Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 370

“Silas Guimarães”

Eu cheguei à construtora essa manhã como um novo homem, um homem feliz e que tinha tudo o que poderia querer da vida. Essa manhã, quando me despedi da minha Branca, pela primeira vez em muito tempo, eu não queria ir trabalhar, mas eu tinha que honrar os meus compromissos e eu já estava incomodado por não ter dado uma passada na construtora no dia anterior e por não acompanhar a Pilar e o Emiliano da casa dele até a construtora, mesmo tendo outros seguranças para fazer isso, então eu fiz questão de chegar mais cedo.

Quando eu cheguei a equipe do dia estava trocando a guarda com os seguranças da noite e eu percebi uma alteração na equipe que eu não autorizei. Eu chamei o segurança responsável pela equipe da noite e o da equipe do dia. Eu tinha quatro equipes que revezavam ali na construtora e as mudanças de uma equipe para a outra precisavam ser autorizadas por mim, mas alguém fez uma mudança sem me consultar.

- Por que aqueles dois, que estavam na equipe do dia ontem, estão saindo daqui agora? – Eu encarei o segurança responsável pela equipe da noite e ele gaguejou. – Fala ou a equipe inteira será demitida e investigada.

- Chefe, desculpe, mas os dois seguranças que deveriam estar no turno da noite pagaram para aqueles dois renderem o turno deles. E sabe como é, chefe, eu não vi nenhum problema na camaradagem, afinal isso aqui é um marasmo a noite, principalmente aos finais de semana. – O segurança me falou com um sorrisinho amarelo.

- Não, eu não sei como é, porque o que eu sei é que toda e qualquer alteração só pode ser autorizada por mim. Não há camaradagem na segurança! Não há trocas que eu não autorize, não há turno dobrado a não ser que haja uma situação excepcional e que eu determine! – Eu encarei o segurança e estava muito irritado com aquilo, era uma falha grave, porque eu precisava de seguranças com olhos abertos e duvidava muito que aqueles dois, que já tinham trabalhado o dia todo, tenham se mantido acordados a noite inteira.

- Olha, chefe, não foi nada demais, não vai mais acontecer. – O responsável pela equipe da noite continuava com aquele sorrisinho amarelo e eu estava como uma fera.

- E você quer que eu acredite? Me diz, você acredita em quem trai a sua confiança? Acredito que não, então você vai chamar todos eles de volta agora mesmo e nós vamos ter uma conversinha. – Eu falei com ele, contendo a minha vontade de estrangulá-lo e depois me virei para o responsável pela equipe do dia. – E você, coloque os seus homens para fazerem uma checagem minuciosa. Quero que um assista as câmeras da noite, todas elas e quero uma varredura visual completa dentro e fora do imóvel e isso inclui fora dos muros. ANDEM!

Enquanto a equipe da manhã se mexia a equipe da noite voltava reclamando, o que me irritou ainda mais, se tinha uma coisa que eu não gostava era de um bando de marmanjo reclamando. Eu os levei para a sala de reuniões e eles se sentaram emburrados como moleques. Isso que deu aceitar misturar aqueles seguranças enviados pela agência de empregos aos meus homens, virou uma bagunça, porque os meus homens não costumavam fazer essas gracinhas comigo.

- Todos calados! O que eu quero saber é quantas vezes essas trocas já aconteceram e quais de vocês costumam fazer isso. – Eu os encarei e eles se entreolharam, mas não disseram nada. – Muito bem, ninguém vai falar. Olha que bonitinho, um grupo unido é um grupo forte! – Eu ficava cada vez mais irritado. Uma única folga em anos, um único dia, e eles pensaram que poderiam me passar para trás. – Vocês dois, por que dobraram o turno?

- Chefe, vou ser sincero, eu fiquei porque um dinheirinho a mais não vai mal, eu tenho dois filhos pra criar. Mas eu perguntei para o responsável se poderia ficar e ele disse que sim. – O mais velho dos dois seguranças falou e o responsável pela equipe olhou atravessado para ele.

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