Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 75

Islanne Lima

“Que merda eu fui fazer?“ — Chorei ao perceber que fui igual ou pior ao meu pai, devido à bebida entreguei o que eu guardava de mais precioso a um desconhecido.

O Leno, o meu namorado, me deixou, e esse foi um dos motivos; e por raiva eu pedi a um homem qualquer que me fizesse mulher, pois quando eu decidi me entregar ao Leno, o maldito me rejeitou, com uma desculpa esfarrapada que eu nem acreditei.

Eu nem conheço esse homem que me tocou tão profundamente e me tomou dessa maneira. Ele não me pareceu um homem ruim, mas eu não o amo, por que fui fazer isso?

Corri apavorada para o mar, e num mergulho pensei que limparia a minha alma, mas isso foi apenas mais um motivo para ficar emotiva.

Olhei melhor para o homem tão gato que estava esticado no chão... observando-o assim sem roupa, até parei de chorar, o encarando ao sentir um suspiro gostoso que dei ao me lembrar de algumas coisas que fizemos nessa noite.

Precisei parar de olhá-lo, e aproveitei que o homem havia dormido e fui embora no barco do meu pai, que salvei quando ele o perdeu no jogo... infelizmente não aconteceu o mesmo com a ilha, os imóveis e os carros. Mas, consegui manter o meu carro e a casa que mora a minha mãe que está doente.

— Filha... — tosse. — Eu estava muito preocupada, você nunca passou tanto tempo fora, o que aconteceu? — a minha mãezinha perguntou, bem debilitada e eu me senti tão suja por ter me perdido nos braços daquele homem, e muito mais por beber.

— Me desculpe...

— Lane, eu não acredito que você bebeu! — me olhou de forma triste, e eu quase chorei com ela.

— Foi só um pouco, mãe... — desviei o olhar.

— O teu pai sempre me diz o mesmo, e olha como está hoje! — me lembrou, quase chorando, eu sei o que ela tem passado.

— Eu prometo não fazer mais isso... — parei de falar quando vi que a sua tosse aumentou muito. — Mãezinha, você está bem? — notei sangue no seu lenço e ela tentou esconder como da outra vez.

Saí da sala e corri tomar um banho, e o mais rápido possível coloquei a minha mãe no carro e fui para o hospital.

Foram horas com ela lá, e eu gostaria de participar da reunião com o advogado sobre a tentativa de recuperar a minha galeria de dança, que o meu pai perdeu a meses num jogo de pôquer, após encher a cara com bebida, mas não sei se vou conseguir.

Desde então, eu não tenho conseguido trabalhar, pois as aulas de dança eram a minha vida e também a minha renda.

No hospital...

— O que ela tem, doutor? — perguntei ao médico que nos atendeu.

— Tuberculose... — fiquei assustada com aquela palavra e foi difícil gravar tudo o que ele me falou depois disso. Dei graças a Deus que estava anotado nas receitas e saí de lá meio que em câmera lenta... passei comprar o antibiótico e precisei deixá-la sozinha para participar da reunião.

Quando cheguei no hotel, vi que o advogado já havia chegado e o meu pai também.

— O senhor Davis já está chegando com o seu assessor e advogado! — Meu advogado falou, e evitei conversar com o meu pai, estava chateada.

— Ok. — respondi, apenas.

Encostei na cadeira, com a mente ainda na minha mãezinha, e fiquei sem graça quando voltei a ver o homem que passei a noite e abandonei na praia.

Tentei me esconder com a bolsa que era grande, a colocando em frente ao meu rosto, mas pelo visto ele deve ser assessor do senhor Davis, só está estranho, vindo a uma reunião com roupas de praia, bermuda e camisa.

Fiquei babando nele com aquele cabelo charmoso, liso e jogado de um lado, óculos escuros e semblante mais sério devido ao trabalho.

Ele logo me reconheceu, e me puxou para um lado.

— Por que me deixou naquela ilha, e veio embora? — perguntou meio irritado.

— Desculpe, é que eu tinha compromisso... aliás... você bem que poderia colaborar comigo nesse processo e facilitar a minha compra, novamente! — ele me olhou diferente, parecia muito bravo.

— Eu não acredito que fez tudo isso de caso pensado! — me apertou o braço, me puxando para mais longe do meu pai.

— Do que está falando? Só estou pedindo ajuda, o que custa me ajudar! — ele debochou, soltando o meu braço, e sorriu sarcasticamente.

— Que idiota eu fui! Sabia que quase me convenceu? Agora, me diga em que parte do processo está envolvida, e o que quer! — Falou alto e me envergonhei perto daqueles homens.

Ele sentou na cadeira chateado e esticou a mão para que eu falasse.

— Eu só quero comprar de volta a galeria! Ela é importante pra mim, e foi vendida ao senhor Davis sem a minha permissão. — ele olhou sério para o outro homem e depois voltou a me olhar.

— Que senhor, Davis? Eu sou o Louis Davis, e não entendi a sua colocação! Comprei aquele local de outra pessoa, e não havia nome de mulher no documento. — ele disse e fiquei espantada. Se ele é o todo poderoso, então deve estar me considerando uma interesseira.

— Estava no nome do meu pai, mas eu gostaria que o senhor nos permitisse pagar em algumas vezes...

— Olha, já chega! Estou exausto de mulheres querendo me manipular com esses tipos de atitudes. Tenho um compromisso agora e não quero voltar a vê-la... — movimentou os dedos tentando lembrar de algo. — Senhorita Lima, não é? — fiquei sem graça e também sem reação.

As coisas estão muito misturadas na minha cabeça, e mal vi quando aquele homem tentou sair e o meu pai ficou implorando para que ele o ouvisse, mas me irritei e os deixei falando sozinhos, ele não iria retroceder, e eu já havia passado vexame o suficiente.

Saí de lá e outra vez fui à beira da praia, não sabia se estava irritada ou frustrada, me entreguei a um idiota, ainda perdi a oportunidade de recuperar a galeria...

Fiquei sentada na areia olhando as ondas, com as pernas abraçadas nos meus próprios braços. Acho que se passaram uns vinte minutos, não sei ao certo. E, me assustei quando o homem apareceu ali na praia, bem na minha frente.

— O que quer, aqui?

— Quero saber porque fez isso? Descobri hoje de manhã que era mesmo a sua primeira vez, e você não me disse! Simplesmente tentou se vender pra mim! — eu estava sentada na areia, mas a raiva me fez ficar em pé e dei um tapa bem dado na cara daquele idiota.

— O que é isso? — colocou a mão no rosto.

— Um tapa, seu idiota! Se é isso que pensa de mim, então que enfie tudo no rabo e continue sendo tão feliz quanto estava ontem à noite! — me virei com raiva, mas ele me segurou. Me puxou para perto dele e fiquei perto demais...

“Ai caramba! O olhar que me faz perder as estruturas...“

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