Christian Müller –
O clima era erótico e denso, mas nada que explicasse a minha necessidade de ter Laura para mim.
Peguei suas mãos com firmeza e as levei até o meu peito, guiando-as por meu corpo com lentidão, olhando diretamente em seus olhos enquanto sua respiração acelerava.
Inclinei a cabeça, e murmurei rouco, com a voz carregada de desejo e verdade:
— A única que pode me tocar… é você, meu amor.
Encostei minha testa na dela, os olhos fechados, sentindo o mundo se calar entre nós.
— Eu sou todo seu.
Ela mordeu o lábio inferior, e mesmo com todo o peso das últimas horas, seu sorriso cresceu. Um sorriso de alívio, de certeza, de amor.
— Então me beija, Christian.
Soltei um riso, encarando a imensidão azul na minha frente.
— Não precisa pedir duas vezes. Isso é o que eu mais quero fazer agora. – Falei, tomando os lábios dela para mim.
A pressionei com o corpo, sentindo o calor que ainda pulsava entre nós. O beijo foi lento no início, mas logo virou um furacão. As mãos dela se enroscaram em minha nuca, e a minha percorreu sua cintura como se fosse meu lugar favorito no mundo.
Mas então... Fomos interrompidos miseravelmente.
TOC, TOC, TOC!
Alguém bateu à porta com insistência.
Nos separamos ofegantes, e por um segundo, a frustração brilhou nos olhos dela — igual à minha. Encostei a testa na dela de novo e acariciei seu rosto com a ponta dos dedos.
— Vamos continuar essa conversa... — murmurei, olhando para seus lábios com fome contida.
Então me afastei devagar e gritei:
— Já vai!
Peguei a toalha caída no chão e a amarrei apressado na cintura, indo até a porta. Mas, antes de abrir, virei o rosto para ela e soltei um último sorriso de canto. Ela apenas assentiu, respirando fundo e tentando controlar o caos que ainda nos envolvia.

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