Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1058

“Hana”

Eu não deveria estar me metendo com esse louco do Rafael, eu sabia que não, eu deveria estar me mantendo a quilômetros de distância dele, mas eu queria desmascará-lo. Eu não era doida, aquele homem é que era perigoso. E eu arrancaria a máscara dele. Mas ele me instigou, me deixou curiosa, fez exatamente o que um bom predador faria, atraiu a presa. E agora, ao invés de aceitar algum convite legal da Melissa, eu estava dentro do elevador em direção ao covil do monstro.

Eu chequei meu visual no espelho do elevador, eu tinha caprichado bastante, coloquei uma calça jeans bem justa, uma daquelas que a Melissa me fez comprar, de um jeans bem clarinho e uma camisa de seda branca, com um dos meus novos conjuntos de lingerie, que eu acabei comprando naquela loja em que fui com a Melissa e o Enzo. Estava bem assim e se eu precisasse correr, eu poderia tirar rapidamente os sapatos de salto e fugir, de calça seria mais fácil.

E pensando nisso eu me dei conta de que não avisei a ninguém onde eu estaria o que foi um erro terrível, pois ele poderia me matar e sumir com o corpo e ninguém nunca saberia que foi ele. Eu comecei a ficar apavorada e quando parei em frente a sua porta eu estava começando a respirar com dificuldade. Fechei os olhos e respirei fundo umas três vezes, me acalmando, então criei coragem e toquei a campainha, já era tarde demais para desistir.

A porta foi aberta pela adolescente que ele disse que era filha dele, ela estava sorrindo e quando me viu o sorriso desapareceu.

- O que você quer? – Ela perguntou petulante e parecendo que ia me morder como um pinscher.

- Oi, o seu pai... – A minha voz saiu baixa, mas eu nem terminei de falar.

- Giovana! – O Rafael apareceu na porta, atrás da garota, e falou o nome dela em tom de advertência. – A Hana é minha convidada e nós já falamos sobre isso.

- Mas, pai, o aniversário é meu e eu não quero essa grossa aqui. – A garota reclamou e eu levantei as sobrancelhas.

- Giovana! – Ele a advertiu de novo e a encarou parecendo bravo.

- Acho melhor eu ir embora. Me desculpe, eu não sabia que era seu aniversário. – Eu estava prestes a dar as costas e sair dali, mas a garota me chamou.

- Hana, me desculpe, eu fui mal educada. Por favor, entre. – A Giovana ofereceu. – Eu tenho certeza de que você pode me desculpar, assim como o meu pai te desculpou, afinal, você também foi mal educada.

A garota era atrevida e eu não esperava ter que enfrentá-la. Eu nem sabia como responder a provocação dela.

- Giovana! Se continuar com as gracinhas eu cancelo a sua viagem. – O Rafael a advertiu e eu tive a impressão que presenciaria isso mais vezes do que gostaria essa noite. – Por favor, Hana, entre.

Eu entrei um tanto desconcertada, a garota me detestava e eu nem poderia culpá-la, afinal a culpa era do pai dela, por ser um louco psicopata que queria fazer mal a minha amiga.

- Rafael, eu acho melhor eu ir embora. – Eu sugeri e ele riu.

- Está com medo de uma adolescente, Hana? – Ele me encarou com aquele sorriso divertido que formava duas covinhas sexys em seu rosto. Por que o demônio tinha que parecer tão atraente?

- Eu não mordo, Hana. – A adolescente sorriu e um brilho passou pelos seus olhos negros. – Mas só porque o meu pai me colocaria de castigo.

- Giovana! – Ele chamou a atenção da filha novamente e ela o encarou com um sorriso convencido e jogando para trás o longo rabo no qual os seus cabelos pretos e muito lisos estavam presos.

- Bem, sorte minha então. – Eu sorri, achando que a melhor defesa seria me divertir com o inimigo. – Meus parabéns, Giovana, o seu pai não me disse que era o seu aniversário. Eu teria trazido um presente.

- Ah, não se preocupe. – Ela sorriu com aquela cara entediada que só um adolescente consegue fazer e caminhou para o interior do apartamento.

- Me desculpe por isso, a adolescência é algo realmente desagradável. – O Rafael falou e se abaixou para me cumprimentar com dois beijinhos no rosto. Que intimidade era essa?

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