“Sofia Almeida”
Eu estava confusa, quando saímos hoje o Maximilian demonstrou estar disposto a ser o cafajeste de sempre e me levar pra cama, mas na hora em que se despediu de mim nem ameaçou me beijar, foi gentil e educado, mas deve ter sido pela quantidade de alho e cebola que eu pedi naquela massa.
Claro, ele me desarmou um pouco com a escolha da sobremesa, minha torta favorita e com cerejas extras, mas aquilo deve ter sido um golpe de sorte, afinal, geralmente mulheres adoram chocolate. Mas foi estranho, principalmente por ele gostar daquelas músicas horrorosas que eu coloquei pra tocar, ele até cantou.
Mais estranho ainda foi não encontrar o Sr. Nikos bisbilhotando atrás da porta, ele sempre fez isso, desde que éramos adolescentes. E ele nem estava na cozinha. Estava tudo muito estranho, mas a Cassandra me disse que o pai tinha saído muito cedo de casa e talvez estivesse cansado.
Depois de conversar com a Cassandra por um bom tempo, eu acabei pegando no sono na cama dela, era sempre assim e tinha muito tempo que não fazíamos isso. No fim das contas a noite tinha sido agradável e o Ignácio era realmente diferente do irmão na personalidade, muito mais sério e centrado.
- A mamãe já foi para o trabalho? – A Cassandra perguntou ao pai ao lhe dar um beijo.
- Meninas! Saiu agora há pouco. E vocês, como foi o jantar? – O Sr. Nikos perguntou quando nos sentamos para o café da manhã.
- Foi ótimo, papai, nós nos divertimos muito, não foi, Sof? – A Cassandra respondeu e se virou pra mim.
- Maravilhoso, Sr. Nikos, o Maximilian é realmente um encanto! – Eu respondi e vi os olhinhos dele brilharem.
- Ah, que bom, porque eu o investiguei, Sofia, ele é realmente um bom homem, fico feliz que você esteja interessada. – O Sr. Nikos sorriu bastante satisfeito, coitado, a investigação dele não estava correta dessa vez.
- Mas eu acho que ele está apenas sendo gentil, Sr. Nikos. Acho que ele não se interessou por mim. – Eu falei, seria bom tentar me livrar do cafajeste, mas era cedo demais para eu achar que tinha alguma chance.
No momento em que eu fechei a boca duas funcionárias entraram na sala com dois buquês de rosas vermelhas enormes. Um era para mim e o outro para a Cassandra. Eu peguei o cartão e eu acho mesmo que tive um mini infarto quando li.
- Ah, rosas vermelhas! Isso não é coisa de quem não se interessou. – O Sr. Nikos comentou. – Me permite ler o cartão? – Ele pediu e eu não pude recusar. – “Passei a noite pensando em você e no seu sorriso lindo. Obrigado pelo almoço e pelo jantar, espero te ver de novo em breve.” Mas olha que gentil! E o seu, Cassandra o que diz?
- “Você está ocupando cada um dos meus pensamentos, por favor, não pare.” – A Cassandra leu o cartão dela suspirando. – Acho que vou ligar para o Ignácio.
- E você, Sof? – O Sr. Nikos observou a minha confusão.
- É... eu também, vou ligar para o Maximilian. – Eu falei no automático. Aquilo tinha sido orquestrado, ele queria que o Sr. Nikos visse as flores.
- Sofia, por que você está surpresa que ele goste de você? – O Sr. Nikos quis saber e eu não sabia o que dizer. – Aceite, querida, você é linda! O homem que conquistar o seu coração será um homem de sorte e eu não vou mentir, torço pelo Monterrey!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...