, Luana? Já vi que fez um novo amigo! — brincou, olhando para o Thor.

— Sim! Ele é do meu marido, viemos passear um pouco! — falei.

— Ele é uma gracinha, sempre quis ter um cachorro... — se levantou e foi até o Thor, e começou a brincar com ele.

Quando ele voltou, se sentou de novo ao meu lado, e me olhou diferente.

— Você já assinou aquele acordo de divórcio? — Pisquei várias vezes, tentando assimilar... como ele saberia daquilo?

— Co... como sabe daquele acordo? — perguntei, confusa.

— Eu o vi aquele dia. Mas você estava tão feliz no caminho para a casa deles, que senti

pena de você e não lhe contei. — falou apenas, e me lembrei que o vi lendo algo aquele dia.

— Eu e o Igor somos de mundos muito diferentes, Louis... eu já deveria ter imaginado que as coisas seriam assim entre a gente, e acabei sendo ingênua... agora eu só espero que ele seja bom para o bebê, apenas isso! — falei, olhando para o cachorrinho e me lembrando a importância dele na vida do Igor, e foquei no Louis para não chorar, já chorei demais.

— Eu sinto muito! Você sempre poderá contar comigo! Sempre me achará por aqui...

— Pois é! Eu já iria mesmo perguntar isto... você sempre está aqui, mora aqui perto, ou algo parecido? — perguntei enquanto observava atentamente as crianças cuidando do Thor.

— Na verdade eu fui adotado pelo padre aqui da paróquia! Morei muitos anos aqui com eles, e eu também sou órfão! Tenho uma irmã que procuro há muitos anos, desde antes do padre me encontrar aqui na beira do portão, em um dos muitos dias que fiquei à procura da Luana! — me olhou e sorriu. — sim a minha irmã tem o mesmo nome que o seu, talvez seja por isso que você tenha me chamado tanta atenção...

— Nossa! Eu sinto muito, eu não sabia da sua história, mas me conta como foi tudo isso! — perguntei colocando a minha mão sobre a dele, gostaria de confortá-lo de alguma forma.

— Eu e ela fomos a uma padaria, ela queria comer pão de morango que era o seu preferido, então juntamos as moedas que tínhamos e fomos. Ela era menor que eu, então eu disse: “me espera aqui do lado de fora, e não saia daqui que eu já volto!“ E fui comprar o pão, pois se ela quisesse alguma outra coisa eu não poderia comprar, e isso sempre me frustrava... então comprei o pão e quando saí... ela não estava mais ali! Eu procurei por tudo, mas ninguém viu a Luana por ali, nem os atendentes, nem as pessoas na rua, nem as que chegaram depois, nada! Nem sinal dela, e nisso estou eu até hoje! Eu vago por essas ruas á procura dela, aquele dia que te encontrei foi um desses dias eu estava procurando, por isso te visualizei com tanta facilidade! — ele falou, e eu o abracei.

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