Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 20

“Abigail Zapata”

Eu acordei com a sensação de ter dormido tão bem, sonhei que estava dormindo com o Emiliano, meu amor, e no sonho ele era meu, eu podia sentir até o calor do seu corpo. Quase me esqueci de onde eu estava, só me lembrei quando passei a mão e senti um abdômen sarado demais e senti o cheiro do perfume do Martim.

Eu abri um olho e quase pulei da cama gritando, mas percebi que ele também estava acordando, já era muito tarde para eu tirar as mãos dele e o melhor era eu fingir que estava dormindo para evitar que ele começasse a implicar comigo logo cedo. Então fechei bem os olhos e fiquei imóvel.

Senti que ele saiu da cama devagar e ouvi a porta do banheiro fechar. Agora eu tinha que ficar quieta até que ele saísse do quarto. Só esperava que ele não deixasse o banheiro bagunçado e todo molhado.

Assim que ele saiu do quarto eu pulei da cama. Eu odiava ficar na cama até tarde, sempre acordei cedo, e não era justamente aqui nessa praia que eu ficaria na preguiça. Me levantei e fui para o banheiro, fiquei bem surpresa em perceber o quanto aquela besta do Martim era organizado, estava tudo em perfeita ordem.

Antes de sair arrumei a cama e deixei minha bolsa arrumadinha sobre a cômoda para depois do café da manhã dar uma volta por aí. Quando saí do quarto eu estava prontinha para um dia de sol e praia ao lado do Emiliano. Se eu tivesse sorte, aquela falsa da Camila se afogaria e desapareceria no mar. Quem me dera!

Infelizmente eu saí do quarto a tempo de ouvir o Emiliano dizer a coisa que mais me apavorava em toa a vida.

- Sim, Martim, eu vou pedir a Camila em casamento hoje à noite. E quero você e a Abi comigo nesse momento especial. – O Emiliano tinha um sorriso lindo e um olhar apaixonado, ele estava feliz, mas havia acabado de cravar uma faca no meu coração. – Ah, olha ela aí! Já estava achando estranho você ainda não estar de pé! – O Emiliano sorriu pra mim do balcão da cozinha.

- Você disse que vai pedir a Camila... – Eu estava a ponto de chorar.

- Fala baixo, Abi, vai ser uma surpresa! Vem aqui que eu vou contar pra vocês o que eu pensei em fazer. – O Emiliano parecia empolgado.

- Emi, você não pode se casar com ela! – Eu estava sentindo o meu peito doer e os olhos arderem, mas eu não podia chorar, não ali na frente dele e do Martim.

- Abi, não seja ciumenta! Nós vamos continuar amigos. Isso não vai mudar porque eu vou me casar. – O Emiliano falava com empolgação.

- Mas, Emi...

- Abi, eu a amo! Ela me faz feliz! Você não quer que eu seja feliz? – Ele segurou a minha mão sobre o balcão e me encarou.

- Claro, Emi, eu quero a sua felicidade. – Eu não conseguia mais argumentar.

Ouví-lo dizer que amava aquela mulher e que ela o fazia feliz, foi como se ele cravasse um punhal no meu coração, o deixando dilacerado. Ao meu lado, o Martim pelo menos teve a decência de ficar quieto.

- Café? – O Emiliano ofereceu, eu fiz que sim e ele me entregou uma caneca. – Sem açúcar, assim como você, Martim! – O Emiliano estava radiante e nem reparou na minha decepção.

Verifique o captcha para ler o conteúdoVerificar