Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 247

- Não tem como fazer DNA em tantas pessoas assim – Ben falou – A maioria dos nomes ela nem mencionava, não sei se por não saber ou por não haver importância alguma na vida dela. Mas sim, Salma tinha certeza de que era Heitor o pai. Mas certamente ela se enganou.

- Se antes ela transou com meio mundo sem preservativo e quando chegou na minha vez usou camisinha furada de propósito... Certamente não engravidaria de mim. Ela era louca ou o quê? – Heitor perguntou.

- Eu não diria louca... Talvez “burra” fosse a palavra certa. – Sebastian falou seriamente.

- Quem planeja o golpe da barriga de uma maneira tão fria e calculista? – Milena perguntou mais para si mesma do que procurando respostas, com o olhar ao longe.

- Salma foi tudo que vocês estão falando, ok. Mas não estamos aqui para julgá-la, gente. Vamos lembrar que estamos com Maria Lua e eu posso apostar que todos nós nos preocupamos com a bebê e queremos o bem dela mais do que qualquer coisa. Certamente com o exame de Heitor dando negativo para paternidade, não encontraremos o verdadeiro pai. É praticamente impossível. – Falei.

- Podemos tentar encontrar algumas imagens nas câmeras de segurança da Babilônia. – Heitor sugeriu.

- É possível? – Perguntei.

- Sim... Podemos encontrá-la e pelas datas ver se conhecemos alguém que a esteja acompanhando.

- Geralmente os lances dela não ocorriam ali. Talvez o que peguem sejam pessoas que ela somente conheceu ali e nada mais – Ben falou – A não ser que haja imagens da saída também... Tipo, se ela entrou no carro com a pessoa, o que subentende que possam ter ido a um Motel transar.

- Claro que há... Entrada, saída, em todos os lugares. Poucas vezes acionei as imagens, mas são muito claras e nítidas... Perfeitas, na verdade.

- Para que você usou? – Ben perguntou, com todos os olhares voltados para ele – Só por curiosidade. Me pego pensando porque um homem tão ocupado perderia tempo olhando câmeras de segurança da sua própria boate?

- Eu vi você... – Heitor apontou para Ben – Beijando-a – Apontou para mim – E não foi um beijo entre amigos.

- Eu na Babilônia? Só fui lá uma vez. – Justifiquei.

- E na única vez, bebeu três chopes e beijou ele na boca. – Olhou para Ben.

Milena deu uma gargalhada, atraindo a atenção.

- O que houve, meu bem? – Sebastian perguntou – O que achou tão engraçado?

- Heitor... Puxando imagens... Tentando encontrar Bárbara... E a ver, bem... Beijando Ben. Posso perguntar o que você sentiu?

- Eu? Nada, claro que nada. – Heitor ficou confuso.

- Quando você fez isso, Heitor? – Perguntei seriamente.

- Um dia depois... De você ter invadido meu andar. – Os olhos dele penetraram nos meus. – Dentro da Babilônia.

- Então... Você... Se interessou por mim na primeira vez que me viu? – Senti meu coração em chamas, querendo me trair, indo parar nas mãos dele.

- Não... Só queria ver... De onde você tinha saído.

- Da pista de dança, baby – Ben olhou para Heitor divertidamente. – Aliás, acho que aquele foi nosso último beijo de língua, Babi.

- Não foi de língua. – Comecei a rir.

- Nem será mais... Nem de língua, nem sem língua. – Heitor me puxou para perto dele, demarcando seu espaço.

Começamos a rir, mas ele pareceu não achar graça.

- Nunca achei que você fosse tão possessivo. – Milena observou.

- Nunca achei que alguém pudesse me fazer ficar tão vulnerável e descontrolado. – Ele me olhou, sorrindo com o canto dos lábios, daquele jeito que me deixava completamente derretida.

- Eles não querem Maria Lua. Eles querem dinheiro. – Expliquei.

- Mas no momento que souberem que Heitor não é o pai, nem Sebastian... Ainda assim quereriam a guarda? – Ela questionou.

- Não os conheço pessoalmente, mas confesso que quero muito – Ben disse – Sim, não querem a menina, só o dinheiro. Mas sabem que Babi daria qualquer coisa para ficar com Maria Lua. Então, de um jeito ou de outro, eles estão com a faca e o queijo na mão. Ameaçarão até conseguirem o que querem.

- Dinheiro não é o problema – Heitor falou calmamente – Tenho muito e lhes dou o que querem.

- E vai viver assim para sempre? Sustentando um bando de criminosos, golpistas, chantagistas e abusadores? – Sebastian perguntou – Entendo a situação de Babi e o seu desespero em ajudar, Heitor. Mas este tipo de gente não se contenta com nada... Isso não haverá fim. Vão querer mais e mais... Até você não aguentar mais.

- Ele tem razão. – Olhei para Heitor – Tudo que querem é dinheiro. Mas os pagaremos para sempre, com medo? Não há como...

- Nós vamos esperar – Heitor disse – Por enquanto, você lhes deu uma boa quantia. Por hora, vão desaparecer. Iniciaremos com o DNA. Amanhã, reunião com os advogados. E depois vemos como tudo vai se encaminhando.

- Acho boa a ideia – Sebastian disse – Não nos precipitarmos, como oferecer dinheiro antes que peçam. Sequer sabemos onde estão. Você está segura aqui, Babi. Então por um bom tempo eles não encontrarão você. Eu e Milena estaremos no prédio e certamente saberemos se aparecerem por lá. E eles não sabem quem somos, mas nós sabemos quem eles são.

- No prédio sem elevador. – Heitor debochou, rindo.

- Por pouco tempo. – Sebastian revidou.

- Vai mandar colocarem um elevador que funciona?

- Não, vou me mudar. Estamos pensando em vir para este prédio, não é mesmo, amor? – Olhou para Milena.

- Você está louco? – Heitor levantou.

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