“Maximilian Monterrey”
Eu estava bastante animado com o meu jantar de noivado. Antes eu achava que a Sofia se daria por vencida na hora em que eu a pedisse em casamento, mas agora, eu já estava começando a achar que ela ia continuar fingindo que me detestava, dizendo que não ia contar a verdade para o Sr. Nikos, mas que estava mesmo era louquinha por mim. Bobinha, ela ainda não tinha percebido que eu estava louquinho por ela.
Eu havia comprado um anel lindo para ela e ensaiei o meu discurso, seria um pedido de casamento do jeitinho que tinha que ser, com a família reunida e uma declaração bem apaixonada.
Quando eu saí do carro na porta da casa do Sr. Nikos, ao mesmo tempo que o Ignácio chegava, ele me encarou parecendo querer perguntar algo e antes que déssemos o passo em direção à porta ele me segurou e me fez encará-lo, ele olhou nos meus olhos e eu tive a impressão de que ele respirou aliviado.
- Você gosta dela, Max! – Ele declarou com surpresa. – Isso aqui não é só uma piada, uma das suas brincadeiras para fazê-la falar. Como eu não vi isso antes? – O Ignácio começou a rir.
- Você tem andado muito ocupado, Nano! – Eu respondi com um sorriso sem graça. – Sim, eu gosto da minha gracinha mais do que deveria e ela vai me enlouquecer, mas eu acho que ela gosta um pouquinho de mim também.
- E se não for assim, Max? – Ele me encarou e eu limpei a garganta, para mim a hipótese dela não gostar de mim não existia.
- Se não for assim, acho bom você me dar uma cópia da chave do seu apartamento porque eu vou passar a dormir no seu sofá. – Eu o encarei com um sorriso e ele refletiu a minha expressão.
- Se eu te contar as coisas que eu fiz naquele sofá recentemente... – Ele falou e eu fiz uma careta.
- Seu pervertido! – Eu brinquei e nós rimos e nos viramos para entrar.
Nossos pais já estavam sentados na sala quando chegamos, assim como a Abigail e o Martim. Eu cumprimentei a todos e deixei a Sofia por último. Quando cheguei perto dela, eu achei que ela estava um tanto nervosa, mas eu a abracei e dei um beijo bem caprichado, do tipo que quem vê sabe que é um beijo apaixonado.
- Oi, minha gracinha! – Eu sorri para ela. – Você parece nervosa. – Ela deu uma olhada em volta antes de falar.
- Max, isso está indo longe demais. – Ela sussurrou e eu ergui as sobrancelhas, me fingindo de divertido, mas morrendo de medo dela colocar um fim em tudo.
- Você acha? Está em suas mãos colocar fim a isso, gracinha. – Eu a desafiei, ela olhou o Sr. Nikos rindo e mordeu o lábio inferior. – Eu não posso, não posso decepcionar quem só faz o bem pra mim.
- Ótimo! Vamos em frente! – Eu sorri e passei o braço em sua cintura a puxando para perto dos outros.
- Sof, querida, me empresta o seu chuchuzinho por um momento? – O Sr. Nikos pediu e veio em nossa direção.
- Claro, Sr. Nikos, ele é todo seu. – Ela deu um sorriso e o Sr. Nikos me indicou o caminho para o escritório.
- Sente-se, Maximilian, fique à vontade. – O Sr. Nikos indicou a cadeira e eu me sentei. – Max, Max... você tem certeza do que vai fazer? Pedir uma mulher em casamento é algo muito sério.
- Sim, Sr. Nikos, eu sei e eu tenho certeza, eu estou apaixonado pela Sofia. – Eu confirmei e o Sr. Nikos sorriu.
- Eu sei que está. A minha pergunta é se você sabe que está apaixonado por ela de verdade ou se ainda pensa que isso é só mais uma das trapalhadas de vocês dois nessa briguinha boba sobre me contar ou não que já se conheciam. – O Sr. Nikos disparou isso assim, sem rodeios.
- Ela te contou? – Eu me desencostei da cadeira e perguntei, já vendo minhas chances com a Sofia irem pelo ralo.
- Não, ela não contou, porque ela é cabecinha dura, acho que você já percebeu isso, mas eu sempre soube. – Ele deu um sorriso pra mim e me contou tudo sobre como sabia da história entre a Sofia e eu. No fim eu já era o maior fã daquele velho esperto.
- Eu serei o melhor dos maridos, Sr. Nikos, vou viver para fazê-la feliz! – Eu ofereci a minha mão e ele a apertou.
- Isso é bom! Use essa frase no seu discurso, vai causar um impacto positivo. – Ele sugeriu me fazendo rir. – Agora vamos voltar, se ela perguntar o que eu queria, você diz que eu só queria ter certeza de que você a fará feliz, o que não é mentira!
- Não mesmo! – Eu ri e nós caminhamos em direção a porta, mas antes que ele abrisse, ele me encarou por um momento.
- Você acha que o seu irmão vai demorar muito a fazer o pedido? Eu quero encaminhar as minhas duas meninas. – Ele me perguntou e eu sorri pra ele.
- Duvido que demore, mas o senhor conta comigo, eu farei com que o meu irmão se apresse. Mas se o senhor quer uma aliada capaz de fazer com que o Nano se apresse ainda mais, essa é a minha mãe, ela pode fazê-lo querer se casar antes de mim. – Eu avisei e ele riu.
- Ah, as mulheres conseguem tudo o que querem. Obrigado pelo conselho e conto com a sua ajuda para fazer o Ignácio se apressar um pouco. – O Sr. Nikos deu dois tapinhas nas minhas costas e abriu a porta.
N.A.:
Queridos... como estão?
Gente, o subconsciente é uma delícia. Depois que eu troquei o nome do Mário uma vez, agora eu fico pensando “é Mário, não é Bóris” e aí o meu cérebro me enganou e eu digitei Bóris, mas li Mário... claro o gatinho Bóris continua aprontando, acabou com o meu vaso de renda portuguesa essa semana e vai ficar uma semana sem sachê. E com tantos Bóris, eu acabei descobrindo que o Bóris lá do “chefe irresistível” vai encontrar um amor para chamar de seu, aguardem pra ver. Mas já fiz a correção do Mário aqui!
Beijo no coração!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...