Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 258

“Abigail Zapata Monterrey”

Era muita coisa acontecendo e muito perigo perto demais de nós. Não era o melhor momento para que eu tivesse ficado grávida, mas estava e agora eu teria que lidar com isso. A medida que o dia passou eu fui ficando apreensiva e precisava dar um jeito de contar para o Martim, mas eu queria contar de uma forma leve e feliz.

- Abi! – A Pilar entrou outra vez na minha sala. – Marquei o médico para você, consegui um horário às pressas para amanhã de manhã.

- Médico pra quê, Pilar? – Eu já tinha muita coisa na cabeça e uma montanha de trabalho.

- Como pra quê? – Ela se aproximou e abaixou a voz. – Pra saber do meu sobrinho.

- Pilar, você disse para que eu permitisse que o seu irmão participasse de tudo, eu ainda não contei para ele. – Eu respirei fundo.

- Pois então conte. – Ela me olhou com os braços cruzados.

- Eu queria contar de um jeito especial. – Eu resmunguei.

- É só fazer uma surpresa no jantar, Abi. Coloca o teste numa caixinha e dá de presente pra ele. – Ela sugeriu e poderia ser uma boa idéia. – Mas aquele que marca as semanas você vai precisar fazer de novo, ele apaga em vinte e quatro horas.

- Como você sabe? – Eu olhei pra ela já pensando que ela fosse descuidada como eu.

- Me informei. E não me olha assim, eu tomo injeções para não correr o risco de esquecer. – Ela riu. – Tem uma loja de presentes aqui perto, vamos lá e compramos a caixa.

- É uma boa idéia. – Eu concordei. – Vamos e vamos levar a Magda, pra ela se distrair um pouco.

Eu me levantei, peguei a minha e quando nós saímos da minha sala o Martim me cercou no corredor.

- Onde você pensa que vai, minha insuportável? – Ele me deu um beijo rápido antes que eu respondesse.

- Tomar um café, vou com a Pilar e a Magda. A Magda precisa arejar. – Eu expliquei e ele me olhou como se estivesse desconfiado.

- Não é uma boa idéia, coelhinha, com tatos perigos. O Maurice ainda está por aí. – Ele me lembrou. – Até eu estou deixando de visitar as obras por um tempo, vou ficar mais no escritório como o Emiliano.

- Mas quem vai visitar as obras? Você adora fazer isso. – Eu estranhei.

- Sim, mas até essa situação toda ser resolvida eu vou delegar e fazer tours virtuais. – Ele explicou que passaria para os engenheiros e acompanharia as visitas por vídeo chamada.

- É, é uma boa idéia. Mas, Ursinho, os seguranças vão conosco e é logo aqui na esquina. – Eu olhei para ele como se suplicasse.

- Tudo bem, eu vou com vocês, assim eu fico mais tranquilo. – Ele sugeriu.

- Nãããooo! – A Pilar e eu respondemos juntas e ele franziu a sobrancelha.

- E por quê eu não posso ir? O que vocês estão tramando? – Ele desconfiou e eu não tinha idéia do que dizer.