Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 80

Islanne Lima

A minha vida não foi fácil depois da morte da minha mãezinha. Ouvi o conselho do Leno e coloquei a casa a venda, mas como os valores que ofereceram pra ele eram baixos demais, eu não vendi, fechei e deixei lá, até que eu consiga entrar lá dentro de novo. Até porque o meu pequeno Andrew vai precisar de espaço, e estou morando dentro do barco que me restou, e às vezes acabo dormindo desajeitada na galeria... é, eu não contei, mas estou esperando um menino.

Andrew é a minha razão de viver, e por ele tenho trabalhado tanto para comprar as suas coisinhas... já comprei uma cômoda e um berço, mas não montei, pois tenho esperança que com ele nos braços eu consiga entrar na casa que eu morava com a minha mãe, e lá tenhamos espaço.

Comprei algumas roupinhas e ganhei várias coisas das meninas na galeria. Não fui mais atrás do Louis, pois consigo dar conta do meu bebê sozinha, ele que vá para o inferno com as suas indecisões e não tente me tirar o meu filho.

Hoje vim trabalhar, mas a minha barriga está enorme. Estou de nove meses e contratei uma professora de dança e uma aprendiz para continuarem as aulas, e eu só observo, embora comecei a ter dores chatas no pé da barriga.

— Islanne eu acho melhor você ir ao hospital, deixa que eu te levo! — ofereceu uma das minhas alunas.

— Pois é, eu acho que vou aceitar! Senti o Andrew se mexendo forte, estou achando que ele virou e ficou sentado na minha barriga! — ela se assustou.

— Então vamos logo!

— Tá bom...

Eu já deixei as malas prontas, então fui tranquila para o hospital, ainda tenho o convênio médico que é ótimo, e certamente os médicos saberiam o que fazer.

No percurso as dores aumentaram, mas eu ainda estava aguentando tranquila, porém ao chegar no hospital o médico me assustou:

— Mãezinha, o seu bebê virou! Andrew está sentado e você está entrando em trabalho de parto, então teremos que fazer uma cesariana.

— Mas, eu não queria uma cirurgia...

— Infelizmente não teremos escolha, é perigoso para ambos! — assenti mesmo com medo, eu não gostaria de colocar o meu filho em risco de jeito nenhum, a maior alegria que tenho ultimamente é senti-lo, conversar com ele, sentirei muita falta de tocar a minha barriga quando ele nascer, mas serei a mãe mais feliz do mundo ao segurá-lo nos braços.

— Tá bem, doutor! — respondi com medo, e já sabendo que eu iria demorar muito mais para voltar a dançar, e teríamos que controlar o dinheiro que guardei esses meses.

— Precisamos que alguém venha para assinar a documentação e para cuidar do bebê, caso você não esteja bem quando terminar... — aquelas palavras me pegaram de surpresa. — O seu pai? Deixou os dados dele na primeira consulta.

— NÃO! NÃO PODE SER ELE, MELHOR NÃO! — Falei apavorada, praticamente gritando, pois a dor aumentou, não confio mais no meu pai.

— Chame o pai da criança! Ele precisa assumir a responsabilidade... — ele começou a falar e me lembrei que o Louis me disse que cuidava de crianças no orfanato, e a minha mente viajou, pensando que ele ficaria furioso comigo por não contar, mas o meu bebê não ficaria sozinho quando eu estivesse em cirurgia, ou algo do tipo.

— Chamem o escultor Louis Davis, e digam a ele que tem um filho, vou te passar um número!

— Ok, já vamos levá-la! — passei o único número que eu tinha do Louis, e agora seja o que Deus quiser. Precisei entrar sozinha no centro cirúrgico e tive muito medo, não havia ninguém para segurar a minha mão.

Quando ouvi o choro do meu filho, foi o melhor momento da minha vida, e chorei de emoção. Foram poucos minutos que o colocaram perto do meu rosto, e eu olhei bem e pedi para a enfermeira que o vestisse e colocasse uma pulseira que comprei.

O problema foi que de uma hora para outra eu comecei a passar mal, um sono absurdo e uma movimentação estranha no centro cirúrgico.

— A pressão dela foi a zero! Chamem o médico plantonista para ajudar, cadê a medicação!? — alguém falou alto, e logo acabei dormindo.

A minha última visão foi da porta de onde levaram o meu filho, e então tudo ficou escuro, e agora eu apenas implorava na minha mente que o Louis viesse e cuidasse do Andrew.

Louis Davis

(Atualmente)

A minha mente não parava de repetir as palavras que ouvi naquela ligação:

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