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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 351

A pequena capela estava a apenas alguns minutos de distância da mansão, mas o trajeto até lá seria feito com toda a pompa que uma família como a nossa merecia. Uma fileira de carros clássicos estava estacionada em frente à entrada principal - um Rolls-Royce Phantom prateado, dois Bentley vintage e um Mercedes clássico dos anos 50, todos impecavelmente restaurados e decorados com fitas brancas e pequenos arranjos de flores.

Zoey estava ao meu lado, fazendo os últimos ajustes no meu vestido com a precisão de uma profissional. Ela arrumou delicadamente cada dobra da cauda, certificando-se de que o tecido não se prenderia na porta do carro quando eu descesse. Suas mãos trabalhavam com cuidado meticuloso, como se estivesse preparando uma obra de arte.

— Pronto — disse ela, se afastando para admirar o resultado. — Você está perfeita.

Os motoristas uniformizados aguardavam respeitosamente, e vi Bianca se dirigindo ao segundo carro junto com Sarah e Tori. O movimento ao nosso redor era elegante e coordenado, como uma dança bem ensaiada. Zoey se preparou para seguir as outras quando a chamei.

— Vem comigo — disse, estendendo a mão para ela.

— Anne, você deveria chegar sozinha — protestou Zoey, embora seus olhos demonstrassem que ela queria aceitar. — É seu momento especial.

— Mas eu quero chegar com a minha irmã — respondi simplesmente, sentindo a importância daquelas palavras. — Não posso imaginar este momento sem você ao meu lado.

Zoey me olhou por um momento, os olhos se enchendo de lágrimas que ela tentava conter. Sem dizer uma palavra, ela acenou para Bianca, indicando que seguiria comigo, e entrou no banco de trás do Rolls-Royce.

Foi um exercício de engenharia conseguir acomodar meu vestido no espaço do carro. A cauda do vestido parecia ter vida própria, se espalhando em todas as direções. Zoey teve que se espremer contra o canto do banco, rindo baixinho enquanto tentávamos organizar metros de tecido e renda sem amassar nada.

— Você tinha que escolher o vestido com a maior cauda da loja, né? — brincou ela, puxando cuidadosamente uma parte do tecido que havia se prendido embaixo do sapato dela.

— Eu queria impressionar — respondi, finalmente conseguindo me acomodar adequadamente. — E pelo visto consegui. Nem no carro eu caibo direito.

— Vai ser interessante ver como você vai conseguir andar até o altar sem tropeçar — riu Zoey, ajeitando mais uma vez as dobras do vestido.

O motor ronronou suavemente e começamos a nos mover pela estrada que levava à capela. Através das janelas, via os jardins perfeitamente cuidados passando devagar, tudo parecendo um cenário de filme.

— Então — disse, me virando para Zoey e quebrando o silêncio contemplativo —, depois de todo esse tempo de casada... você deve ter algum conselho.

Zoey pensou por um momento, um sorriso travesso aparecendo no rosto.

— Primeiro conselho: sempre mantenha chocolate escondido. Vai ter dias em que vocês vão brigar por besteira, e o chocolate resolve a maioria dos problemas conjugais — disse, fazendo uma pausa dramática. — Aprendi isso depois de uma briga épica com o Christian sobre quem havia terminado o leite.

Ri apesar dos nervos.

— Esse é seu grande conselho matrimonial? Chocolate terapia?

— Não, esse é só o primeiro — disse ela, a expressão ficando mais séria. — O conselho de verdade é: vocês têm amor, química, companheirismo. Enquanto nunca deixarem isso se perder, vão ficar bem. Casamento não é sobre nunca brigar ou discordar. É sobre escolher se resolver e seguir em frente, juntos. É sobre... se escolherem todos os dias.

Ela fez uma pausa, olhando pela janela por um momento antes de continuar.

— Vai ter dias em que você vai querer estrangular o Nate. Vai ter dias em que ele vai fazer algo que vai te irritar profundamente. Mas se você parar e lembrar por que se apaixonou por ele, por que escolheu dividir sua vida com ele, essas irritações vão parecer pequenas.

Assenti, absorvendo suas palavras. Então respirei fundo, reunindo coragem para a pergunta que realmente me aterrorizava.

Ficamos abraçadas por alguns momentos, anos de cumplicidade, proteção mútua e amor incondicional sendo expressos naquele gesto simples. Era como se todas as conversas de madrugada, todas as lágrimas compartilhadas, todas as risadas e confidências estivessem sendo seladas naquele abraço.

Quando nos separamos, ambas estávamos chorando e rindo ao mesmo tempo.

Zoey enxugou discretamente as próprias lágrimas, depois pegou um lenço da bolsa e cuidadosamente secou as minhas, tomando cuidado para não borrar a maquiagem.

— Olha só nós duas — disse ela, tentando recuperar a compostura. — Chorando antes mesmo de chegar na cerimônia. A maquiadora vai ter um ataque.

O carro estava começando a desacelerar, e pela janela já podia ver a pequena capela branca com suas janelas de vitrais coloridos brilhando ao sol. Os convidados já estavam se aprontando, elegantemente vestidos, e vi Nate parado próximo à entrada lateral, provavelmente esperando sua deixa para entrar.

— Anne — disse Zoey, pegando minha mão mais uma vez —, você está pronta para isso?

— Mais pronta do que jamais estive para qualquer coisa na minha vida — respondi com sinceridade. — Pronta para ser esposa, para ser mãe, para começar essa nova fase.

O carro parou suavemente em frente à entrada principal da capela. Através das janelas, podia ver fotógrafos discretamente posicionados, família e amigos caminhando em direção à entrada, e uma sensação de expectativa no ar que me fez perceber que este momento realmente estava acontecendo.

Zoey me olhou uma última vez, seu rosto irradiando orgulho e amor.

— Agora vai lá — disse ela, sorrindo através das lágrimas que teimavam em voltar aos seus olhos —, entra naquela cerimônia e faz todo mundo chorar. Porque eu já estou chorando.

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