Entrar Via

Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 202

Christian Müller –

O dia amanheceu estranho.

Pesado.

Era como se o céu soubesse que algo importante estava para acontecer.

Vesti o terno escuro, ajeitei a gravata com a mão trêmula. Esse era um detalhe que só eu mesmo percebi.

Desci as escadas.

Laura já me esperava, sentada no sofá da sala, com um vestido preto sóbrio e o cabelo preso num coque baixo.

Amanda e Dominic estavam à porta. Amanda, com a expressão fechada, segura como sempre, mas com um brilho amargo nos olhos. Dominic, ao lado dela, parecia pronto para segurar o mundo se fosse preciso.

— Vamos? — perguntei, mesmo sabendo que ninguém ali tinha escolha.

O caminho até o tribunal foi silencioso. Cada um mergulhado nos próprios pensamentos.

No banco de trás, Laura segurava minha mão.

O toque dela era a âncora que eu precisava.

Ao chegarmos, o prédio parecia ainda mais frio do que eu lembrava.

As paredes cinzentas, as portas pesadas, o cheiro de papel velho e café frio impregnando o ambiente.

Passamos pela segurança e fomos conduzidos até o banco reservado para as testemunhas e familiares.

Mark já nos esperava à frente, ajeitando os papéis na bancada da defesa. Ele me lançou um olhar firme. Ele estava tranquilo, mas consciente da responsabilidade que carregava.

Então, a porta lateral se abriu.

Arthur entrou.

Ele estava abatido. Mais magro, os ombros caídos, a expressão de quem havia envelhecido dez anos em poucos meses. Não usava algemas, mas seus passos eram pesados como se carregasse correntes invisíveis.

Nossos olhares se cruzaram por um instante.

E mesmo com tudo, mesmo sabendo de cada crime, cada traição, cada dor... Eu vi nele o irmão que, por um tempo, eu quis que fosse meu.

O juiz entrou e todos nos levantamos.

O julgamento começou.

Primeiro dia – As Acusações -

O promotor iniciou a leitura dos crimes:

— Fraude corporativa.

— Conspiração criminosa.

— Manipulação de documentos.

— Ocultação de cadáver e ainda tinha o assassinato de Sophie.

Cada palavra parecia um martelo batendo sobre o coração.

Mark fez sua defesa de maneira impecável.

Calmo, respeitoso, firme.

Explicou que Arthur havia colaborado com as investigações. Que confessara. Que entregara

provas contra outros envolvidos. E que sua participação não foi direta. Ressaltou que, apesar dos crimes, Arthur demonstrava arrependimento real.

Eu olhava para Amanda e via os dedos dela apertarem o braço da cadeira com força.

Laura, ao meu lado, chorava em silêncio, uma lágrima tímida escorrendo pela bochecha.

Dominic, sempre firme, apenas mantinha os olhos fixos na frente, como se pudesse sustentar todos nós com o próprio silêncio.

Quando Arthur foi chamado para depor, a sala ficou em silêncio.

Ele caminhou até o centro da corte com dificuldade. A voz, quando saiu, era um fiapo:

— Eu... me arrependo. De tudo. Machuquei pessoas que amei. Traí quem acreditava em mim. E agora... só posso pedir desculpas. Mesmo que eu não tenha sujado minhas mãos, ainda carrego comigo o sangue de todos eles.

Ele mal conseguia terminar as frases.

Suava frio. Cambaleou uma vez. Mark o segurou pelo braço.

O juiz ordenou uma pausa.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Casamento Secreto com o meu Chefe