Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 68

CAPÍTULO 68

Luana Davis

Eu sabia que era ele que estava ali, naquele restaurante. Por um momento até pensei que estaria alucinando, mas não... O meu coração é realmente um traidor, covarde! Hoje por pouco, eu não caio na conversa dele, precisei sair de lá apressada para não fazer nenhuma besteira.

“Acorda, Luana... não faça besteira!“ Disse mentalmente para mim mesma.

— Está tudo bem? — o Louis perguntou, quando eu voltei do banheiro, e eu queria segurar, mas...

— O Igor voltou, e eu precisei fugir de lá... — falei muito rápido, e percebi que não era pra ter falado assim.

— Está tudo bem, Luana! Você o ama ainda! Só tome cuidado, não caia na conversa dele outra vez! Se ele veio até você é porque talvez ele sinta falta... mas se certifique de que seja verdadeiro! — Louis falou, ele é tão fofo.

— Eu não vou cair! — afirmei.

— Vamos pra casa... você precisa descansar para amanhã...

“Na exposição”...

Eu estava pasma com tudo que acabei de ouvir, isso seria mesmo verdade? Até que ponto, eu poderia confiar no Igor? Ele já me fez sofrer tantas vezes... sem contar que foi culpa dele a Elisa ter feito tudo isso comigo.

— Luana, você tá bem? — colocou a mão no meu rosto, e eu fiquei tão perdida que não sabia o que responder.

— Eu não sei... você está falando a verdade? A Elisa teria coragem de fazer isso? Ela falou que nem sabia do conteúdo do envelope, pediu para ler, inclusive! — contei indignada.

— Eu juro, Luana! Nunca quis isso, e se falei besteiras no dia que ela chegou, era porque estava cego, eu nem sabia do que estava falando, estava iludido, pensando que amava Elisa, mas na verdade... — parou para me olhar, e deu um passo para mais perto de mim. — Eu amo você, Luana! — fiquei paralisada com o que ele disse, o meu coração acelerou, me senti estranha, parecia que tudo a minha volta havia sumido, e só restava eu e ele ali.

Quem me conhece desde pequena, sabe que o meu sonho sempre foi ouvir isso de alguém, pois a única pessoa que já disse que me amava foi o meu pai, e ele já não estava mais entre nós. Então criei uma ilusão de que existia um conto de fadas, e errei por muitas vezes na vida esperando esse meu príncipe chegar, e hoje ao ouvir o Igor falando essas coisas, ao mesmo tempo que fico emocionada, tenho medo... pois não posso me deixar levar por sentimentos antigos, preciso ter certeza de que ele fala a verdade.

— Luana! Luana! — Quando caí em si, vi que era o Louis me chamando, e então o olhei.

— O que foi? — perguntei.

— Estão perguntando pela artista da obra principal! Você pode vir aqui um pouquinho? — Perguntou.

— Claro! — respondi ainda com o pensamento longe.

— Luana! Deixa eu te levar pra casa depois? A gente ainda não terminou a conversa... bom, se você quiser... — falou o Igor, segurando na minha mão, e no mesmo instante a textura dele me fez queimar de saudades.

— Tá bem! — eu nem acredito que eu aceitei, será que ainda sou a mesma boba, apaixonada por ele?

Voltei para o salão e mal tive tempo para pensar no assunto, pois começaram a aparecer vários interessados na minha escultura. Eu já começava até a ouvir comentários sobre por quanto seria lançado o meu trabalho no leilão, e fiquei abismada com os altos valores que mencionaram.

Conversei um pouco com a dona Olga e com a Edineide, elas são muito bacanas e uma das coisas que sinto falta de Nova York.

Conforme a exposição foi chegando ao fim, ficou apenas eu, o Louis, os seguranças do local, e o Igor.

— Louis... eu...

— Vai com ele, não é? Eu te desejaria sorte, mas ela não te ajudou muito da outra vez, então te desejo que Deus te abençoe, e ilumine a sua vida, e as suas escolhas! — me cortou falando, e me abraçou. Vi que o Igor abaixou a cabeça.

— Obrigada, você é tão especial! — Falei, e fui saindo de costas pra ele...

— Luana! — me puxou pela mão. — Essa marca nas suas costas? Sabe do que se trata? — Perguntou, e só agora me toquei que o meu vestido era bem aberto nas costas.

— Essa grande, no lado direito?

— Sim! — respondeu.

— O meu pai dizia que eu subi no berço com o ferro quente lá, quando era pequena! Mas nunca sumiu totalmente, na verdade já me acostumei com ela! — falei, e ele parecia estranho, apenas acenou com a cabeça e saiu.

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