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Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 387

“Cassandra Nomikos Monterrey”

Eu estava vivendo um sonho com o meu Ignácio! Dormir e acordar em seus braços era como viver um conto de fadas, ele me fazia sentir a mulher mais especial do mundo, estava sempre me fazendo elogios, sempre me fazendo carinhos e em toda oportunidade que tinha estava tirando a minha roupa e fazendo amor comigo. Eu me sentia verdadeiramente amada, porque agora eu era amada!

O Ignácio se preocupava com cada pequeno detalhe, sempre atento a tudo o que me fazia feliz e a qualquer necessidade que eu tivesse. Eu tinha conseguido decorar a nossa casa antes do casamento, graças a uma força tarefa que minhas cunhadas montaram para ajudar a Sofia e eu, tinha ficado lindo, por isso, logo que voltamos da lua de mel nós nos mudamos e a nossa casa era o melhor lugar do mundo! E ainda tinha a Sofia morando ao lado com o Max, o que tornava tudo mais perfeito.

Claro, minha vida tinha mudado completamente e agora eu era realmente feliz. Minha vida tinha mudado tanto que, depois que nós voltamos da lua de mel, eu havia começado a trabalhar na empresa do meu pai e estava gostando de estar sendo útil e fazendo algo que tinha algum sentido. Além do mais a Sofia e eu vivíamos grudadas no trabalho e ela estava me ensinando tudo pacientemente.

Estava tudo indo muito bem e, como o Maurice havia sido preso, eu podia respirar aliviada, aquele monstro não podia mais me tocar. Ele não podia mais me tocar, mas eu ainda queria vê-lo, me libertar de vez da sombra dele em minha vida. Por isso que, quando o Antônio me ligou essa manhã e disse que havia conseguido a autorização para que eu visitasse o Maurice, eu fiquei tão satisfeita.

- Não gosto disso, solzinho! – O Ignácio estava sentado ao meu lado na pequena salinha de espera, já que ele bateu o pé e quis vir comigo ao presídio.

- Meu amor, ele não pode mais me tocar, ele estará atrás de um vidro. – Eu falei mais uma vez, tentando acalmar o meu marido.

- Mas ele pode te ofender e eu não vou suportar isso! Você não merece as ofensas que aquele cretino te fez. – O Ignácio respondeu nitidamente chateado.

- Meu lindo, vamos lá, você é um psiquiatra, veja a coisa de forma mais objetiva, veja como parte do meu processo de cura. Eu preciso disso, Ignácio, preciso olhar para esse traste e dizer o que eu penso dele, dizer que ele não me quebrou.

- Está bem, eu entendo isso, mas eu realmente estou preocupado. – Ele apertou a minha mão na dele.

- Ah, vocês já chegaram. – O Antônio entrou na salinha com um sorriso. – Lamento, Ignácio, mas a autorização é apenas para a Cassandra. Mas não se preocupe, eu vou entrar com ela.

- Fico mais tranquilo, Tony, obrigado! – O Ignácio se virou para mim. – Nada que ele disser, não deixe te atingir, nada daquelas coisas horríveis que ele te falou é verdade.

- Eu sei! – Eu sorri para o meu marido. – Agora eu sei, você me mostrou!

Eu acompanhei o Antônio até o local onde eu falaria com o Maurice. Era outra sala e o Maurice já estava lá, quando me viu fez aquela cara de desprezo e irritação de sempre, eu nem liguei, sorri, me sentei e peguei o interfone.

- Sua idiota! Você acha que um Monterrey vai se casar com você sem interesse nenhum? Não seja patética! O que ele quer com você, Cassandra? Porque algum interesse ele tem, ele não está com você... – Ele começou a cuspir sua ofensa, mas eu interrompi.

- Ele está comigo porque me ama, Maurice! Nem adianta tentar dizer o contrário, porque o Ignácio já me deu muitas provas do seu amor. Nem todos os homens são cretinos como você, Maurice! – Eu dei um grande sorriso para ele.

- Sua mulherzinha detestável! Eu aposto que algum interesse ele tem, por que mais ele ficaria com você? Olha pra você, Cassandra, olha pra o seu nariz! – Aí ele tocou naquele ponto e eu comecei a rir.

- Maurice, Maurice, você não pode mais falar do meu nariz. Já viu como ficou o seu? Uma verdadeira obre de arte!

Eu não me aguentei e comecei a gargalhar e eu não conseguia me controlar e quanto mais eu ria, mais irritado ele ficava, e enquanto eu ria eu deixei cair o interfone e ele continua falando do outro lado, só que eu não estava ouvindo, eu tinha certeza de que ele estava me xingando, mas eu não estava ouvindo, eu não o ouvia mais, nem pelo interfone e nem no sentido de que as ofensas dele pudessem me atingir, porque elas não me atingiam mais.

Eu coloquei o interfone no gancho da parede e apoiei o rosto nas duas mãos e fiquei olhando para aquele nariz ridículo enquanto o Maurice estava descontrolado, aquele nariz quebrado, que ficaria torto e deformado no rosto dele, o lembraria todos os dias que o mundo não gira, ele capota e, no caso dele, capotou tanto, que ele acabou com o nariz que ele tanto se orgulhava daquele jeito.

Enquanto ele xingava, eu sorri, me levantei, deu um adeusinho para ele e saí dali. Eu estava de alma nova! O Maurice agora não era mais nada na minha vida, nem mesmo um assunto incômodo, ele não era nada! Mas eu compraria um presente para o Silas, porque o Silas me deu um dos melhores presentes da minha vida!

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