Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 289

“Maximilian Monterrey”

As coisas não estavam andando muito bem ultimamente, ter dois loucos soltos pela cidade que poderiam fazer mal a uma das meninas me preocupava e essa história de ter seguranças andando atrás de mim não era algo de que eu gostava.

E pra piorar mais um pouco a situação eu agora era o último dos solteiros, meus irmãos estavam todos comprometidos, todos suspirando por alguém, até as garotas estavam com seus namoradinhos, até o Emiliano, esse era o pior, mal largou uma e já estava indo atrás da nossa caçulinha como um cachorrinho.

Como ia ser a minha vida agora? Ficaria sozinho de lado nos encontros de família? Não poderia mais sair com eles por que ficaria segurando vela? Eles não sairiam mais comigo porque não poderiam ficar sem suas mulheres? Eu estava até um pouco irritado com isso, até porque eu achava que se alguém ficaria pra titio seria o Ignácio, com aquele jeitão todo sisudo dele. Mas eu, logo eu, com todo o meu charme, irreverência e elegância?

- Mundo injusto! – Eu murmurei.

Talvez fosse bom mesmo ter o Tony como vizinho, a mulher dele pelo menos estava viajando e ele poderia me fazer companhia. Com isso, eu acabei me lembrando de que deveria ligar pra ele e ver se ele já estava pronto para ir para o apartamento. E foi o que eu fiz, mas fui surpreendido com um convite para almoçar com ele e o Sr. Nikos, eu não recusaria, isso me animou e talvez eles pudessem ser a minha nova turma.

Eu saí da imobiliária e fui para o restaurante onde eles estavam, não era muito longe, vinte minutos e eu estava entrando naquele restaurante grego de propriedade do Sr. Nikos. Fiquei surpreso, era muito elegante e cheio de estilo. O Sr. Nikos acenou pra mim quando eu entrei, eles estavam sentados em uma mesa bem ao fundo. Eu me juntei a eles e notei que a preocupação ainda estava nos olhos do Tony.

- O delegado mandou uma patrulha a paisana para ficar perto da construtora, mas eu estou bastante preocupado. Vou tentar apressar o promotor também. – O Antônio me explicou.

- Vai dar certo, Tony! Mas depois do almoço vamos cuidar da sua mudança. – Eu tentei animá-lo. Eu estava sentado ao seu lado, de costas para a porta e o Sr. Nikos de frente para nós.

- Isso é bom! Esse velho cabeça dura não quer ficar na minha casa. – O Sr. Nikos reclamou, me fazendo rir. – Ah, ela chegou! – O Sr. Nikos se levantou animado e eu me virei para ver de quem ele falava.

Eu congelei quando ele abraçou a jovem de longos cabelos loiros e olhos castanhos quase cor de mel. Ela estava sorrindo para ele, com aquela boca grossa e cor de rosa, mas quando me viu, seu sorriso caloroso se desfez em uma carranca.

- Sofia, que bom que você pôde vir almoçar conosco. Deixe-me apresentá-la, esse é o Antônio Guerreiro, o advogado de quem te falei. E esse é o Maximilian Monterrey. Max, foi dela que te falei mais cedo. – O Sr. Nikos me lembrou da nossa conversa essa manhã. Eu não podia acreditar que logo aquela ali fosse a protegida do Sr. Nikos.

- É um prazer conhecê-lo, Sr. Monterrey. – Ela me cumprimentou como se nunca tivesse me visto na vida, então era melhor eu fazer o mesmo.

- O prazer é meu, senhorita. – Eu fiz um aceno de cabeça, já que ela não me ofereceu a mão.

- Sente-se, querida. – O Sr. Nikos incentivou e a Sofia se sentou ao seu lado.

Curiosamente o celular do Sr. Nikos tocou e convenientemente ele e o Antônio tiveram que sair apressados por um motivo urgente e o Antônio combinou que me encontraria no apartamento à noite, mas o Sr. Nikos insistiu que nós ficássemos e apreciássemos o almoço por conta da casa. Era muito óbvio que aqueles dois tinham armado esse encontro e estavam bancando os cupidos.

- Que desprazer, não é, Maximilian? – A Sofia me encarou com desprezo.

- Pra você ver como o mundo é pequeno. – Eu dei um sorriso forçado para ela. – Parece que você não quer que o seu protetor saiba que nos conhecemos.

- Ah, com certeza eu não quero que ninguém no mundo saiba que eu tive o desprazer. – Ela respondeu e se levantou, mas quando ia passando por mim eu a segurei pelo braço e a puxei para se sentar ao meu lado.

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