Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 126

“Abigail Zapata Monterrey”

Eu estava muito feliz que os rapazes haviam conseguido o contrato com o Mário, mas eu estava mesmo era disposta a infernizar a Camila esta noite. Assim que o Emiliano confirmou que eles iriam sair conosco para comemorar, eu corri até a recepção.

- Pipa! Se prepara, nós vamos sair hoje! – Eu avisei com um sorriso.

- Ah, Abi, não dá, eu tenho aula na faculdade. – Ela me olhou como que se desculpando.

- Mas vai ter que dar, Pilar! – Eu avisei. – É o seguinte, os rapazes fecharam o contrato com o Mário e nós vamos sair para comemorar.

- Você, o Martim e eu? – Ela me olhou como se aquilo fosse ridículo.

- E o Emiliano e a sonsa da Camila. Entendeu porque você tem que ir? – Eu a encarei para que ela soubesse que nem adiantava recusar.

- Ih, Abi, não sei não, isso tem toda cara de virar um desastre. – Ela não estava animada.

- Pelo contrário, vai ser divertido, nós vamos ver se a Câmisinha está mesmo disposta a ser agradável e gentil com você e comigo, como ela prometeu ao Emi. – Eu expliquei.

- Ah, Abi, até parece. Ela vai fazer outra cena, o Emiliano vai perdoá-la outra vez e vai ficar tudo por isso mesmo e a idiota serei eu. Talvez você tenha razão e eu deva tentar esquecer esse pateta que se deixa manipular por aquela sonsa. – A Pilar estava mesmo chateada

- Pilar, vamos lá, pelo menos a gente tenta, se não der certo eu te ajudo a seguir em frente. Você me pediu para te ajudar, não foi? – Eu insisti. – E eu quero muito infernizar a Camila.

- Tá bom, mas o Emiliano e o Martim sabem que eu vou? – Ela perguntou, ainda meio em dúvida.

- Claro que sabem! – Eu sorri confiante para ela.

- Está bem, eu vou. – Ela concordou e eu bati palmas de alegria. – Ah, menina, eu quase esqueci de te contar, mas com tanta coisa que acontece aqui nessa empresa...

- O que foi? – Eu perguntei.

-Ontem eu atendi uma ligação e antes que eu falasse a Letícia já me atropelou. Ela achou que era a Maria Luiza e reclamou que a Camila estava pagando para a Maria Luiza para passar informações sobre o meu irmão e o que acontecia por aqui, mas que a Maria Luiza não tinha feito nada ainda. – O que a Pilar dizia nem me surpreendia.

- Ah, mas é claro que as três aprendizes do demônio se juntariam. Eu já andava desconfiada disso. – Eu comentei.

- Pois é, mas ela desligou rapidinho depois que eu reconheci a voz e logo em seguida a Camila ligou, se fazendo de sonsa, como sempre. Quis saber da Maria Luiza e porque ela tinha sido demitida.

- E o que você disse? – Eu sabia que a Pilar não era boba, então ela deve ter dito algo para atormentar a Camila.

- Câmisinha! É tão bom te ver! – Eu coloquei a mão no peito, a Camila me olhou com aquele sorrisinho cínico e o Martim disfarçou o riso.

- É mesmo, Abi? Ai, eu estava tão preocupada que você estivesse chateada comigo, sabe, por causa do Enrico e da Letícia, mas, sabe como é, eu não consegui evitar que eles se conhecessem. – Aquela peste do inferno, nem bêbada eu acreditaria nisso.

- Ai, querida, imagina! No fim das contas você me fez um favor tão grande, mas assim, enorme mesmo. Vê só, de uma vez você me livrou da Magda e do Enrico encostados na minha casa e da Letícia tentando, sem sucesso, agarrar o meu marido! Isso não foi incrível? – Eu sorri para ela e ela continuou com o sorrisinho falso naquela cara ordinária.

- Ah, mas olha, que bom! Então você me deve um favor, querida! – Ela falou e eu iria a forra.

- Ah, mas eu já te fiz um favor. – Ela me olhou sem entender. – É, eu convenci a Pilar a não exigir que você se desculpasse com ela pela sua malcriação de ontem. Não foi, Pipa?

- Pois é, Câmisinha, a Abi me pediu para te fazer esse favor porque o Emi estava chateado com você por isso e eu vou atender o pedido da minha cunhada e fingir que nada aconteceu. – A Pilar sorriu como eu.

- Olha, Camila, as garotas estão levantando a bandeira de paz! – O Emiliano parecia satisfeito com a nossa atitude. – Obrigado, meninas, significa muito pra mim. – Eu tinha que reconhecer, o Emiliano às vezes fechava os olhos para não ver as coisas, era a única explicação que eu encontrava para que ele não percebesse o que acontecia ali.

- Ah, amorzinho, mas eu também estou levantando a bandeira de paz. – A Camila fez aquela cara de boazinha para o Emiliano.

- Que bom, agora nós somos amiguinhas! – Eu juntei as mãos, com a expressão exageradamente feliz e é claro que a Camila não acreditou naquilo nem por meio segundo.