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Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 273

“Cassandra Nomikos”

Eu apertei aquele cartão mais uma vez contra o peito tentando pensar no que eu deveria fazer, se deveria ligar para ele ou não. Eu passei o dia todo andando de um lado para o outro tentando decidir isso. Ele disse que eu poderia ligar quando quisesse. Mas e se ele só estava sendo educado? Um homem tão lindo como ele, tão gentil, o que ia querer com uma mulher como eu? Uma mulher feia, sem atrativos. O Maurice sempre disse isso. Só se...

- Cassandra, minha filha, se você não vai sair de casa, pelo menos vai pra piscina pegar um pouco de sol. Se continuar aqui dentro, daqui a pouco essa sua linda pele oliva vai estar cinza. – Meu pai chegou em casa mais cedo e se sentou ao meu lado no sofá, me dando um beijo.

- Papai, o senhor conhece bem os Monterrey? – Eu estava curiosa sobre aquele homem.

- O suficiente para saber que não são como aquele traste do Maurice! E o doutor é o mais sério e mais reservado dos irmãos. Um psiquiatra respeitado e com feitos impressionantes no currículo. – Meu pai já tinha investigado o Ignácio, é claro. – Desse eu gosto pra genro! – Ele sorriu pra mim em cumplicidade.

- Ai, papai! Um homem lindo daquele nunca ia olhar pra mim? – Eu me deitei no seu colo.

- E por que não, Cassandra? Você é linda, querida, linda e cheia de qualidades. E eu tenho vontade de matar aquele traste só por ele ter destruído a sua confiança.

- Ai, papai, o senhor é meu pai, é suspeito para falar. – Eu sorri para ele, sempre tão amoroso.

- Eu posso até ser suspeito, mas aquele rapaz olhou pra você, minha filha e eu não sei por que você ainda não ligou para ele. – Meu pai incentivou e quase me convenceu.

- Eu deveria ter dado o meu número para ele me ligar se estivesse interessado. – Eu comentei.

- Minha filha, eu não sei o que mais um homem educado pode dizer para uma mulher entender que ele está interessado. Ele te disse com todas as letras. Se eu não me engano ele disse que seria um prazer vê-la de novo. – Meu pai me lembrou.

- Isso é verdade. Mas o senhor não acha que ele estava apenas sendo educado? – Eu perguntei, não queria ter uma decepção.

- Não, eu não acho, porque ele não precisava ter te dado o telefone pessoal dele. Ou você não notou que ele anotou outro número no cartão? – Meu pai me encheu de confiança.

- Eu vou ligar. Eu senti uma calma tão grande com ele, foi tão bom conversar que eu nem vi o tempo passar. – Eu contei.

- Eu estava certo, a Abigail te ajudou de novo. – Meu pai sorriu.

- Vai, liga para o doutor, vamos ver. E coloque para eu ouvir, quero ver o que o doutor vai dizer pra depois você não ficar se sabotando com dúvidas. – Meu pai insistiu e eu peguei o telefone.

Eu disquei o número, sentindo meu rosto esquentar, o coração acelerar e as mãos suarem. Eu estava ansiosa. Ele atendeu no primeiro toque.

- Alô? – A sua voz calma soou do outro lado da linha e eu senti um arrepio na minha pele. Era uma voz sedutora.

- Ignácio, oi. É a Cassandra. – Eu falei, ainda um pouco hesitante.

- Aquela que brilha sobre os homens! – Ele pronunciou o significado do meu nome e me arrancou um sorriso. – Que bom que você ligou, eu esperei o dia todo por isso! – Meu coração quase saiu pela boca.

- Esperou? – Eu perguntei sentindo como se tivessem milhões de papeizinhos voando dentro do meu estômago.

- Esperei! Eu me preocupei que talvez você não ligasse, mas mesmo assim eu esperei e torci muito para ouvir a sua voz de novo. – Ele fez uma pausa e eu nem estava respirando. – Você aceita jantar comigo, Cassandra? – Ele perguntou de repente.

- Mas, será, papai? O Maurice... – Foi automático, mas o meu pai não me deixou terminar.

- Aquele traste quis te destruir, mas ele não conseguiu. Você é linda, querida, tem cabelos lindos, solte-os! Tenho certeza que o doutor vai gostar. – Meu pai incentivou.

Eu fui até o closet, soltei e penteei os cabelos, aceitando o conselho do meu pai, e voltei para o quarto, parando em frente ao meu pai que abriu um sorriso enorme no exato momento em que minha mãe entrou no quarto, ela estava chegando do trabalho.

- Cassandra! Filha, você está linda! – Minha mãe me olhou com os olhos brilhantes. – Ele vai ficar encantado.

- Você ligou pra ela, papai? – Eu olhei para o meu pai.

- Eu não! – Meu pai respondeu.

- Ninguém me ligou, mas tem um homem lindíssimo lá na sala, se apresentou como Ignácio Monterrey e disse que vocês combinaram um jantar. Ele trouxe flores pra mim, acredita?! E está segurando outro buquê que deve ser pra você. – Minha mãe respondeu alegremente.

- Olha como o doutor é esperto, já está conquistando a futura sogra! – Meu pai brincou com um brilho maroto girando em seus olhos.

- Papai! – Eu chamei sua atenção e ele riu.

- Vamos, não vamos deixar o Romeu esperando! – Ele chamou e me ofereceu o braço. – Oi, querida! – Ele deu um beijo rápido na minha mãe e pegou sua mão. Nós saímos juntos do quarto, em direção a sala e eu estava nervosa como uma menina que vai ter o seu primeiro encontro.

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