Louis Davis
Aquela mulher mal dobrou o corredor e começou a falar, e eu agradecia internamente, pois eu estava muito nervoso.
— Ai ele é tão lindo! Um menino forte, e a cara do senhor! Olhando agora, tenho certeza que é mesmo o pai, mas ele chora tanto, parece que se sente sozinho... — olhei para o berçário através do vidro e só vi um menino lá dentro e ele chorava.
Engoli seco, coloquei a mão no vidro e o meu coração disparou, o menino se parecia comigo.
— Você pode trazer o bebê? A gente quer vê-lo, e também ele está chorando! — o Igor falou, e eu continuei mudo, sem saber o que fazer, e agora até agradeço a Luana por ter quase o obrigado a vir comigo.
Fiquei analisando cada movimento do bebê e da mulher que o pegou, que não era a mesma que nos acompanhou até aqui, era uma com uma roupa azul, e usava touca e sapatos esterilizados.
Igor parecia querer pegar o bebê, mas eu me antecipei e fui de braços abertos, afinal o filho é meu!
Quando ela o colocou no meu colo, senti algo grandioso dentro de mim, eu ainda não tinha imaginado que poderia ser pai algum dia, mas sem dúvidas esse menino é meu filho. A emoção foi sublime, aqueles cabelinhos pretos, os olhos escuros, um rosto redondo...
— Ele é lindo! Parabéns... a Luana vai amar ter um sobrinho! — Igor falou e eu o olhei.
— Se parece comigo, não é? — perguntei já com um leve sorriso no rosto.
— Muito...
— Também lembra o rosto de alguém, mas... — comecei a pensar, e seria possível o que eu estava imaginando? A Islanne seria a mãe desse bebê?
— Esse menino é... a mãe dele... — procurei as palavras corretas e não consegui falar.
— Quer vê-la? Vai precisar vestir uma roupa como essa...
— É a Islanne, não é? — saiu de repente a pergunta.
— Sim, esse é o nome da paciente, está na pulseira do hospital e também na que a mãe me entregou na hora em que ele nasceu.
— Caramba... como isso foi acontecer? — falei alto sem querer.
— Eu não vou te explicar sobre isso, Louis! Nem vem! — Igor zombou.
— Tudo bem, bebê... você se acalmou? — coloquei o pequeno Andrew perto do meu rosto, mudando o assunto, e ele procurava por algo, mas chupava a mão.
— Ele está com fome! Podemos dar algo para ele tomar? Como se faz nesses casos? — tentei focar no bebê, eu ainda não sabia o que sentir em relação à mãe dele. — perguntei para a enfermeira, e me virei para o outro lado.
— Não vou perdoá-la por ter me escondido isso! — falei para o Igor, enquanto eu observava o filho que ela me tirou o direito de participar da sua gestação.
— Senhor, a gente vai fazer um complemento de leite e trazer para ele, porque o senhor não vem ver a mãe dele, enquanto isso?
— Não fale assim, Louis... você tem o coração bom, certamente ela deve ter tido algum motivo para ter feito isso! — Igor falou se oferecendo para pegar o bebê e tive receio, agora entendo como ele fica com ciúmes quando seguro os gêmeos dele.
Deixei o Andrew com ele e a Nilza, e fui me trocar. Quando entrei no quarto não sei dizer o que senti quando a vi.
— As coisas poderiam ter sido tão diferentes, Islanne! — falei ao entrar.
— Não sei se ela te ouve, senhor! — a enfermeira comentou.
— Ela vai acordar, não é?
— O médico disse que sim, vamos ter fé.
Fiquei olhando pra ela sem saber o que fazer ou o que pensar. Estava tão vulnerável ali naquela cama, cheia de aparelhos, dava pra ver que estava sem roupas naquela UTI enorme, uma sala gelada e vazia, e por mais que eu já tenha vindo pronto para uma briga, não consigo pensar nisso, agora.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casada por acidente com o CEO
Eu amei o Livro, a Edineide vez uma diferença o humor e importante...
Amei a história, fiquei muito chateada com o Igor, mas ele precisava saber que o amor é realmente é a necessidade de estar perto, de sorrir com a pessoa, de faze-la feliz. Amei o final, Luana precisava ser amada, de sentir que ela era realmente especial pra alguém. Eu me senti a própria Luana, mas meu relacionamento não reatou como a personagem, só segui em frente com alguém que me amava....
Esse livro parece ser muito bom e eu realmente quero ler ele então por favor posta mais...