Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 81

Louis Davis

Aquela mulher mal dobrou o corredor e começou a falar, e eu agradecia internamente, pois eu estava muito nervoso.

— Ai ele é tão lindo! Um menino forte, e a cara do senhor! Olhando agora, tenho certeza que é mesmo o pai, mas ele chora tanto, parece que se sente sozinho... — olhei para o berçário através do vidro e só vi um menino lá dentro e ele chorava.

Engoli seco, coloquei a mão no vidro e o meu coração disparou, o menino se parecia comigo.

— Você pode trazer o bebê? A gente quer vê-lo, e também ele está chorando! — o Igor falou, e eu continuei mudo, sem saber o que fazer, e agora até agradeço a Luana por ter quase o obrigado a vir comigo.

Fiquei analisando cada movimento do bebê e da mulher que o pegou, que não era a mesma que nos acompanhou até aqui, era uma com uma roupa azul, e usava touca e sapatos esterilizados.

Igor parecia querer pegar o bebê, mas eu me antecipei e fui de braços abertos, afinal o filho é meu!

Quando ela o colocou no meu colo, senti algo grandioso dentro de mim, eu ainda não tinha imaginado que poderia ser pai algum dia, mas sem dúvidas esse menino é meu filho. A emoção foi sublime, aqueles cabelinhos pretos, os olhos escuros, um rosto redondo...

— Ele é lindo! Parabéns... a Luana vai amar ter um sobrinho! — Igor falou e eu o olhei.

— Se parece comigo, não é? — perguntei já com um leve sorriso no rosto.

— Muito...

— Também lembra o rosto de alguém, mas... — comecei a pensar, e seria possível o que eu estava imaginando? A Islanne seria a mãe desse bebê?

— Esse menino é... a mãe dele... — procurei as palavras corretas e não consegui falar.

— Quer vê-la? Vai precisar vestir uma roupa como essa...

— É a Islanne, não é? — saiu de repente a pergunta.

— Sim, esse é o nome da paciente, está na pulseira do hospital e também na que a mãe me entregou na hora em que ele nasceu.

— Caramba... como isso foi acontecer? — falei alto sem querer.

— Eu não vou te explicar sobre isso, Louis! Nem vem! — Igor zombou.

— Tudo bem, bebê... você se acalmou? — coloquei o pequeno Andrew perto do meu rosto, mudando o assunto, e ele procurava por algo, mas chupava a mão.

— Ele está com fome! Podemos dar algo para ele tomar? Como se faz nesses casos? — tentei focar no bebê, eu ainda não sabia o que sentir em relação à mãe dele. — perguntei para a enfermeira, e me virei para o outro lado.

— Não vou perdoá-la por ter me escondido isso! — falei para o Igor, enquanto eu observava o filho que ela me tirou o direito de participar da sua gestação.

— Senhor, a gente vai fazer um complemento de leite e trazer para ele, porque o senhor não vem ver a mãe dele, enquanto isso?

— Não fale assim, Louis... você tem o coração bom, certamente ela deve ter tido algum motivo para ter feito isso! — Igor falou se oferecendo para pegar o bebê e tive receio, agora entendo como ele fica com ciúmes quando seguro os gêmeos dele.

Deixei o Andrew com ele e a Nilza, e fui me trocar. Quando entrei no quarto não sei dizer o que senti quando a vi.

— As coisas poderiam ter sido tão diferentes, Islanne! — falei ao entrar.

— Não sei se ela te ouve, senhor! — a enfermeira comentou.

— Ela vai acordar, não é?

— O médico disse que sim, vamos ter fé.

Fiquei olhando pra ela sem saber o que fazer ou o que pensar. Estava tão vulnerável ali naquela cama, cheia de aparelhos, dava pra ver que estava sem roupas naquela UTI enorme, uma sala gelada e vazia, e por mais que eu já tenha vindo pronto para uma briga, não consigo pensar nisso, agora.

— Louis? — Ouvi a voz do Igor ao entrar pela porta do quarto. — parece que vão levá-la para o quarto, já está fora de perigo. Assim podemos ficar com o bebê lá junto. — olhou para a Islanne. — Conhece essa moça?

— Sim. Tenho certeza que ele é meu filho!

— E, o que vai fazer?

— Eu ainda não sei...

Entraram enfermeiras no quarto e começaram a arrumar as coisas dela.

— Já vão levá-la para o quarto? — perguntei.

— Sim, o senhor pode aguardar no quarto 58 que já estão levando o seu filho para lá. Ou então pode tirar uma amostra de sangue para fazer o teste se preferir...

— Não precisa, ele é meu filho!

— Bom, a mãe já vai acordar, o médico pediu para a acordarmos, então poderão conversar! Fique com o pequeno que já está chorando...

Eu concordei e fui até o quarto informado.

— Quando a paciente chegar, só o pai poderá ficar presente, e outros visitantes apenas no horário de visitas, daí! — ela falou, e concordei.

— Louis, você já é calmo, mas hoje está até estranho... de olhos arregalados num total silêncio e fica apertando as mãos sem parar. — Igor comentou. Eu olhei para as minhas mãos e vi que era verdade.

— Não sei o que fazer... — a enfermeira entrou com o bebê num carrinho diferente, era uma banheira com rodas e cobertores, e vi que era de qualidade, ela arcou com tudo sozinha.

— Com certeza vai assumir o bebê...

— Não quero que ela vá embora com o meu filho! — peguei o Andrew nos braços. — Não posso deixá-los ir! — o olhei sério.

— Nesse caso teria que se casar com ela!

— Ela vai recusar! O que aconteceu foi um acidente, eu nunca imaginei que engravidaria apenas em uma noite.

— Bom, a Luana engravidou...

— Mentiroso! Olha filho, o seu tio fica contando mentiras, a sua tia me contou que foram duas noites! — me olhou feio.

— Não acredito que a Luana te contou isso!

— Foi sem querer, não se preocupe! Ela pensou que eu fosse o padre... Bom, já passou! — fez cara feia.

— Já o chamou de filho... e se não for?

— A sua primeira vez foi comigo, e as contas batem, e também é só olhar para o menino, se parece comigo e com ela.

— Então só temos duas saídas...

— Quais?

— Fazemos um contrato de casamento e ela assina com os papéis da alta... ou você faz alguma chantagem, e faz ela vir embora com você...

— Nas duas ela me mataria! — falei com convicção.

— Então espere ela acordar primeiro, e daí você decide...

— Acho mais sensato...

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