Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 47

CAPÍTULO 47

Igor Smith

Já perdi as contas de quantas horas eu espero por Elisa... estou muito angustiado, as coisas não parecem ser como antes, fiquei o dia todo à espera dela para no final não receber nenhuma mensagem, nada!

Um lugar que antes parecia tão bonito, e sofisticado, hoje não passa de mesas com cadeiras normais, e paredes decoradas com peças caras, não passa de uma solidão sem fim, quando se olha para elas, durante horas seguidas sem motivo nenhum para sorrir.

Tudo aqui perdeu a graça para mim, não tem mais cor nem alegria... como eu queria que Elisa estivesse aqui comigo! Já estou cansado de olhar as horas no meu relógio e ver que os minutos se tornaram tão longos. O que ando fazendo da minha vida?

Seria tudo tão mais simples se eu simplesmente amasse a Luana! Uma moça linda, simpática, amável, tem um caráter bom, e vai ter um filho meu... porque não a amo? Eu sinto algo por ela, mas não como sinto pela bailarina, e ainda mais uma vez fui trocado pelo trabalho dela.

Nesse momento me pergunto, porque não segui o meu coração e fui comemorar o meu aniversário junto com a Luana? Provavelmente teria aproveitado muito mais... mas o meu coração é um traidor e vive me pregando peças, aonde eu sempre perco no final.

Olho para a taça de champanhe na minha mão, e a impressão que tenho é que estou tomando água, nem o gosto eu consigo sentir mais, já faz mais de uma hora que estou com a mesma taça e mal consigo engolir, nem bêbado eu consigo ficar... como eu gostaria de pelo menos encher a cara e esquecer que esse dia ocorreu.

Pela milésima vez abro o meu celular à procura de uma mensagem ou de uma ligação da Elisa, mais nada! Ela não me disse nada, então mais uma vez disco o seu número tentando ligar, mas como eu já imaginei... caixa postal.

Uma das atendentes se aproxima da mesa e vem com algo na mão, quando olho vejo uma caixa simples mas bonita de presente.

— Senhor! Uma pessoa pediu para lhe entregar! — falou, e me deu a caixa.

— Obrigada! — respondi por educação, pois estava sem ânimo algum.

Olhei na caixa, e o meu coração se partiu outra vez... “Com amor... Elisa!“ Ela só podia estar brincando comigo, não me dá satisfação nenhuma, e agora me envia um presente? Que parte que ela não entendeu que eu só queria que ela estivesse aqui? Será que é tão difícil vir me ver?

A minha vontade foi pegar aquela caixa e fazer voar pela janela, mas certamente me acharia um louco e me expulsariam daqui a ponta a pés, então respirei fundo e deixei aquela caixa ali do lado.

Uma música começou a tocar, e era bem relaxante, mas tinha um toquezinho diferente do tradicional, aqui de vez em quando eles fazem shows e apresentações simples durante o horário de atendimento do estabelecimento, e quando a dançarina saiu, ela me pareceu muito familiar...

Eu nunca vi uma apresentação como essa, a mulher estava vestida de boneca com umas roupas engraçadas, e uma máscara divertida e infantil, mas ela cobria apenas ao redor dos olhos, deixando visíveis parte do seu rosto e cabelos.

Os movimentos dela eram engraçados, mas eu não conseguia rir, devido a minha tristeza profunda... estranhamente a mulher veio se aproximando de mim e fazendo umas palhaçadas então quando ela se aproximou o suficiente ela puxou a máscara e sorri me sentindo aliviado quando eu vi quem era que estava ali...

— LUANA! — a abracei depressa, acho que estou muito carente.

— Feliz aniversário! — falou ela, preciso confessar que fiquei muito feliz em vê-la ali.

— Que bom que você veio! — ela não pareceu ter comprado muitas coisas, não vi nenhuma sacola com ela.

— Gostou da interpretação? Roubei a fantasia da moça, pois é bem parecida com a que uso no orfanato! — contou sorrindo.

— Foi engraçado! Pelo menos, eu melhorei com a sua chegada! — falei.

— Elisa não veio, né? — perguntou, e apenas neguei com a cabeça.

— Eu sinto muito...

— Não precisa! Eu já deveria ter me acostumado com o desprezo dela! Sofro por escolha minha! — falei chateado.

— As vezes ela teve um imprevisto, não é? Quem sabe não aconteceu algo? — comentou com jeitinho, mas eu sei que isso não é verdade.

— Acredita que ela teve coragem de me mandar apenas essa caixa? — peguei a caixa na mão com raiva para jogar fora, mas estranhamente a Luana colocou a mão em cima da minha.

— Não faça isso, é apenas um presente! Você abriu? — perguntou.

— Nem abri, ela não entendeu! Eu queria que ela estivesse aqui, e não, que tivesse me mandado um presente, eu não quero um presente! — reclamei.

— Apenas guarde! Depois você decide o que fazer, pode ter sido algo especial, né? — falou.

— Que seja! — empurrei a caixa para o meio da mesa, de qualquer jeito.

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