Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 65

CAPÍTULO 65

Igor Smith

Eu só consegui me levantar daquele gramado, quando senti duas mãos nas minhas costas, alguém me puxou e me abraçou com força.

— Meu neto! O que aconteceu, meu querido? Eu não acredito! Eu sabia que aquela bailarina dos infernos não prestava, até agora não me conformei da Edineide não me esperar! Eu iria acabar com a raça dela! — A minha avó falou, mas eu não sei se ouvi direito... levantei a minha cabeça devagar, a olhando.

— Do que está falando, vovó? Como assim? — Eu não queria ouvir o que ela falaria, se fosse o que eu estava pensando, era decepção demais pra mim...

— Eu acabei com a raça dela, dona Olga! Eu juro! Ela nunca mais vai ter a pele do rosto lisa, porque bonita nunca foi! — Fez o sinal da cruz. — Mas, ela foi presa, e lá não é nada bom! Eu vi muito bem que foi ela quem empurrou a minha menina de propósito, pensando bem, devia ter esfolado a cara dela no asfalto! — A Edineide não parava de falar, e era examente o que eu imaginei.

— Não posso acreditar nisso! Quantos pecados eu cometi? Hein, vó? Eu a amei, e só sofri, que amor era esse? — Chorei.

— Não era, meu filho! Nunca existiu! Você colocou na cabeça que seria ela, e só! Mas, se acalma! Agora a gente precisa pensar com cautela! Eu vou até a delegacia com a Edineide garantir que ela fique por muito tempo lá, e você cuida da sua esposa! — Ela falou.

— Que esposa, vó? Acabou! Ela nunca vai me perdoar! Foi tudo culpa minha, a Elisa ter feito isso é culpa minha, ela estar desamparada, desprotegida, foi tudo, culpa minha! Deveria ter deixado tudo como estava, porque fui mexer? E, agora vou piorar as coisas, serei obrigado a assinar aquele termo! Vou ter que aceitar salvarem a vida dela, mas eu a amo, sou um puta egoísta, e vou salvar ela! Nunca deixaria que ela morresse, embora a dor de perder o meu filho seja insuportável! — Falei chorando.

— Você está certo, filho! Salve a minha neta! Eu já me apeguei tanto a ela, que vai ser difícil se ela decidir ir embora! Mas, ainda tenho esperanças de que ela te ame muito, e te perdoe logo! Posso te dar umas dicas se agora quiser me ouvir! — Falou ela, me abraçando, e até a Edineide que também chorava me abraçou.

— Obrigada, Edineide! Estou te devendo uma bem grande! Não deixou a Elisa fugir! — Falei.

— E, eu vou cobrar! Quero que cuide muito bem da minha menina! — Falou.

Todos os minutos já haviam passado, e eu não tinha visto a Luana, aquilo era doloroso demais, mas eu sabia que eu precisava vê-la, então quando me aproximei da sala em que ela estava, já estavam a levando para a sala de cirurgia...

Quase morri por dentro ao ver o desespero estampado no seu olhar, mas entrei. E, antes que eu conseguisse fazer qualquer coisa, coloquei a mão sobre o rosto dela, acariciando, e aqueles olhos suplicantes me quebraram outra vez...

— Por favor, não machuque meu bebê! Por favor! Não assine. Tudo bem se você não gosta de mim... tá? Por favor, não machuque meu bebê. Por favor, não assine. Não...". — ela chorava cada vez mais.

— Não posso te perder, Luana! Não consigo, eu sinto muito... — Eu já não sabia quem de nós chorava mais.

Ela apertou a minha mão, e implorou.

— Por favor! Pense em Souvenir! Por favor,

não faça isso! Por favor! Eu me lembro que você tem um coração bom! Eu faço tudo o que você quiser, vou embora com ele, não precisará mais me ver... — Eu estava em agonia ouvindo tudo aquilo, era doloroso demais.

— Senhor Smith, precisamos da sua assinatura, a sua esposa corre risco! — O médico falou atrás de mim, e Luana começou a gritar.

— NÃO FAÇAM ISSO! CADÊ O MEU MÉDICO? ELE SABERÁ O QUE FAZER, NÃO MATEM O MEU BEBÊ! — Eu não pude mais...

Fiquei de costas pra ela, com o corpo coberto em lágrimas, e segurei a prancheta do médico. Ele percebeu como eu tremia demais, e apoiou com as mãos dele, para que eu assinasse, enquanto ouvia os gritos mais tristes da minha vida.

"Eu concordo em salvar Luana Smith, e não o bebê." — Estava no corpo do documento.

— Não assine! Não! — a Luana chorou, e segurei novamente em suas mãos, que eram lavadas por minhas lágrimas.

— Me perdoa! Me perdoa!

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