“Pilar Monterrey”
Eu fui acordada com um beijo suave na boca, um toque de mão gentil em meu quadril e o calor emanado de um corpo quente ao meu lado, eu só poderia estar sonhando, porque eu tinha certeza que a noite anterior tinha sido um sonho. Devagar eu abri os meus olhos e vi aquele rosto lindo diante de mim com um sorriso que brilhava tanto quanto o sol.
- Bom dia, minha bela adormecida. – O Emiliano falou enquanto passava os dedos gentilmente em meus cabelos.
- Bom dia, biscoitinho! – Eu o toquei no rosto, precisava ter certeza de que era real. – É você, de verdade, não foi um sonho!
- Foi muito melhor do que um sonho, bruxinha! – Ele me beijou outra vez e eu senti seu corpo reagindo ao meu e o meu próprio corpo reagindo ao dele e o puxando para mais perto. – Calma, minha bruxinha linda, você deve estar dolorida.
- Não estou. – Eu choraminguei, mas estava um pouquinho dolorida sim, porém isso não me importava nem um pouco, eu queria um pouco mais dele.
- Se você não está dolorida, talvez eu não tenha feito isso direito. – Ele me provocou e eu ri.
- Então você precisa fazer de novo, para garantir. – Eu sorri e o provoquei, apertando os meus braços em torno do seu pescoço.
- Espertinha! – Ele brincou, seus olhos brilhando. – Eu não quero te machucar, minha linda.
- Você não vai me machucar. – Eu garanti. – Eu quero de novo. – Eu confessei e ele me olhou tentando decidir entre ceder as nossas vontades ou não me deixar mais dolorida.
- Tem certeza? – Ele perguntou.
- Biscoitinho, você já roubou a minha inocência, pra quê se fazer de rogado? – Eu brinquei e ele riu.
- Sua bruxinha atrevida! – Ele respondeu e logo cobriu a minha boca com a sua.
Ele me levou de volta para aquele lugar onde as nossas almas pareciam se conectar e me fez gritar por ele. Cada toque, cada beijo que ele dava no meu corpo despertava algo ainda mais intenso dentro de mim, uma sensação nova e mais pungente. E quando eu me desmanchei nele, com o corpo convulsionando de prazer, ele me deu mais de si e se desmanchou em mim, sussurrando o meu nome no meu ouvido. Outra vez nós estávamos nos espelhando, um refletindo outro em sensações e emoções. Eu nunca tinha experimentado nada tão forte em toda a minha vida, nós estávamos nos fundindo em um só.
- Ah, minha linda, isso não deveria ser tão bom. Como eu vou sair dessa cama agora? – Ele falou quando conseguiu recuperar o fôlego e rolar na cama me levado com ele, para que eu me deitasse sobre ele.
- Nós não precisamos sair. – Eu brinquei e ele me puxou para um beijo que quase nos fez nos perder um no outro de novo.
- Precisamos, minha linda! Eu preciso alimentar você e nós temos o almoço na casa do seu irmão. – Ele se lembrou e eu fiz uma careta.
Eu não tinha a menor idéia de como os meus pais reagiriam ao fato de eu estar namorando o Emiliano Quintana, melhor amigo dos meus irmãos, quase um filho para eles. Então, a idéia de que eles tomariam conhecimento disso e eu não sabia como reagiriam, não me deixou muito empolgada para o almoço de família. E ainda tinha a mãe do Emiliano. E os meus outros irmãos. Isso estava começando a me atingir e me deixar nervosa.
- Nós combinamos que eles não falariam nada até você aceitar ser, oficialmente, a minha namorada. Eu te disse, bruxinha, que eu queria fazer tudo certinho com você. – Ele não conseguia esconder a satisfação por ter feito tudo certinho como ele queria.
- Que trapaceiro, fazendo tudinho pelas minhas costas! – Eu brinquei e ele riu.
- Fiz mesmo! – Ele deu uma gargalhada. – E com o Max e o Ignácio eu falei no dia em que o Tom descobriu.
- Então não é novidade para ninguém que nós estamos namorando? – Eu perguntei.
- Não, não é. – Ele riu de novo. – Agora, bruxinha, eu vou alimentar você!
Ele me deu um beijo e saiu de cima de mim, caminhou até a mesinha e voltou de lá com uma grande bandeja de café da manhã, que só podia ter chegado ali enquanto eu dormia. A bandeja estava linda, com um café da manhã completo sobre ela. Ele a colocou sobre a cama e serviu o café, depois pegou uma torrada, passou o requeijão sobre ela e levou aos meus lábios e repetiu isso com cada bocado que eu comi daquela bandeja. Ele não só me levou o café da manhã, mas ele me alimentou, com cuidado, afeto e paciência.
Depois do café da manhã, ele me pegou nos braços e me levou para um banho. A banheira estava cheia e ele me acomodou dentro dela com cuidado e depois se juntou a mim, a água morna foi bem vinda, relaxando os meus músculos doloridos. Ele me lavou e cuidou de mim, atento a cada uma das minhas necessidades e vontades.
Depois do banho, eu voltei para o quarto, enrolada em um roupão felpudo, com os braços do Emiliano me abraçando e só então percebi a mancha no lençol e me senti um pouco constrangida. Ele percebeu para onde os meus olhos miravam e deu um beijo atrás da minha orelha.
- A marca da inocência perdida. – Ele riu. – Agora vou ter que casar com você. – Meu coração disparou no peito com a sua gracinha. – Mas nós vamos com um pouquinho mais de calma para essa parte. – Ele riu e algo se agitou dentro de mim, como um gato ronronando e se espreguiçando contente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...