“Abigail Zapata Monterrey”
A festa de noivado da Pilar tinha sido linda e emocionante, do jeitinho que ela merecia e, pelo que eu estava vendo, nós teríamos muitos noivados e casamentos à vista, mas eu agora estava torcendo por um casal em especial. Eu fiquei tão surpresa quando o Emiliano e eu chegamos a conclusão de que o Silas era apaixonado pela mãe dele, surpresa e chateada, porque o meu pai havia separado os dois, afinal eu ouvi a conversa dele com o Silas.
- O que foi, coelhinha? Você está tão calada. – O Martim me perguntou quando chegamos em casa.
- Estava pensando no Silas e na D. Branca. – Eu encarei o meu marido e passei a mão no rosto dele. – O Silas amou a D. Branca a vida inteira a distância, por culpa do meu pai. Eu me sinto tão mal, ursinho, tão culpada pela infelicidade deles.
- Coelhinha, a culpa não é sua, como poderia ser? – O Martim me puxou para me sentar com ele no sofá.
- Eu ouvi a conversa do meu pai com o Silas, aquele discurso ridículo de diferença de classes. Eu sei que foi o meu pai quem separou os dois. – Eu contei para o Martim o que eu tinha ouvido tanto tempo antes e que eu só não sabia que era a D. Branca a mulher que o Silas amava. E também contei tudo o que a Pilar me contou depois que o Silas saiu com a D. Branca da festa.
- O seu pai teve culpa, você não, coelhinha! Você não pode atrair para si a responsabilidade dos erros dele. – O Martim estava abraçado a mim e me deu um beijo no rosto.
- Eu fico pensando em tudo o que eu estou descobrindo sobre o meu pai... e no quanto o Silas e a D. Branca sofreram, ursinho. Foi muita crueldade! – Eu lamentei.
- É, passar a vida amando em silêncio não deve ser fácil. Mas eu entendo o Silas, eu também te deixaria se pensasse que você seria mais feliz sem mim. – Ele falou e eu o encarei.
- Eu sei que você faria isso, eu vou me lembrar sempre da nossa conversa naquele pergolado, antes do nosso casamento, você estava pronto para me deixar ir se eu ainda pensasse que gostava do Emiliano. – Eu me lembrei do que ele me disse e da promessa que eu fiz porque eu ainda nem sabia, mas o meu coração já era dele.
- E você me prometeu ficar. – Ele sorriu.
- Porque eu já te amava e ainda não sabia, mas o meu coração sabia e foi o meu coração que fez aquela promessa. E eu nunca vou embora, Martim, porque eu vejo a vida a minha volta e eu vejo você. Eu te amo, Martim, como nunca pensei que poderia amar. – Eu me declarei para o meu marido mais uma vez e eu me declararia a ele todos os dias.
- Você não tem idéia do alívio que eu senti quando você prometeu ficar! – Ele beijou a minha mão. – Mas quando você se sentou no meu colo e me beijou, Abi, eu senti a terra tremer sob os meus pés. Eu senti que você era minha! Eu te amo tanto, Abigail Monterrey! – Ele me beijou e eu me sentei no seu colo como fiz naquela noite que já parecia ter ficado tão distante.
- Sabe que eu estou sentindo falta de uma coisa? – Eu falei bem manhosa em sua boca.
- De quê, meu amor? É só pedir e eu coloco o mundo aos seus pés. – Ele falou e deu um beijo nos meus lábios.
- Tem tempo que você não me faz contar. – Eu falei baixinho e ele riu.
Eu abri a sua camisa e a essa altura estava apenas de calcinha, me esfregando sobre o membro dele que se avolumava sob a calça. Seus dedos se insinuaram para dentro da minha calcinha enquanto sua boca dava atenção aos meus seios. Mas aí ele parou tudo.
- Não dá! – Ele declarou, me tirou do seu colo e pegou as peças de roupa pelo chão antes de me encarar.
- Gente, o que foi isso? – Eu estava olhando para ele confusa e ele parou na minha frente.
- Você promete que se eu perder o controle você vai me fazer parar? Eu não quero te machucar, Abi. – Ele estava me olhando muito sério e eu estava sem entender.
- Você nunca vai me machucar, Martim! Você conhece o meu corpo melhor do que eu mesma, você sabe do que eu preciso, do que eu gosto e até de como eu gosto. – Eu sorri e passei os braços em seu pescoço.
- Promete pra mim, Abi, que se for demais, se você sentir que vai fazer mal pra você e o nosso bebê você vai me fazer parar. – Ele pediu e eu vi que era séria a preocupação dele.
- Eu prometo! – Eu falei com toda solenidade.
- Ótimo! Agora vamos subir, porque eu também estou morrendo de saudade de te fazer contar! – Ele me pegou pela mão e me levou escada acima, eu fui saltitante com ele, feliz da vida por conseguir a minha contagem.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
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