“Cassandra Nomikos”
Como era diferente o que eu estava vivendo com o Ignácio! A minha família gostava dele, a família dele gostava de mim e as famílias tinham se integrado tão bem que parecia que nos conhecíamos a vida toda.
Mas mesmo assim, uma coisa estava me incomodando, minha mãe estava criando um obstáculo atrás do outro para o Ignácio e eu, a semana inteira nos fez ficar em casa e criou muitos obstáculos, impedindo que eu fosse dormir na casa dele. Eu tentei falar com ela, mas ela só dizia que estava preocupada porque o Maurice ainda estava sendo procurado e que não dormiria tranquila comigo fora de casa.
Eu achei essa história um tanto exagerada, mas o Ignácio me disse para ter calma que isso era coisa de mãe. O pior é que nem meu pai estava me ajudando. E eu já começava a me preocupar que a polícia não conseguisse colocar as mãos no Maurice e eu tivesse que viver nessa clausura para sempre!
Nós chegamos para o almoço na casa dos Monterrey e já estavam quase todos lá. Eles eram tão animados e unidos que um almoço de domingo parecia uma festa, era como se eles comemorassem alguma coisa sempre. E nós tivemos um almoço muito agradável com muitas risadas e conversas animadas.
Já era quase final do dia quando o Ignácio se aproximou e me abraçou. Eu não tinha percebido de onde ele tinha vindo, só que ele havia sumido por alguns minutos.
- Vem comigo! – Ele sussurrou no meu ouvido e nós saímos do meio dos outros sem chamar atenção.
Ele foi me levando em direção à porta da casa e eu o olhei com um sorriso feliz.
- Nós vamos fugir? – Eu perguntei baixinho, mesmo não tendo ninguém por perto.
- Vamos, porque eu estou morrendo de saudade! – Ele me respondeu e eu sorri ainda mais para ele.
- Eu também! – Eu confessei e ele me deu um beijo rápido e nós escapamos da casa, seguidos pelos seguranças que andavam atrás de nós como sombras. – Eu não me despedi de ninguém e nem peguei a minha bolsa. – Eu me dei conta quando sentei ao seu lado no carro.
- Sua bolsa está no banco de trás e não se preocupe que eu pedi autorização ao seu pai. – Ele sorriu e deu partida no carro.
- Quando você fez isso? – Eu o encarei e ele me olhou confiante.
- Antes de te sequestrar! – Ele contou.
Eu estava tão distraída conversando com ele que só percebi que não estávamos indo para o seu apartamento quando ele parou o carro em frente a garagem de uma casa muito bonita numa rua sem saída. Ele esperou o portão abrir, entrou e estacionou na garagem. Eu o encarei confusa antes de perguntar.
- Nós vamos visitar alguém? – Eu quis saber e ele riu, saiu do carro e deu a volta para abrir a porta para mim.
- Só vem, meu sol! – Ele me ofereceu a sua mão e antes de sair eu peguei a minha bolsa no banco de trás.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...