Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 164

“Abigail Zapata Monterrey”

Depois que o Sr. Nikos saiu eu liguei para o Tony, precisava saber direitinho quem era esse grego e se eu poderia confiar nele. O Martim e o Emiliano estavam em minha frente.

- Querida! Como você está? – O Tony me atendeu com a alegria de sempre.

- Bem, Tony. E pelo visto você também. – Ele deu uma risadinha. – Quero te perguntar sobre uma pessoa.

- Claro, querida, quem? – Ele esperou.

- Nikolaos Nomikos. – Eu pronunciei o nome olhando para o cartão.

- Onde você encontrou o Nikos? Ah, esse grego, há alguns anos eu não tinha notícias. – O Tony pareceu muito satisfeito em ouvir o nome.

- Ele é sogro do Lanoy. – Eu contei ao Tony

- Não me diga! – Ele ficou surpreso.

- Pois é. E ele nos procurou, ele disse que não gosta do Lanoy e quer acabar com ele. Tem alguma coisa a ver com a filha querer que o Lanoy obedeça a ela, se eu entendi bem. – Eu expliquei.

- Abi, o Nikos é um bom homem, ele estava numa situação difícil há muitos anos atrás e ninguém quis ajudá-lo, mas o seu pai se identificou com ele de alguma maneira e o ajudou, ajudou muito. O Nikos disse que sempre estaria em dívida com o seu pai. – O Tony confirmou a história do grego.

- Então eu posso confiar nele? – Eu perguntei.

- Pode sim, querida, o Nikos é um homem fiel aos que ele deve. E se ele quisesse ajudar o Maurice ele já teria feito. O Nikos agora tem dinheiro suficiente para resolver os problemas da Lanoy sem abalar o próprio patrimônio. – O Tony tinha razão e eu fiquei mais tranquila.

- E o Francisco Freitas? – Eu perguntei.

- Nesse você pode confiar de olhos fechados. – O Tony garantiu. – Me passa o número do Nikos, quero entrar em contato.

- Claro, ele perguntou mesmo por você. – Eu passei o telefone do grego e agradeci ao Tony pelas informações.

- Abi, eu conheço esse olhar e esse sorrisinho, que idéia maligna está passando pela sua cabeça? – O Emiliano perguntou.

- Já que o grego é de confiança, nós bem que poderíamos brincar com o Maurice um pouquinho, porque eu acho um desperdício aquele projeto falso horroroso que eu fiz ser desperdiçado. – Eu falei já formatando a idéia na minha cabeça.

- Você quer que o Maurice caia na mesma armadilha que caiu com o Mário? – O Martim perguntou.

- Exatamente! – Eu sorri para o meu marido e disquei o número do grego.

- Querida, em que posso ser útil? – O Sr. Nikos atendeu alegremente.

- Sr. Nikos, eu estava pensando se o senhor e o Sr. Francisco estariam interessados em fazer uma brincadeira com o seu genro. – Eu sugeri e ouvi a sua risada.

- Me diga o que você quer e será feito. – O grego garantiu.

Eu expliquei para ele o meu plano, já que a Camila entregou a ele o projeto errado e cheio de falhas, eu queria aproveitar. Pedi ao Sr. Nikos que falasse como Sr. Francisco para que ele adulasse o Maurice e marcasse uma reunião para ver o projeto. O resultado seria a repetição do vexame que o Maurice passou com o Mário. Ele ficaria muito irritado e descarregaria sua ira em cima da Camila e talvez com isso o pacto dos dois fosse rompido. E eu me vingaria por aquela armaçãozinha barata na cafeteria.

Não demorou para que o Sr. Nikos me enviasse uma mensagem informando que a reunião estava marcada para o dia seguinte. Eu corri para contar ao Martim e ao Emiliano.

- Não, não vai chamar taxi nenhum. – O Emiliano bufou. – Se é uma palestra do Mário então não é importante mesmo, afinal, o que o Mário pode ensinar?

- Ah, biscoitinho, o Mário pode ensinar muita coisa! – A Pilar sorriu maliciosamente.

- Martim! – O Emiliano olhou chocado para o Martim.

- Ah, Emiliano, lide você com isso, eu já tenho a minha própria insuportável para controlar. – O Martim respondeu e me abraçou ignorando completamente a reclamação do Emiliano.

- Emi, relaxa, vai, vamos nos sentar e aproveitar a noite. – Eu sugeri.

Nós nos sentamos e começamos a beber e conversar e, à medida que as taças iam sendo reabastecidas, o Emiliano ficava mais relaxado. Até que o telefone dele tocou e era a Camila. Nós o incentivamos a atender e ele colocou no viva voz.

- O que foi, Camila? – O Emiliano atendeu emburrado.

- Amorzinho, você disse que viria hoje. – A Camila reclamou com a voz toda manhosa.

- Eu disse que eu iria quando terminasse o trabalho e eu não terminei. – Ele revirou os olhos.

- Você está trabalhando muito amorzinho. – A Camila reclamou.

- Camila, eu tenho que ir, te ligo amanhã. – O Emiliano dispensou a Camila, mas antes que ele desligasse a Pilar resolveu aprontar.

- Emi, vamos? – A Pilar falou e desligou o telefone. Ela não encerrou a chamada, ela desligou o telefone e o tirou da mão do Emiliano. Eu tinha certeza que a Camila tinha ouvido e deveria estar surtando, ela procuraria o Emiliano em cada canto.