Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 2

Meu coração congelou, ao ver Elise novamente, olhando diretamente para mim como se estivesse pronta para me desvendar, me desmascarar, me humilhar. Mas para meu alívio, ela logo foi puxada para os preparativos finais. A cerimônia estava prestes a começar.

— Vinícola Bellucci? De onde ela tirou isso? — perguntei.

Ele apontou para um dos garçons passando pela sala de recepção servindo bebidas. Christian tirou logo uma garrafa e exibiu o rótulo para mim. Bellucci.

— Do que vai ser o nosso melhor amigo essa noite — ele serviu duas taças completamente cheias. — Acho que você está precisando disso, para começar.

— Perspicaz escolher um nome que é uma marca consolidada. Mas você entende algo de vinhos?

— Entendo que vinhos são como pessoas — respondeu com um sorriso malicioso, aproximando-se tanto que pude sentir o calor de seu corpo. — Os melhores precisam ser degustados lentamente... primeiro você sente o aroma... — seus olhos desceram brevemente para meus lábios — depois você prova apenas um pouco, deixando que o sabor se espalhe... — sua voz baixou para um sussurro — e só então você aprecia cada gole, sentindo como ele aquece seu corpo por dentro, até o último... momento.

— Você claramente não entende nada de vinhos — consegui dizer finalmente, tentando manter a compostura. — Mas tenho que admitir que é muito bom de lábia.

Eu já esperava que assistir à cerimônia fosse um pesadelo, mas, sinceramente? Nada poderia ter me preparado para aquilo. Sentada no banco, segurando firme a mão de Christian, eu tentava manter minha expressão neutra enquanto Elise e Alex trocavam votos de amor eterno. A cada "você é o amor da minha vida", minha vontade era de me levantar e gritar "TRAIDORES".

Cada frase me atingia como um tapa. E se eu fechasse os olhos por um segundo, conseguia me lembrar do dia em que Alex me disse exatamente as mesmas palavras.

Minha mão apertou a de Christian com tanta força que meus próprios dedos doeram.

— Se continuar apertando assim, vou acabar sem circulação, amorzinho — ele sussurrou.

— Desculpa. Estou tendo um leve surto interno.

— Percebi. Quer que eu finja um desmaio para interromper a cerimônia?

— Não. Quer dizer… talvez. Se tudo falhar, jogue vinho na roupa da noiva.

Ele riu, mas não negou que faria.

Após a cerimônia, a festa revelou-se um espetáculo de riqueza. Luzes suaves, buffet sofisticado e garçons circulando com champanhe em taças de cristal.

Foi assim que Elise me encontrou: segurando minha segunda taça como se minha vida dependesse disso.

— Zoey! Estou tão feliz que você veio. — Sua voz era açucarada. — Significa muito para mim ver que conseguimos superar tudo.

Superar. Como se eu fosse a inconveniente por guardar rancor.

Alex se aproximou, analisando-me dos pés à cabeça.

— Você está diferente, Zoey.

Era quase como se ele quisesse dizer que eu não deveria estar assim. Bonita. Sorridente. Inteira. Eles esperavam me ver destruída.

— Obrigada.

Elise sorriu ao perceber Christian. Seus olhos deslizaram sobre ele, como quem avalia um produto.

— Que surpresa. Uma companhia, tão rápido?

Antes que eu pudesse responder, Christian riu baixo.

— Noivo — corrigiu Christian, deslizando a mão pela minha cintura de maneira casual, mas possessiva. Seus olhos se fixaram em Elise com um brilho desafiador. — Engraçado você falar isso, Elise. Parece que não é Zoey quem ainda vive no passado.

O sorriso de Elise não vacilou, mas eu vi seus olhos se estreitarem e suas mãos apertarem levemente o copo de champanhe. Embora tentasse esconder, era óbvio que ela estava furiosa com a insinuação. Eu, por outro lado, precisei me esforçar para conter o sorriso.

— Então vocês estão mesmo noivos? — Elise cruzou os braços. — Que surpresa… nunca vi nada sobre vocês em lugar nenhum.

— Somos discretos — Christian respondeu.

Amanda, ex-colega da faculdade, se aproximou com seu grupo.

— Esse é o famoso noivo herdeiro? — perguntou com um sorrisinho malicioso.

— Christian Bellucci — ele se apresentou.

— Bellucci? — Helena ergueu uma sobrancelha. — Nunca ouvi falar de nenhum Bellucci solteiro no Rio de Janeiro.

— Isso não me surpreende — Christian respondeu com um sorriso educado que carregava desdém. — Afinal, não estou solteiro, não é mesmo?

Alex tentou recuperar o controle.

— Bellucci... Da vinícola Bellucci? Aquela premiada no mundo inteiro?

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