Resumo do capítulo Capítulo 90: O desespero b**e à porta do livro Contrato para o caos: amor à primeira briga de GoodNovel
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 90: O desespero b**e à porta, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Contrato para o caos: amor à primeira briga. Com a escrita envolvente de GoodNovel, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
“Maurice Lanoy”
Eu ainda estava tentando entender o que estava acontecendo com a minha empresa. Nós estávamos muito bem estabelecidos no mercado, sólidos, nunca tivemos problemas com fiscalização e agora eu estava com quatro obras faraônicas prestes a serem embargadas. O pior é que todos eram clientes que eu havia tirado da Monterrey Quintana desde que a Mônica veio trabalhar comigo, se eles descobrissem iriam atrás dos clientes de novo.
Mas o problema é que eu estava descapitalizado, assumi muito mais obras do que poderia aguentar com meu próprio capital e isso significou um baque no caixa, afinal, para roubar os clientes da Monterrey Quintana eu havia oferecido receber o total do contrato na entrega das obras e eram contratos milionários. Eu pensei que seria fácil conseguir aporte financeiro dos bancos, mas um a um todos começaram a negar, disseram que eu tinha obras demais em andamento e que isso deixava a minha empresa em risco alto.
- Maurice, temos problema com mais uma obra. – A Mônica entrou em minha sala como um furacão.
- Outra? – Eu a olhei estarrecido.
- O último cliente que trouxemos da Monterrey Quintana. O fiscal esteve lá essa manhã. Nos deu quarenta e oito horas para regularizar tudo ou vai embargar a obra. – A Mônica estava me jogando mai um problema no colo.
- É muito pouco tempo, Mônica. – Eu reclamei.
- Eu sei, talvez você tenha que ir até lá e fazer um agrado ao fiscal, entendeu? – Ela se sentou em minha frente e cruzou a perna.
- Porra, Mônica, eu não tenho dinheiro suficiente para comprar a fiscalização agora! – Eu dei um tapa na mesa, estava furioso.
Eu não gostava do Emiliano e simplesmente odiava o Martim, eu queria muito acabar com aquela construtorazinha ridícula deles, mas eu estava fazendo isso devagar. No entanto, quando a Mônica bateu na minha porta ela me ofereceu algo muito tentador, roubar todos os clientes e os projetos deles. Eu não tinha idéia de como ela conseguia os projetos, nem os nomes dos clientes, mas ela conseguia.
Contudo, roubar os clientes não era fácil, pois o Martim e o Emiliano ofereciam um atendimento muito personalizado e uma construção de altíssimo padrão, além de estarem se consolidando como uma empresa ética e sólida, com construções bem planejadas e de qualidade.
Eu acabei indo na cabeça da Magda e oferecendo a cláusula de pagamento total na entrega das obras. Eu pensei que seria muito fácil conseguir os financiamentos e no início até foi, mas de uns tempos para cá os bancos estavam endurecendo as regras, especialmente no último mês, até que eles cortaram totalmente. Não há financiamento, não há prorrogação de vencimentos, não há acordo. Os compromissos estão vencendo e eu estou tendo muita dificuldade para continuar honrando.
- Você falou com aquele investidor? – Ela perguntou.
- Sim, tenho uma reunião com ele, já deve estar para chegar. – Eu contei.
- Ora, obrigado, doutor. Então... – Mas ele me interrompeu e voltou a falar.
- Então eu também o investiguei e parece que o senhor está com problemas de liquidez. Eu serei honesto, Sr. Maurice, a sua situação mudou muito, minha proposta também não será a mesma. – Ele me respondeu com uma franqueza intimidadora.
- Ora, Dr. Antônio, a situação de liquidez da minha empresa é temporária, tenho certeza que o senhor não se arrependerá de manter a oferta inicial, nós faremos um excelente negócio. – Eu tentei não perder aquele sorriso mecânico que eu tinha aparafusado no rosto.
- Não, Sr. Maurice, a oferta inicial foi retirada da mesa quando o senhor disse que não estava interessado. Mas eu tenho uma nova oferta para o senhor, eu quero trinta por cento das ações da empresa, não mais dez, e a cada novo aporte que eu tiver que fazer o senhor me cederá mais ações. Aqui estão delineados os termos do acordo, leia e se for do seu interesse me procure, estarei na cidade por dois dias e esse é o tempo que vale a minha proposta. – Ele me entregou uma pasta se levantou e se encaminhou para a porta.
- Eu certamente lerei e lhe farei uma contra proposta... – Eu comecei a falar, mas o homem me interrompeu. Para onde tinha ido toda a simpatia que ele ostentou na primeira reunião?
- Sem contra proposta, eu não estou disposto a aceitar menos. Passar bem, Sr. Maurice! – E com isso ele saiu da sala me deixando ali com a maior cara de tolo. Eu fiquei olhando para a porta fechada por uns quinze segundos sem reação.
- Filho da puta! – Eu dei um soco na mesa. Eu estava afundando como o Titanic e a minha única salvação era esse velhote arrogante.
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Quero ler capítulos 320...