~ Nathaniel ~
A manhã nas serras gaúchas havia amanhecido perfeita - céu azul sem nuvens, temperatura amena e uma brisa suave que carregava o aroma das parreiras maduras. Anne havia sugerido um passeio pela propriedade, e eu havia concordado imediatamente, feliz por ter tempo a sós com ela longe da agitação familiar.
— Vem, quero te mostrar meu lugar favorito para ler — disse Anne, pegando minha mão e puxando-me em direção as vinícola.
Ginger trotava alegremente atrás de nós, ocasionalmente parando para investigar algum cheiro interessante ou perseguir uma folha que a brisa havia derrubado. Seu entusiasmo canino era contagioso e me fazia sorrir enquanto observávamos ela descobrir um território completamente novo.
Anne estava radiante, claramente emocionada por estar de volta ao lugar que havia se tornado um refúgio para ela após o casamento de Zoey. Seus olhos brilhavam enquanto me guiava pelas instalações.
— Ali é onde eu costumava me sentar para ler nas tardes — disse, apontando para um banco de pedra posicionado sob uma árvore frondosa. — A sombra é perfeita e dá para ouvir os pássaros cantando.
Caminhamos entre as fileiras de parreiras carregadas de uvas maduras, seguindo os caminhos de terra batida entre as videiras. Anne ia contando pequenas histórias sobre sua adaptação à vida na vinícola durante os meses que morou ali, os funcionários simpáticos que havia conhecido, as tradições familiares que havia observado durante as colheitas.
— E esse é o mirante — disse, apontando para uma pequena elevação onde uma pérgola de madeira estava coberta por parreiras entrelaçadas. — A vista é incrível, especialmente no pôr do sol. Zoey e eu subíamos lá para conversar quase todas as tardes.
Caminhamos por quase uma hora, Anne compartilhando memórias e eu apreciando vê-la tão relaxada e em casa. Foi quando ela parou abruptamente no meio do caminho e me olhou com uma expressão ligeiramente envergonhada.
— Estou fazendo papel de boba, não estou? — perguntou, passando a mão pelos cabelos num gesto que reconheci como sinal de nervosismo.
— Por que você diz isso? — perguntei, genuinamente confuso com sua mudança súbita de humor.
— É claro que você já esteve aqui milhares de vezes antes — disse, balançando a cabeça como se estivesse se repreendendo mentalmente. — Você é o melhor amigo do Christian e simplesmente o COO da Belucci. Aqui estou eu, te mostrando tudo como se fosse novidade.
— Não estive aqui tantas vezes assim — respondi honestamente, tentando tranquilizá-la. — E nunca com você me mostrando seus lugares especiais.
— Nate — disse Anne, me dando um olhar cético —, você esteve aqui no casamento de Christian e Zoey. Mesmo que na época a gente nem tivesse se notado...
— Claro que eu te notei — interrompi imediatamente, lembrando vividamente daquele dia. — Mas na época você estava comprometida. Eu não olharia duas vezes para a namorada de outro homem.
Anne me deu um soquinho leve no ombro, fingindo indignação.
— Não notou nada! — protestou, mas estava sorrindo. — E ainda assim, você já conhece toda a propriedade. Estou aqui te apresentando lugares que você já viu dezenas de vezes.
— É mais interessante ver tudo pelos seus olhos — disse sinceramente, tocando seu rosto suavemente.
Seu sorriso se suavizou e ela se inclinou me beijar.
— Você sempre sabe o que dizer — murmurou.
— Nem sempre — admiti. — Mas com você, parece mais fácil.
Continuamos caminhando até chegarmos a uma clareira pequena entre as parreiras, com vista panorâmica para os vales verdes que se estendiam até o horizonte. Era um lugar tranquilo e isolado, perfeito para nosso piquenique planejado.
Meu coração estava batendo tão forte que tinha certeza de que ela conseguiria ouvir. Enquanto Anne abria cuidadosamente a caixinha, me posicionei discretamente ao seu lado, sentindo como se todo o ar tivesse saído dos meus pulmões.
Quando ela viu o anel - um solitário clássico com um diamante central cercado por pedras menores, montado em ouro branco que brilhava sob a luz do sol brasileiro - seus olhos se encheram de lágrimas instantaneamente.
— Nate... — sussurrou, sua voz quebrando de emoção.
Já estava ajoelhado ao seu lado, pegando suas mãos livres nas minhas, sentindo como elas tremiam ligeiramente.
— Annelise Castro Aguilar — comecei, minha voz saindo mais rouca que o normal devido à emoção. — Desde o momento em que te conheci naquele avião, minha vida mudou completamente. Você me ensinou o que é amar de verdade, me mostrou que vale a pena lutar pelo que realmente importa.
As lágrimas desciam livremente pelo rosto dela agora, mas seus olhos não saíam dos meus.
— Você me faz querer ser um homem melhor todos os dias — continuei, minha própria voz ficando embargada. — Quero acordar ao seu lado pelos próximos cinquenta anos, quero construir uma família com você, quero envelhecer te amando mais a cada dia que passa.
Respirei fundo, sentindo todo o amor que carregava por ela transbordando.
— Você quer se casar comigo?
Anne soluçou, cobrindo a boca com uma das mãos enquanto assentiu vigorosamente com a cabeça.
— Sim — sussurrou através das lágrimas. — Sim, é claro que sim!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...