Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 92

Resumo de Capítulo 92: Sem opções: Contrato para o caos: amor à primeira briga

Resumo de Capítulo 92: Sem opções – Capítulo essencial de Contrato para o caos: amor à primeira briga por GoodNovel

O capítulo Capítulo 92: Sem opções é um dos momentos mais intensos da obra Contrato para o caos: amor à primeira briga, escrita por GoodNovel. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

“Mônica Vargas”

Cá entre eu e eu mesma, o Maurice era um idiota! Não sabia nem gerir uma empresa! Ainda bem que eu estou tratando de me precaver, porque do jeito que vai, isso aqui vai desandar. Eu até pensei que ele era mais esperto, pensei que eu poderia acabar virando dona dessa empresa e acabei jogando meu charme pra ele que caiu mais rápido do que eu pensei. Mas ele acabou me transformando na amante e se casou com uma riquinha, uma das filhas do dono da empresa de concreto que nos atendia. Fazer o quê, me convinha continuar com ele.

Até que o Maurice era um tipo bonito e interessante, com aquele cabelo castanho partido de lado, alto e magro, quase como se tivesse saído dos anos cinquenta, as maçãs do rosto salientes e o nariz reto, tipicamente francês, tornavam o seu rosto atraente, mas seus olhos castanhos eram inexpressivos e não chamavam a atenção como os do Martim.

Ah, o Martim! O Martim era outra categoria de homem, se bem que ele nem poderia ser chamado de homem, aquilo era um Adônis esculpido em mármore carrara, feito por um cinzel em cada detalhe mínimo, era a própria beleza e perfeição encarnadas. E aqueles olhos verdes com aquele halo dourado, então? Ah, era como a cereja no topo do bolo! Mas, aquele imbecil dormiu comigo e se apaixonou pela Alice, aquela ordinária que se fingia de minha amiga. E eu levei anos para fazer o Martim me enxergar e a Alice destruiu tudo em uma noite. Mas também, eu passei a rasteira nos dois, porque eu não ia mesmo deixar barato o que eles me fizeram.

A sonsa da Alice pensou que eu tinha engolido a traição dela, mas não tinha. Ela fez aquele tipo de santinha pra cima do Martim, para conquistá-lo, mas eu conhecia bem aquela vigarista e eu sabia que ela só queria tirar vantagem dele, como tirou, erguendo a empresa do pai. E como o que o Martim tem de bonito, tem de estúpido, caiu como um patinho na conversinha mole da Alice. Se apaixonou, ficou completamente de quatro por ela.

Só que de nós três a mais inteligente era eu e eu conhecia o péssimo gosto da Alice por homens brutos e cafajestes. Então dei um jeito do Emiliano contratar o Estevão, maquiei o currículo daquele idiota e avalizei a contratação. Deus sabe quantos projetos eu precisei pagar outro engenheiro para corrigir, porque o Estevão era um incompetente, mas ele era o tipinho exato da Alice. E deu certo! Ela se apaixonou e eu convenci o Estevão de que eles deveriam fugir, só assim ela ficaria com ele. O resto é história, ela fugiu, o Martim ficou com muito ódio e vergonha, eu joguei mais veneno, fui demitida e bati na porta desse imbecil do Maurice, que já andava me pagando para espionar a Monterrey Quintana.

Mas o Maurice era útil pra mim e ser amante dele me dava acesso a tudo nessa empresa, então eu não podia deixá-lo ainda. Contudo eu precisava que ele conseguisse esse investidor e eu poderia ter convencido o investidor, mas ele não me deixou participar da reunião. E enquanto eu pensava em tudo isso o Maurice entrou irritado.

- Merde! – O Maurice atirou uma pasta sobre a mesa e parou em frente a janela da sala.

- Mas a reunião já acabou? Ah, não, Maurice, não acredito que você perdeu o investidor! Eu sabia que você não iria dar conta, deveria ter me deixado ir para essa reunião. Agora a empresa vai para a bancarrota! – Eu comecei a falar, estava muito irritada com ele.

- Mon dieu! Cala a boca, mulher! Parece uma ave de mau agouro! – Ele falou alto e irritado.

- Escuta aqui, não vai ficar dando show comigo, não, Maurice! Fala direito comigo, hein?! – Eu coloquei o dedo na cara dele, quem ele achava que era para me mandar calar a boca?

- Tira esse dedo da minha cara! – Ele fechou os olhos e falou pausadamente. – Eu vou te lembrar que você é minha funcionária, não vai falar assim comigo.

Eu corri até a mesa e peguei a pasta, verificando os valores e as condições expostas ali. Pelo que eu entendi era um negócio justo, conforme a avaliação do risco da empresa e a desvalorização de mercado que ela estava sofrendo por causa dos problemas com as obras e a injeção de capital próprio para as construções. O Maurice já tinha se desfeito de grande parte do patrimônio imobilizado da empresa e provavelmente teria que se desfazer deste edifício e ficar só com o andar que ocupávamos. Era um golpe duro no negócio que só se recuperaria com a entrega das obras finalizadas aos clientes.

- Que velhinho sacana! – Eu murmurei.

- Pois é! E ainda me disse que se em dois dias em não aceitar, ele retira a proposta. – O Maurice se sentou parecendo desgastado.

- É, não é o ideal, Maurice, mas é o que precisamos. Com esse dinheiro você resolve as coisas com a fiscalização e nós podemos pegar o novo possível cliente da Monterrey Quintana, o Hotel SPA nas montanhas. É dinheiro suficiente para conseguir as licenças e continuar trabalhando. – Eu sugeri, pois era o que eu via de melhor saída.

- Você está sugerindo que eu aceite? – Ele me olhou indignado.

- Eu estou te dizendo que você não tem outra opção! Principalmente se quiser acabar com o Martim e o Emiliano. – Eu joguei a pasta sobre a mesa e saí da sala dele. Eu tinha dado o recado, veríamos se ele era minimamente inteligente.

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