Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 248

Infelizmente o exame de DNA deu negativo. Heitor não mentiu: ele não poderia mesmo ser o pai do nosso raio de sol, por mais que esperássemos que pudesse ter dado um mínimo erro que fosse na vasectomia dele.

E peguei-me pensando que Maria Lua era um milagre em nossas vidas, já que a chance de eu engravidar era remota, embora não impossível, mesmo com a cirurgia e Heitor havia tirado de si mesmo a possibilidade de ser pai. Ela seria tudo teríamos ao final de tudo.

No dia seguinte, nos reunimos com três advogados na North B. Allan Casanova fez questão de estar presente. A questão é que não fiquei mais tranquila após falar com eles. Por mais que a família Casanova fosse das mais tradicionais e conhecidas do país, não seria fácil.

Anya e Breno não tinham nenhuma denúncia contra eles registrada em lugar algum. Foi a palavra de Salma contra a deles. Os diários não foram encontrados, então creio que Daniel realmente tenha colocado fora ou posto fogo em tudo. Nada do que minha amiga havia contado sobre os abusos e delitos cometidos pela família foi devidamente denunciado por ela. Se eu duvidava da palavra dela? Claro que não. Infelizmente o que ela fez foi fugir daquela vida em vez de pedir ajuda.

E eu era a pessoa que menos poderia julgar, afinal, sequer fugi da vida horrível que tive ao lado do meu ex namorado tóxico. Me livrei de tudo somente quando ele morreu e não sei como estaria se Jardel ainda estivesse vivo. Teria tido forças um dia para dar um basta? Jamais pensei em denunciá-lo também. A coragem insana que eu tinha hoje era graças à covarde que eu fui um dia.

E além de tudo, eu tinha duas passagens pela Polícia. Mesmo Heitor retirando a queixa contra mim, quando risquei o Maserati, o registro permaneceu. E depois ainda teve o episódio de discutir com o Policial e a prática de ato libidinoso em público.

E havia também o registro contra Heitor Casanova, dirigindo moto sem habilitação, sem documento, tentativa de suborno, dentre as demais.

Segundo os advogados, isso não era sério. Mas confrontando com a “ficha limpa” dos avós, sendo que a mãe de Salma era parente de sangue, ficávamos em desvantagem.

Ou seja, estávamos fodidos.

A segunda certidão falsa havia sido jogada fora e não mencionamos, pois ninguém saberia. A primeira, em nome de Sebastian, os advogados nos orientaram a convencer meu irmão a dizer que achava que era o pai da criança, inclusive fazendo um exame de DNA para provar que não era, tornando tudo mais crível. Isso somente depois do pedido de guarda de Maria Lua por parte de Anya e Breno. Pois enquanto eles não fizessem isso, não poderíamos partir para o pedido de adoção, o que nos deixaria em maus lençóis, confirmando que havia a certeza de que Sebastian não era o pai e o registro foi feito de má fé. Ou seja, fingiríamos que Sebastian e Salma se relacionaram e ele registrou pensando que era pai. E claro que também fingiríamos surpresa quando os avós entrassem na justiça e o DNA desse negativo. O que tínhamos a nosso favor? Eles não sabiam que Sebastian não era o pai. Ao menos por enquanto.

Duas semanas depois e eu ainda estava exausta e com mil pensamentos na cabeça. Pensei em dormir no quarto de Heitor naquela noite, mas acabei adormecendo no meu.

Na manhã seguinte, levantei cedo e ainda um pouco atordoada com tudo que estava acontecendo. Uma nova empregada fora contratada e Nicolete já havia pedido uma cozinheira com experiência.

Era oito da manhã quando a campainha tocou. Eu estava preparando o leite de Maria Lua, que já tinha acordado e estava com Nicolete no quarto.

A empregada atendeu e qual não foi minha surpresa quando me dirigia para o quarto da pequena e encontrei Cindy entrando pela porta, a passos firmes e seguros, usando um scarpin vermelho altíssimo, o que a deixava no mínimo uns 30 centímetros mais de altura do que eu.

Ela pareceu ficar tão impressionada com a minha presença quanto eu com a dela.

- O que você faz aqui? – Perguntei.

- Eu ia mesmo lhe fazer esta pergunta. – Ela sorriu sarcasticamente.

- Posso responder: eu moro aqui. – Olhei nos olhos dela.

Cindy me encarou por um tempo e depois começou a gargalhar, com a boca coberta por um batom vermelho de cobertura perfeita e brilhante.

- Não sei do que você está rindo. – Falei seriamente.

- Mulher, você é hilária.

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