“Pilar Monterrey”
Nós saímos do shopping e eu estava muito animada, essa noite eu passaria com o meu biscoitinho. O Silas me levou direto para a casa do Emiliano, mas logo na entrada os seguranças informaram que ele não estava em casa.
- Como assim o Emiliano não está em casa? Já são mais de sete da noite e ele nem me ligou hoje. – Eu reclamei e o segurança ficou sem graça, mas ele não sabia onde o Emiliano estava.
- Calma, Pilarzinha, tenho certeza de que há um explicação para isso. – Ele tentou me acalmar, mas eu estava chateada. – Ele pode estar na casa da Abi, eles podem estar trabalhando. Vamos até lá.
- Não, Silas, me leva pra casa. Quando o Emiliano tiver tempo ele me procura. – Eu respondi chateada.
- Ei, Pilar, onde está a sua confiança? E aquele discurso de que você vai se casar e não é mais uma menina? – O Silas me encarou.
- Silas, ele ficou o dia todo sem falar comigo, não me atendeu e nem me ligou. – Eu reclamei e o Silas riu.
- Então pega o telefone e liga pra ele. – O Silas me incentivou. – Seja madura, Pilar. – Eu olhei para ele e bufei. Revirei a bolsa e não encontrei o celular.
- Não estou achando o meu telefone. – Eu falei e pensei por um momento. – Ah, droga, esqueci sobre o balcão da cozinha essa manhã!
- Ah, está vendo, julgando mal o biscoitinho, coitado! Ele deve ter te ligado o dia todo. – O Silas comentou e eu quase me arrependi, mas eu pensei um pouco.
- Não, Silas, se ele tivesse me ligado e eu não tivesse atendido, ele teria ligado para você. Ele te ligou? – Eu encarei o Silas e ele me olhou sem graça e fez que não. – Pronto, o biscoitinho não me ligou! Aliás ninguém me ligou! Quer saber, Silas, vamos pra casa, eu vou me enfiar na cama e dormir cedo, vou colocar o meu sono em dia e não vou me importar de ter sido esquecida pelo meu namorado, por todos os meus irmãos, minhas cunhadas e cunhado e até pelos meus pais!
- Pilar, tenho certeza de que eles não esqueceram de você! – O Silas tentou me consolar.
- Esqueceram, Silas, esqueceram sim. Agora eu só tenho você, meu amigo fiel! – Eu falei bem sentida e ele riu.
- Então vamos pra casa e você descansa, amanhã é outro dia. – O Silas concordou e me levou pra casa.
Quando chegamos eu notei as luzes da casa todas acesas, o que era estranho, pois os meus pais não costumavam deixar tudo aceso assim. O Silas e eu entramos em casa e estava tudo no mais absoluto silêncio. Eu fui à cozinha pegar o meu celular e estava tudo muito calmo, meus pais não estavam por ali. Eu olhei para o balcão e não vi o meu celular, então comecei a ficar com medo.
- Silas, tem algo estranho! – Eu falei e me virei para ele. – Meu celular tinha que estar aqui.
O Emiliano estava lá debaixo do pergolado me esperando, ao lado dele a D. Branca e os meus pais, e meus irmãos e meus cunhados fizeram uma fila em ordem da mais nova ao mais velho ao longo do caminho que foi criado com lanterninhas com velas. A medida que eu passava por cada um, eles levantavam uma plaquinha com uma letra, cada um segurava uma letra e eu fui montando a frase “casa comigo?”, claro que o ponto de interrogação estava na barriga da Abi, meu afilhadinho estava participando ali, e quando eu parei em frente ao Emiliano eu estava chorando.
Eu nunca tinha imaginado algo assim, algo que me fizesse chorar de emoção e que fosse muito melhor do que eu imaginei. Eu estava de frente para o amor da minha vida e ele se ajoelhou diante de mim e mostrou o anel.
- Pilar, eu fugi de você por muito tempo, mas agora eu não vejo a hora de me prender a você pelo resto das nossas vidas. Eu te amo, bruxinha, e eu sei que você me ama, casa comigo e não me faz esperar até você se formar? Casa comigo o mais rápido possível? Eu não posso mais acordar sem você ao meu lado, não faz sentido pra mim! – O Emiliano me olhou, segurando aquele anel delicado e lindo e eu estava tão emocionada que eu nem sabia se conseguiria falar.
- Biscoitinho, você estragou a minha surpresa! – Quando eu abri a boca eu parecia aquelas crianças que parecem que estão sendo assassinadas em público de tanto que choram, mas eu estava emocionada e feliz. – Mas eu mais que amei a sua surpresa! – Eu funguei e a minha mãe me entregou um pacote de lencinhos de papel, ela devia ter me dado um lençol para secar todas aquelas lágrimas.
- Então casa comigo, meu amor? – Ele tornou a pedir.
- É tudo o que eu mais quero, porque eu também não aguento ficar longe de você! Sim, meu amor, eu me caso com você, pra ser feliz pra sempre ao seu lado. – Eu respondi e ele sorriu, tirou o anel da caixa e colocou no meu dedo e depois me tirou do chão e me beijou.
Eu estava vivendo o meu momento, aquele que eu planejei de um jeito e ele fez de um jeito muito melhor e tornou cada detalhe inesquecível. Ele me girou no ar enquanto me beijava, me segurando pela cintura, enquanto eu estava agarrada ao seu pescoço.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...