“Antônio Guerreiro”
Eu estava completamente estressado e preocupado com a Abigail e a Magda. Esse assunto do Ulisses precisava ser resolvido rápido, além do mais eu queria justiça para o meu amigo, morto de uma forma covarde! O Ulisses tirou anos do Zapata, anos que ele teria ao lado da filha, ao lado do neto. Foi uma covardia! E como se não fosse suficiente ainda tinha esse Maurice Lanoy, um cretino!
- Calma, Tony, nós vamos conseguir resolver isso, mas precisamos ter calma. – O Nikos tentou me dar confiança.
- Nikos, como um traste imbecil como o Maurice está conseguindo fugir de nós, se esconder? E tão perto da construtora! – Eu olhei para o meu amigo.
- Às vezes os imbecis têm sorte por um tempinho. Mas não vai durar para sempre, porque o Maurice é excessivamente confiante, vai achar que está seguro, que é mais esperto que nós e vai acabar metendo os pés pelas mãos e é aí que nós o pegaremos. – O Nikos tinha razão, tipos como o Maurice sempre achavam que enganavam todo mundo.
- Eu só espero que isso seja antes que ele consiga atingir a qualquer um. – Eu esfreguei os olhos.
- Pensamento positivo, Tony! – O Nikos me animou, seu jeito expansivo e quase sempre otimista era realmente um bom remédio para o meu nervosismo.
Nós chegamos à delegacia e fomos direto à sala do delegado, explicamos a ele que o Maurice estava rondando a construtora e ele enviou uma viatura descaracterizada para fazer a campana lá perto. A polícia estava muito ansiosa para prender o Maurice, mas estava ainda mais para desbaratar a quadrilha do Ulisses.
Depois que terminamos na delegacia, eu precisava ver o Jorge, saber como estava e fazer algumas perguntas. O Nikos o escondeu num dos apartamentos que ele tinha num prédio de salas de sua propriedade e um dos seus restaurantes funcionava embaixo. Nós batemos na porta, como havíamos combinado e logo ouvimos as trancas e ferrolhos da porta serem retirados. Nós entramos e o Jorge trancou tudo novamente.
- Como você está, Jorge? – Eu perguntei e me sentei. Era um apartamento pequeno, mas era bastante confortável.
- Muito bem, Antônio, obrigado! Sr. Nikos a comida do seu restaurante é deliciosa. Obrigado pela atenção. – O Jorge agradeceu polidamente.
- É um prazer, Jorge. – O Nikos sorriu.
- Jorge, agora que você está mais calmo, me explica como você conseguiu fugir do Ulisses? – Eu pedi e ele deu um sorriso curto.
- Como eu disse, eu estava fazendo as entregas de armas e drogas para o Ulisses. Ele me mandou até um cliente em outra cidade, um que todos sabem que é complicado, mas o sujeito e eu nos entendemos, eu já havia levado outros carregamentos até ele. – O Jorge começou. – Era um negócio difícil e eu deveria ficar lá só três dias, mas teve um atraso na entrega das armas e eu ficaria lá uma semana, então eu liguei para o Luiz para avisar e eu senti que havia algo errado.
- Por que, algo que ele disse? – Eu perguntei.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...