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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 199

Christian Müller –

Depois do café da manhã, quando a casa voltou a se aquietar, pedi que Amanda e Dominic me acompanhassem até o escritório.

Eles estranharam o meu tom — sério demais para um domingo — mas não questionaram.

Fechei a porta atrás de nós, nos isolando do restante da casa. O cheiro de madeira antiga misturado ao couro dos móveis impregnava o ambiente, carregado com a sensação de que algo importante estava prestes a acontecer.

Caminhei até a escrivaninha e abri a gaveta inferior.

De lá, retirei uma pasta gasta, abarrotada de documentos envelhecidos pelo tempo, mas que, para mim, pesavam como se fossem feitos de chumbo.

Dominic se encostou na parede, cruzando os braços. Amanda se sentou no sofá, com Tereza já entregue a Laura lá fora, permitindo que ela estivesse ali agora.

Respirei fundo antes de começar.

Eu devia isso a eles.

A verdade inteira.

— Há alguns meses... — comecei, minha voz soando rouca no ambiente silencioso — o prédio da Müller Corporation foi demolido. E como vocês sabem...Eu fui até lá. Queria resgatar o que meu pai tanto escondia de mim e parecia querer usar aquilo contra mim a qualquer momento.

Amanda me olhava com atenção. Dominic também, mas o semblante dele era fechado, sério.

Continuei:

— Entre pilhas de escombros e poeira, encontrei estes no cofre — mostrei a pasta — Estava escondido na estrutura do antigo escritório de George Müller.

Abri a pasta sobre a mesa.

Documentos antigos deslizaram sob meus dedos: contratos de compra e venda, escrituras de terrenos, documentos empresariais... e então, por baixo de tudo, a verdadeira razão de estarmos ali.

— Havia... mais do que negócios sujos — falei, puxando as certidões de nascimento amareladas.

Coloquei-as diante deles.

— Encontrei... duas certidões de nascimento.

Dois bebês.

Gêmeos de placentas separadas. — Olhei para Amanda antes de prosseguir — Um menino e uma menina.

Amanda arregalou os olhos, instintivamente levando a mão à boca.

— Havia também laudos médicos dos bebês... e um acordo. Um acordo de adoção.

O menino... foi mantido. A menina... foi entregue.

A voz falhou por um segundo, mas eu me obriguei a prosseguir.

— Junto com isso, havia um contrato assinado por George Müller... — empurrei o papel adiante, para que eles pudessem ver — assumindo a paternidade em troca de poder e dinheiro.

Dominic se adiantou um passo, olhando os documentos como se fossem veneno.

Amanda, no entanto, permaneceu imóvel. Como uma estátua.

— George se casou com Norma, não porque a amava — acrescentei, a amargura queimando minha língua — mas porque ela era conveniente. Ela estava grávida dos gêmeos. Junto com o meu avô, George ajudou no assassinato do meu pai e então, a irmã dele fez questão de ficar com a criança em memória dele.

Vi a sombra passar pelo rosto de Amanda. Um tremor quase imperceptível.

— Arthur é o filho legítimo de George. — declarei, sem rodeios. — E eu... bem, eu fui criado como Müller porque era útil para eles.

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