“Cassandra Nomikos Monterrey”
Eu estava vivendo um sonho com o meu Ignácio! Dormir e acordar em seus braços era como viver um conto de fadas, ele me fazia sentir a mulher mais especial do mundo, estava sempre me fazendo elogios, sempre me fazendo carinhos e em toda oportunidade que tinha estava tirando a minha roupa e fazendo amor comigo. Eu me sentia verdadeiramente amada, porque agora eu era amada!
O Ignácio se preocupava com cada pequeno detalhe, sempre atento a tudo o que me fazia feliz e a qualquer necessidade que eu tivesse. Eu tinha conseguido decorar a nossa casa antes do casamento, graças a uma força tarefa que minhas cunhadas montaram para ajudar a Sofia e eu, tinha ficado lindo, por isso, logo que voltamos da lua de mel nós nos mudamos e a nossa casa era o melhor lugar do mundo! E ainda tinha a Sofia morando ao lado com o Max, o que tornava tudo mais perfeito.
Claro, minha vida tinha mudado completamente e agora eu era realmente feliz. Minha vida tinha mudado tanto que, depois que nós voltamos da lua de mel, eu havia começado a trabalhar na empresa do meu pai e estava gostando de estar sendo útil e fazendo algo que tinha algum sentido. Além do mais a Sofia e eu vivíamos grudadas no trabalho e ela estava me ensinando tudo pacientemente.
Estava tudo indo muito bem e, como o Maurice havia sido preso, eu podia respirar aliviada, aquele monstro não podia mais me tocar. Ele não podia mais me tocar, mas eu ainda queria vê-lo, me libertar de vez da sombra dele em minha vida. Por isso que, quando o Antônio me ligou essa manhã e disse que havia conseguido a autorização para que eu visitasse o Maurice, eu fiquei tão satisfeita.
- Não gosto disso, solzinho! – O Ignácio estava sentado ao meu lado na pequena salinha de espera, já que ele bateu o pé e quis vir comigo ao presídio.
- Meu amor, ele não pode mais me tocar, ele estará atrás de um vidro. – Eu falei mais uma vez, tentando acalmar o meu marido.
- Mas ele pode te ofender e eu não vou suportar isso! Você não merece as ofensas que aquele cretino te fez. – O Ignácio respondeu nitidamente chateado.
- Meu lindo, vamos lá, você é um psiquiatra, veja a coisa de forma mais objetiva, veja como parte do meu processo de cura. Eu preciso disso, Ignácio, preciso olhar para esse traste e dizer o que eu penso dele, dizer que ele não me quebrou.
- Está bem, eu entendo isso, mas eu realmente estou preocupado. – Ele apertou a minha mão na dele.
- Ah, vocês já chegaram. – O Antônio entrou na salinha com um sorriso. – Lamento, Ignácio, mas a autorização é apenas para a Cassandra. Mas não se preocupe, eu vou entrar com ela.
- Fico mais tranquilo, Tony, obrigado! – O Ignácio se virou para mim. – Nada que ele disser, não deixe te atingir, nada daquelas coisas horríveis que ele te falou é verdade.
- Eu sei! – Eu sorri para o meu marido. – Agora eu sei, você me mostrou!
Eu acompanhei o Antônio até o local onde eu falaria com o Maurice. Era outra sala e o Maurice já estava lá, quando me viu fez aquela cara de desprezo e irritação de sempre, eu nem liguei, sorri, me sentei e peguei o interfone.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...