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Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 299

“Maximilian Monterrey”

Eu estava sorrindo enquanto observava a Sofia caminhando para o banheiro atrás da Cassandra como se estivesse indo para a forca. Eu me divertiria muito com essa mulher, a deixaria louca e ela aprenderia a não deixar ninguém esperando nunca mais.

- Pode começar a falar! – O Ignácio me encarou e eu já não estava sorrindo tanto mais.

- Falar o quê? – Eu me fiz de bobo, porque o Ignácio era certinho demais para aprovar os meus métodos.

- O que está acontecendo entre você e a Sofia. E não tenta me enrolar porque eu te conheço. – O Ignácio me pressionou.

- Lembra que te contei de uma mulher que eu conheci e que foi toda antipática comigo e me deu fora a noite inteira, mas no final me levou pra casa dela? – Eu já havia contado a história para o Ignácio.

- Você está me dizendo que a antipática, a que te deixou esperando, é a Sofia? – Ele arregalou os olhos pra mim.

- Ela mesma! – Eu confirmei. – E o Sr. Nikos armou para me apresentá-la hoje. – Eu contei rapidamente para o meu irmão o que o Sr. Nikos havia feito e ele estava rindo.

- Ela fingiu que não te conhecia? – Ele me olhou se divertindo comigo.

- Não me pergunta porque, mas foi o que ela fez. – Eu contei.

- Então agora me explica, o que está se passando nessa sua cabecinha pervertida? – O Ignácio realmente me conhecia.

- Ela quer se livrar de mim e eu vou grudar nela, até ela contar a verdade para o Sr. Nikos. – Eu dei de ombros.

- Max, Max, seu joguinho é perigoso e se isso afetar a minha relação com a Cassandra eu te mato. – o Ignácio me alertou.

- Relaxa, a Cassie sabe de tudo, essa ida delas ao banheiro foi por um motivo chamado fofoca! – Eu tinha certeza que as duas estavam planejando como se livrar de mim.

- O que você pretende fazer? – O Ignácio estava interessado.

- Você vai levar a Cassie pra sua casa e eu vou levar a Sofia para a casa dela. Eu vou me despedir na porta como um cavalheiro e vou continuar a tratá-la como uma rainha, até ela não aguentar mais e falar a verdade. Você sabe, “somente a verdade vos libertará”. – Eu sorri cheio de confiança para o meu irmão.

- Para de misturar coisas sagradas com as suas idéias profanas! – O Ignácio chamou minha atenção, o Sr. Certinho. – Você já parou para pensar que o feitiço pode virar contra o feiticeiro? Você pode acabar se apaixonando.

- Não seja idiota, isso não vai acontecer. Se alguém aqui corre o risco de se apaixonar, esse alguém é a antipática, afinal, olha só pra mim, bonitão, simpático, cavalheiro... – Eu brinquei com o meu irmão, mas não havia a menor possibilidade de que eu me apaixonasse por aquela antipática, ela era linda, isso é verdade, e nós tivemos uma noite fantástica, eu ainda sonhava com aquela boquinha me beijando, isso também era verdade, mas para me apaixonar eu precisava de mais do que isso.

- Ah, é o rei da modéstia também! – O Ignácio zombou de mim.

- Quê isso, Nano, você sabe, eu sou humilde, porém perfeito! – Eu sorri e ele deu uma gargalhada.

- Ignácio, você se importaria de me levar pra casa? É que a Sof vai dormir lá hoje e... – A Cassandra estava se apressando a explicar, mas o meu irmão, como o perfeito cavalheiro que era não a deixou em situação de se explicar.

- Meu sol, eu te levo onde você quiser e você não precisa se explicar. – Ele beijou a face dela, a deixando com os olhos brilhando.

Nós entramos nos carros e eu sabia que a antipática tinha convencido a Cassandra a voltar para casa só para não ficar sozinha comigo, o Ignácio me incomodaria por isso. Mas eu fiz de conta que não tinha percebido o joguinho dela.

- Quer escolher uma música? – Eu ofereci, apontando para o rádio.

- Posso? – Ela pediu e eu fiz que sim e ela escolheu uma música, uma bem melosa, daquelas que quase te fazem chorar.

- Adoro essa música! – Eu comentei e comecei a cantarolar a música. A cara estupefata dela pra mim quase me fez rir.

Quando nós chegamos na casa do Sr. Nikos eu já estava entrando em depressão com a quantidade de música sofrida que eu tinha ouvido fingindo que adorava. Eu fiz tudo como mandava o figurino, abri a porta do carro, a ajudei a sair e a acompanhei até a porta e quando me despedi, ao invés de fazer como o meu irmão que, para minha total surpresa, deu um beijo apaixonado na Cassandra, eu apenas peguei a mão da antipática e dei um beijo.

- Foi uma grande noite, Sof! Obrigado! – Eu me despedi com toda a formalidade e ela ficou me olhando de queixo caído.

Quando eu entrei outra vez no meu carro eu estava sorrindo, completamente satisfeito com o castigo que eu daria naquela antipática. Ela estava esperando um beijo desse meu biquinho doce, mas ela não teve, dormiria na vontade. Mas eu faria com que ela se arrependesse pelo que fez comigo. Quando saí da casa do Sr. Nikos eu aumentei o volume para ouvir e cantar junto com o rádio a melhor versão de “I will survive”, minha noite tinha começado péssima, mas evoluiu para a melhor noite que eu tive desde a despedida de solteiro do Martim.

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