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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 203

Christian Müller –

Fazia dias que o julgamento havia terminado, mas a paz que eu esperava... não veio.

As noites ainda eram insones. A cabeça, cheia. O coração, em silêncio.

Ainda faltava mais um assunto para ser resolvido...Quem era a mulher que planejou irritar Laura, colocando a vida delas em risco?

Eu estava no banco do passageiro quando Mark parou o carro de forma brusca diante de um prédio velho, esquecido por qualquer traço de modernidade. Ele me olhou como quem guardava um segredo que pesava.

— Foi aqui que ela desapareceu — disse ele. — A mulher que causou a discórdia entre você e a Laura. Eu encontrei.

Demorei alguns segundos para entender.

— Tem certeza? — perguntei, a mão já alcançando a maçaneta.

Mark assentiu.

Subimos os degraus mofados em silêncio, o cheiro de poeira impregnando o ar. Quando chegamos à porta do apartamento 402, o trinco estava quase solto. Eu forcei. Entramos.

E então… tudo parou.

Meu rosto.

Por todos os lados.

Fotos minhas coladas nas paredes, molduradas com obsessão. Revistas, recortes de jornais, panfletos de eventos da empresa, capturas de tela ampliadas das redes sociais. Roupas penduradas iguais às minhas. Relógios idênticos aos que eu uso. Perfumes que reconheci — inclusive um que eu nem lembrava que ainda existia.

Aquilo não era uma simples obsessão. Era uma vida inteira moldada em cima da minha imagem.

— Jesus Cristo… — sussurrei, sentindo o estômago virar.

Foi quando encontrei o crachá antigo. Com meu logo da empresa... e o nome dela:

Carmen.

A lembrança veio como um soco: ela tinha sido minha assistente. Há alguns anos. Silenciosa. Eficiente.

Depois, um dia, simplesmente… sumiu. Sem dar justificativas.

O celular vibrou no meu bolso. Atendi.

— Christian, é o detetive. Estamos a caminho. Tem certeza de que está seguro?

— Acho que encontrei tudo o que precisava — murmurei, olhando ao redor, sem piscar.

Minutos depois, os policiais chegaram. Quando viram o conteúdo do apartamento, os rostos endureceram. Um deles se benzeu. Outro puxou as luvas com pressa.

— Isso não é só perseguição. Isso é delírio psicótico grave. Vamos vasculhar tudo.

Mas eu... eu senti. Ela ainda estava ali.

Algo me puxava.

Subi até o terraço.

A porta estava entreaberta. Um rangido agudo denunciou minha entrada.

E então a vi.

Ela estava de costas, parada junto ao guarda-corpo. Como se me esperasse.

O vento fazia seus cabelos voarem, e a luz do entardecer a banhava com uma melancolia doentia.

Ela se virou e sorriu. Um sorriso que não era de felicidade. Era dor.

— Até que enfim você veio atrás de mim. Jurava que ia demorar mais... — disse, com a voz doce como vidro prestes a quebrar.

— Carmen... — falei, me aproximando devagar — Por que está fazendo isso?

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