“Maurice Lanoy”
Eu estava escondido há dias e sentindo o cerco da polícia se fechando, eu estava ficando sem saída e aquela garotinha mimada irmã do Martim não estava nem saindo mais sozinha, pra piorar ainda estava andando com outro segurança, que parecia mais esperto que os outros. Era hora de uma medida desesperada, eu poderia até ser preso, mas antes disso eu causaria uma grande dor no Martim, uma da qual ele não se recuperaria. Mas talvez eu ainda conseguisse sair livre, talvez o idiota me ajudasse a fugir só para ter a esposa e a irmã de volta, era só fazer tudo bem direitinho.
Eu consegui um carro e uma arma com o pessoal lá daquele bairro onde o Nikos me enfiou quando me tirou tudo. Até que isso eu tinha que agradecer aquele velho idiota, me mandou para aquele apartamentinho e eu acabei conhecendo gente disposta a me ajudar só porque gostava de fazer o mal. Mas eu detestava aquele lugar, mesmo que estivesse me servindo de esconderijo desde que o Paco foi preso.
Ah, o Paco, um idiota! Porque ele foi preso eu não sabia, mas o que aconteceu naquele dia, em parte, foi um grande golpe de sorte pra mim, tudo porque o Paco era um preguiçoso e não quis ir à padaria comprar pão para o café da manhã e eu fui, porque eu estava precisando sair um pouco daquele estúdio e porque era final de semana e eu achava difícil que alguém me visse por ali e me reconhecesse.
Eu acabei demorando na padaria, descobri uma nova atendente lá que era uma delícia e acabei jogando um charme para ela. Mas quando eu estava voltando com o pão eu vi o Paco saindo preso. E pelo que vi, a polícia também encontrou a garota que estava trancada no quartinho dos fundos, o que complicaria a vida do Paco, seja lá por qual motivo ele estivesse sendo preso. Eu me escondi e fiquei de olho, quase o dia todo, mas a polícia não saiu mais de lá e o tal Senhor não apareceu, ou se apareceu fez como eu, viu a polícia e se escondeu.
Depois disso eu acabei voltando para aquele bairro no fim do mundo, aproveitando uma distração da patrulha que estava vigiando o lugar. O pessoal que eu conheci me escondeu, mas disse que não podia ser por muito tempo e meu tempo estava se esgotando. Então eu precisava agir e como aquela garota não saia mais sozinha da construtora, parecia até que tinha sido avisada, eu achei melhor ver o que ela fazia no fim de semana e acabei descobrindo mais do que eu pensei.
Eu estava dentro do carro parado em frente a casa dos pais do Martim quando a Cassandra saiu lá de dentro com um daqueles gêmeos babacas. A Cassandra estava diferente, o que era eu não tinha idéia, mas ela parecia diferente, mesmo assim ainda era ridícula. Mas eles saíram abraçadinhos e eu não entendi nada! Eu fiquei olhando a cena completamente embasbacado. Aí eu não sabia se ia atrás daqueles dois ou se observava a casa.
Por fim eu fui atrás deles e vi quando o casalzinho entrou em uma casa numa rua sem saída. O que significava aquilo? Eu fiquei por ali um bom tempo observando, mas eles estavam demorando muito a sair, eu olhei em volta e vi que o local tinha uma rede de proteção e muitas câmeras espalhadas por todo canto. Além do mais, eles estavam com uma equipe de quatro seguranças que estavam bem atentos ao movimento e já tinham notado o meu carro. Era melhor eu voltar para a casa dos Monterrey.
Eu voltei e esperei! Quando as pessoas começaram a sair da casa eu fiquei observando. Eu vi saírem o cretino do Martim e a Abigail. Aquela mulher era linda, mesmo parecendo ter ganhado uns quilinhos nos últimos tempos, ela continuava linda. Em sequência eu vi saindo da casa o Tomás e uma loura que eu já tinha visto na construtora, era uma beldade também. Como todos eles conseguiam essas mulheres lindas? Quer dizer, quase todos, um dos gêmeos, pelo que vi, tinha se conformado com a ridícula da Cassandra.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...