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Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 326

“Luiz Pacheco”

Eu passei tanto tempo procurando o meu filho e olha onde eu fui encontrá-lo. Pior ainda, eu coloquei aquele maldito do Senhor na vida dele. A mãe dele tinha razão em fugir de mim, eu não poderia dar a ele nada de bom, nem mesmo um exemplo bom.

Tão linda que aquela mulher era e pelo que o garoto falou, continuava linda, mas eu quase a matei, eu quase matei o meu próprio filho e só por ódio, por ela ter me denunciado, eu queria encontrá-la e eu a teria matado se tivesse conseguido. Para encontrá-la eu fiz um pacto com o Senhor e aquele diabo mentiu para mim por todos esses anos e fez tantas barbaridades com o meu filho. Eu não podia sentir raiva dela, não mais, porque ela estava certa em fugir. Pelo menos agora eu sabia que eles ficariam bem, eu ia garantir isso.

- Muito bem, eu sei que todos vocês querem ter a sua vingança contra o Senhor, mas ninguém quer mais do que eu. – Eu olhei para os homens e mulheres em minha frente.

- Luiz, eu quero a minha vingança contra a rainha. Aquela cretina é pior do que o irmão. – Uma das meninas pediu e eu achei que era justo.

- Está bem. Eu vou entregar o dinheiro a vocês, depois nós vamos até a rainha e depois ao Senhor. Mas não podemos matá-los, a polícia tem que encontrá-los vivos e hoje à noite, quando os clientes chegarem, nós vamos proceder como se nada estivesse acontecendo, até a polícia entrar. – Eu expliquei.

Todos ali sabiam o que estava acontecendo e como seria a operação da polícia, todos concordaram em ajudar e ninguém questionou que o Thierry, o Enrico e a Maria Luiza já tinham ido embora. Eu não queria aqueles três ali para o que ia acontecer, nenhum deles queria ver a polícia e eles não ajudariam muito. Já os outros, conheciam o esquema tanto quanto eu, tinham sido vítimas obrigadas a trabalhar para aquele diabo pervertido. Eu distribuí os envelopes cheios de dinheiro, era o suficiente para que cada um saísse dali e desse um jeito na vida e ainda sobraria bastante para a polícia apreender, tinha muito dinheiro no cofre naquele dia por causa da transação de armas que o Senhor havia feito no dia anterior.

- Agora, meninas, vamos até a rainha. – Nós fomos ao subsolo e a porta da cela onde a rainha estava foi aberta.

Ela já estava mais do que derrotada, havia emagrecido muito, estava abatida e suja. Deitada naquela cama imunda, ela nem se moveu quando nos viu entrar.

- Você deu um golpe nele! – Ela sorriu.

- É, eu dei! – Eu concordei.

- Eu sabia, sabia que esse dia chegaria! Você é o cachorro que morde a mão de quem te alimenta. – A Rainha comentou, mas eu nem ia perder o meu tempo.

- Meninas, fiquem à vontade. – Eu autorizei e as garotas foram todas de uma vez pra cima da Rainha.

A surra que ela tomou foi tão ruim quando a que os rapazes já tinham dado no Senhor. Quando elas saíram da cela eu olhei para dentro e vi a rainha toda machucada e sem cabelo, as garotas cortaram o cabelo dela o mais curto que uma tesoura permitia, totalmente irregular. Ela estava parecendo uma morta viva. A Camila e a Letícia teriam gostado de participar disso.

- Me mata, Luiz, me mata logo! – Ela pediu e eu apenas balancei a cabeça. – Me mata Luiz, porque quando eu sair daqui eu mato você!

- Não, Rainha, quando você sair daqui, você vai morrer na cadeia. – Eu falei e fechei a porta. Eu não queria mais o desprazer de olhar para ela.

- Luiz, o Madeira chegou. – Um dos homens se aproximou de mim e eu fiz que sim.

- Pode trazê-lo aqui. – Eu pedi e eles buscaram o Madeira.

Eu nunca havia visto aquele homem tão assustado, mas ele deveria estar mesmo, afinal, ele dependia de mim para não ser preso.

- Luiz, espero que isso não seja uma emboscada. – O Madeira se aproximou com seus quatro seguranças.

- Não, Madeira, não é. Embora eu fosse gostar muito de arrancar essa coisa monstruosa que você tem entre as pernas. – Eu o encarei, eu não gostava dele, mas eu gostava menos ainda do Senhor.

- Ah, Luiz, você ainda não esqueceu isso? Já faz muito tempo que eu te transformei borboleta! – Ele sorriu.

- Eu ainda posso mudar de idéia, Marreta. – Eu avisei, afinal, eu não toleraria mais nenhuma gracinha.

- Luiz? Luiz, o que está acontecendo, porque me trancaram aqui? – Ela perguntou e eu sorri.

- Porque eu ferrei com o seu tio e vou entregá-lo para a polícia. – Eu sorri.

- Ah, finalmente! Embora eu pense que aquele velho tarado mereça coisa pior. – Ela falou e se sentou na cadeira, cruzando os braços.

- E você, vagabunda, o que você merece? – Eu perguntei e me aproximei dela. Ela tentou se levantar, mas eu a puxei pelo cabelo. – Me diz, Alice, o que você merece?

- Luiz, você sabe que eu não cometi crime nenhum. – Ela resmungou e eu puxei ainda mais o seu cabelo.

- Você sabe que isso não é verdade, querida! – Eu sorri e ela estremeceu. – Mas pra sua sorte, eu até gosto de você, então eu vou te deixar escolher. Me diz Alice, você quer ser presa junto com o seu tio e a sua mãe, ou você quer vir comigo? Mas já te aviso, se vier comigo vai seguir a minha lei. Não vai ficar de vidinha boa não e eu vou fazer o que eu quiser com você.

- O que isso significa? – Ela perguntou.

- Que pra você será como se você ainda estivesse aqui, mas você não vai estar na cadeia. – Eu respondi e ela pensou por um momento.

- Eu vou com você! – Ela respondeu sem pensar. Talvez ela não tivesse entendido o inferno que eu estava preparando para ela, para onde nós estávamos indo eu já tinha uma casa e ela seria a minha prisioneira, ficaria tão presa quanto aqui e era melhor eu levá-la porque de fato ela não participava diretamente do esquema e conseguiria sair da cadeia muito rápido.

- Ótimo! Então agora só fica quietinha aqui até a hora de ir. – Eu saí do quarto e o tranquei, era hora de esperar a polícia.

Os policiais chegaram e se instalaram, eu mostrei tudo, dei cada informação da qual eles precisavam, gravei o vídeo, assinei os papéis e quando terminei eles me liberaram, garantiram que a Rainha e o Senhor não teriam vida suficiente para cumprir as condenações enormes que receberiam. Eu olhei pelo vídeo, a atividade na casa já tinha começado e estava lotada, todos os falsos homens de bem que fomentavam esse negócio sujo estavam ali e os policiais tinham tudo o que precisavam. Eu busquei a Alice e saí daquele lugar sem olhar para trás, a minha nova vida me esperava do outro lado da fronteira.

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