Resumo de Capítulo 116: Cobrando explicações – Contrato para o caos: amor à primeira briga por GoodNovel
Em Capítulo 116: Cobrando explicações, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Contrato para o caos: amor à primeira briga, escrito por GoodNovel, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Contrato para o caos: amor à primeira briga.
“Maurice Lanoy”
Eu estava me sentindo o homem mais estúpido da terra, ou melhor, o homem mais estúpido da terra em todos os tempos. Como eu fui passar esse vexame? Logo eu, que praticamente nasci dentro dessa construtora! E eu cometi um erro de principiante. Se o meu pai pudesse, ele certamente estaria me puxando as orelhas como ele fazia quando eu era menino e até o início da adolescência. Eu odiava aquilo, ele me suspendia pelas duas orelhas como se fosse arrancá-las. Era melhor eu nem me lembrar disso.
Eu coloquei a secretária para fora e me tranquei ali naquela sala com a incompetente da Mônica. Como eu caí na conversa fiada dessa mulher? Eu deveria saber, se os dois panacas a demitiram, algum motivo teria, aquela história de porque ela era amiga da noiva fujona era muito mal contada, eu sempre soube, mas eu me deixei enganar, achei que poderia tirar proveito da situação, principalmente porque ela me ofereceu algo com o que eu sonhava há muito tempo, que era acabar com a vida daquele infeliz do Martim.
- Mônica, eu vou me sentar aqui e vou ouvir, pacientemente, as suas explicações. – Eu falei com a voz baixa e tranquila. – Mas eu acho bom que você me convença, se não quiser ir para o olho da rua.
- Maurice, eu estou tão chocada quanto você, eu juro! – Ela se sentou ao meu lado e eu pude ver que estava nervosa.
- Quero mais do que isso, Mônica. – Eu apertei o canto dos olhos com o polegar e o indicador.
- Maurice, eu não sei o que aconteceu, esse foi o projeto que o meu contato me enviou. Você sabe que eu já tinha trazido vários projetos, nenhum deu problema, eu confiei que esse também estaria correto. – Ela lutava para tentar explicar o óbvio.
- Sabe o que eu acho, Mônica? Eu acho que foder você foi um erro, porque você se esqueceu que é arquiteta e está achando que é só uma puta de luxo. – Eu mantive a minha voz baixa e calma.
- Não me ofenda, Maurice! – Ela falou alto.
- Abaixa a voz. Aqui quem grita sou eu e eu ainda não estou gritando. – Eu falei, ainda mais baixo e ameaçadoramente.
- Olha, Maurice, eu tenho certeza de que amanhã eles vão apresentar esse mesmo desastre para o Mário Bianchi. – A Mônica estava já no desespero.
- É mesmo, Mônica? Me diz, quando foi que o Martim e ou o Emiliano cometeu esses erros grotescos e estapafúrdios? – Eu a encarei.
Eu não suportava nenhum dos dois, mas competentes eu tinha que admitir que eles eram. Ela ficou calada e abaixou a cabeça. E eu deixei escapar um pouco da minha irritação. Me levantei num impulso, bati a mão na mesa e gritei:
- ME RESPONDE, PORRA!
- Maurice, não grita comigo! – Ela se levantou e me olhou desafiadoramente.
- Eu grito com você quando eu quiser, quantas vezes eu quiser. – Eu a encarei. – Agora, senta!
Eu ajeitei o paletó e a gravata, fechei os olhos, respirei fundo e me sentei outra vez.
- Quem é o seu contato, Mônica? E não se atreva a me dizer dessa vez que não revela a sua fonte. Você já fez a merda de não conferir o projeto. – Eu a alertei.
Ela pensou por um momento antes de me responder, parecia mesmo querer continuar com o mistério. Eu achava que era um dos engenheiros que trabalhava com os panacas, mas não tinha certeza.
- Não subestime as pessoas, Maurice! – Ela falou em tom de alerta e eu ri.
- Não, Mônica, o problema é o oposto, o problema é que eu superestimei você! – Eu queria torcer o pescoço dessa mulher. – Me acompanha, Mônica, acompanha o meu raciocínio para ver se você entende. Aí, além de pagar uma ignorante qualquer para roubar os projetos, ela foi demitida e você tem certeza de que ela não foi descoberta. Ô, sua anta, é claro que ela foi descoberta! Pensa bem, pra quê a fedelha da Pilar precisa de emprego?
- Mas, Maurice... – Ela ainda tinha argumento, minha nossa!
- Terceiro, Mônica, se eles demitissem a ignorante da recepcionista por justa causa nós desconfiaríamos que eles tinham descoberto e não cairíamos no golpe! Percebeu, Mônica? – Eu a encarei, eu estava muito puto, eu queria arrastá-la pelos cabelos e jogá-la na rua.
- É, você tem razão. – A Mônica abaixou a cabeça.
- Mas é claro que eu tenho razão, sua anta! E eles conseguiram me dar um golpe duplo, porque agora eu posso perder o investidor. – Eu estava com a corda no pescoço e o carrasco atrás com o pé para empurrar a cadeira.
- Por que você não pede dinheiro para o seu sogro, Maurice? Ele não é rico? – Ela me olhou como se me desafiasse. Ainda estava ressentida por ter ficado com o posto de amante.
- E você acha que eu ainda não fiz isso? – Eu a encarei.
Eu não era um idiota, a primeira coisa que fiz quando os problemas começaram foi recorrer ao meu sogro com a história de “famille”, mas o velho me colocou com o rabinho entre as pernas e disse que jamais me daria um centavo, pois ele não comprou um marido para a filha e que por ele, ela nem teria se casado comigo. Grego maldito! E agora, eu não sabia o que fazer.
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Quero ler capítulos 320...