Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 287

- Não... Não planejamos juntos. Você planejou, Celine. Por mim, ficávamos juntos e você sabe disso. Eu só queria você.

- Caralho... Vocês têm um caso? – Heitor perguntou.

- Não é um mero caso... Faz anos que estamos juntos... Muitos anos. – Ele respondeu.

- Você foi a mentora disso tudo, sograsta? – Perguntei, aturdida.

- Me dê a menina, Celine. – Heitor pediu novamente.

- Que porra, entregue a menina! – Daniel gritou. – Não aguento o choro dela.

Celine entregou Malu a Heitor. Senti meu coração se aquietar por hora.

Ouvimos um estouro na porta dos fundos e da frente, ao mesmo tempo. Daniel não teve tempo de empunhar a arma. Ficou tão nervoso que ela caiu no chão. Antes que ele conseguisse pegar, Anon 1 a resgatou.

- Celine? – Allan olhou para a ex mulher dentro da casa.

- O que você faz aqui? – Ela perguntou, surpresa.

As armas de todos estavam apontadas na direção de Celine e Daniel. Corri até Heitor e Maria Lua e os abracei, temendo que algo ainda pudesse acontecer ali. Não queria que minha filha presenciasse a morte de ninguém.

- Você estava por trás disso? Queria fazer mal à minha neta? Receber dinheiro em troca de uma criança inocente?

- Ela não é sua neta, seu idiota. Por que finge que tudo está bem? Me mandou embora porque esta mulher – ela apontou na minha direção – E filha de um fantasma do seu passado. Deixou tudo... Por uma besteira, um capricho, um passado que estava enterrado.

- Beatrice nunca esteve enterrada para mim, Celine. E eu sempre soube que você tinha alguém... Mas não pensei que fosse de tanto tempo... Ou que pudessem planejar tamanhas atrocidades juntos.

- Quero meus direitos. – Celine disse altivamente. – Inclusive o de ficar calada.

Anon 2 foi até ela, enquanto retirava a própria gravata do pescoço. Colocou as mãos de Celine para trás e amarrou-as com o tecido, dizendo:

- Tem o direito de ficar calada, senhora... Mas como não somos da Polícia, poucos nos importamos com os direitos.

- Vocês... Vão me levar presa, não é mesmo? – Ela olhou para todos, confusa. – Em consideração aos nossos anos juntos, Allan. Não pode fazer nenhuma maldade comigo. E Milena? – ela olhou para Sebastian – Você não vai conseguir dormir com a minha filha sabendo que fez mal à mãe dela.

- Eu consigo. – Sebastian garantiu. – Assim com você dormiu todas as noites, mesmo sabendo que minha mãe havia perdido o bebê por sua culpa. Fez todas as maldades possíveis com sua própria filha... Sim, eu vou deitar a cabeça no travesseiro e finalmente dormir, sem sonhar como seria ver o seu fim... Porque ele chegou.

Ela riu, maldosamente:

- Tem muita gente aqui... Testemunhas demais para vocês me fazerem algum mal.

- Quer fazer as honras, Sebastian? – Allan perguntou-lhe.

- Gostaria, Allan. Mas se quiser, posso lhe dar a preferência, já que é idoso.

- Eu gostaria, garoto... Juro que gostaria. Mas sei que você precisa fazer isso mais do que eu.

Gente, em que mundo eu estava? Meu irmão era capaz de matar alguém? Acho que sim, afinal, Allan estava numa cadeira de rodas em função de um Perrone... Neste caso, nosso pai.

- Otávio, poderia vir comigo e trazê-la? – Sebastian pediu.

- Claro, senhor.

- Todos para rua. – Allan ordenou.

Aquela frase foi suficiente para em segundos os homens armados sumirem da nossa vista, ficando só Anon com a arma apontada para Daniel.

Cara a cara (II) 1

Cara a cara (II) 2

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