Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 346

“Pilar Monterrey”

Eu comecei a trabalhar para não deixar meus pensamentos sobre o Emiliano com aquela mulher ficarem grandes demais. Eu tinha agido mal com os seguranças e tinha sido boba sobre o casamento, tudo isso eu já tinha entendido, mas o Emiliano poderia ter pelo menos me avisado que ia almoçar com aquela mulher e que eles eram amigos, aí eu não estaria sentindo como se as palavras daquele homem na recepção fossem se concretizar.

E como eu estava numa situação delicada aqui por causa dos meus últimos deslizes, eu sabia que eu precisava agir de forma ponderada ou todos continuariam me tratando como a mimadinha da família, então eu fiz o meu trabalho, concentrada e sem chorar. Já passava do meio da tarde quando o Martim se debruçou sobre a minha mesa, tirou os fones dos meus ouvidos e me encarou bastante sério.

- O Silas precisa comer, Pilar, e você também. – O Martim me repreendeu. Era a minha sina, sempre ser repreendida. Eu olhei para o relógio do computador e encarei o Silas.

- Me desculpa, Silas, eu perdi a noção do tempo, você deveria ter me chamado. – Eu me desculpei sinceramente com ele, porque de fato o homem precisava comer.

- Não tem problema, Pilarzinha. Mas o que você acha de ir comigo comer um grande sanduíche com batatas fritas, hã? Eu convido! – Ele ofereceu sorridente.

- Será um prazer! – Eu me esforcei e abri um grande sorriso para ele. – Nós já estamos indo, Martim. – Eu respondi ao meu irmão e peguei a minha bolsa.

- Pilar... – O Martim me chamou.

- Não se preocupe, eu vou me comportar. – Eu respondi e segui em frente. Eu não podia conversar com ele naquele momento ou eu perderia a batalha para o meu coração que estava doendo.

O Silas dispensou os outros seguranças e tirou a algema do meu pulso para que eu entrasse no carro, dizendo que queria ir a uma lanchonete um pouco mais distante. Quem era eu para reclamar, tinha deixado o homem com fome até aquela hora. Mas ele não colocou a algema de novo. Nós saímos para o trânsito e ele não demorou a começar a falar.

- Sabe, Pilarzinha, às vezes nós fazemos as coisas sem pensar que podemos machucar o outro. – Ele falou e me olhou de lado.

- Sei disso, Silas, eu dei duas grandes mancadas não foi? – Eu o encarei.

- Ah, sim, foram duas grandes, mas você reconheceu, se desculpou e está disposta a mudar. – Ele sorriu. – O Emiliano é um bom rapaz, provavelmente não se deu conta de que cometeu um erro, mas ele vai perceber e vai se desculpar. Ele gosta muito de você.

- Eu sei, Silas. – Eu respirei fundo. – Você é mesmo um túmulo?

- Pode se abrir comigo, querida. Para isso saímos do escritório. – Ele me deu um sorriso doce.

- É que doeu, sabe. Pode ser só uma bobagem, mas doeu ver aquela mulher linda e cheia de intimidade com ele. – Eu respirei fundo e deixei as lágrimas caírem. – E ainda teve o que o pai dela falou. E olha, eles ficam mesmo lindos juntos e ela parece combinar muito com ele.

- Mas ele ama você, Pilar. E vocês são um casal lindo e que combinam muito. – O Silas insistiu.

- Mas será que só esse amor é o suficiente? – Eu o encarei.

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