Paulo Niko Sankyo
Vejo Andrey se afasta para perto da janela e vou para trás. Não vou mentir, fiquei puto quando vi ele na sala do Tio Armando. Não esperava que Arthur fosse chamá-lo, depois de tudo.
Mas pensando bem, acho que já passou da hora de ter uma conversa com esse cara. Afinal, temos contas para acertar. Botar os pingos nos "é", como diria tio Armando.
Me aproximo dele com as mãos no bolso das calças.
-Andrey...
Ele me olha, suspira e diz:
-Paulo...
-Acho que precisamos conversar...
-Sou todo ouvido... -fala olhando pela janela.
-Já que Sabrina te considera como parte da família dela, eu preciso saber exatamente, a sua posição em relação a isso.
Ele ri de lado e diz:
-Está disposto a me considerar da família também Paulo?
-Se for pra ver minha menina feliz sim... Isso vai depender da sua posição diante de nós dois.
Pela primeira vez ele me encara.
-Que bom que estamos tendo está conversa agora, porque se fosse um mês atrás, eu te diria que eu estava disposto a tudo para ver Sabrina feliz. Inclusive me casar com ela.
Inferno! Se casar?
Então ele realmente estava com segundas intenções quando o vi junto com Sabrina?
"Qual a novidade, Paulo? Afinal você já desconfiava disso."
-É o que aconteceu para você mudar de idéia?
-Aconteceu você... Eu tive certeza que ela está feliz com você... Sei que ela te escolheu... Então você precisa saber, que nunca vou passar por cima das escolhas dela.
-Então estamos conversando. Posso confiar na sua palavra?!
Ele se vira e me olha.
-Sim pode... Eu sou um dominador, e minha palavra é uma só. Mas se fizer ela sofrer eu vou atrás de você... Tenha sempre isso em mente.
Eu sorrio para ele. Não esperava diferente.
-Eu posso lidar com isso.
-Eu espero.
Ele sai em direção a Madame, e eu vou em direção a minha hani.
***
Enfim Arthur chegou e fez o pedido. Agora estou aqui atrás do idiota do Bernardo. Ele já chegou no jantar alterado, deve ter bebido o dia todo.
Eu não reconheço o meu amigo. Sei que ele está sob pressão porque o irmão dele chega semana que vem no Brasil, mas isso não é motivo para se comportar desta forma.
Ele saiu puto comigo de dentro de casa porque o impediu de beber mais uma dose de uísque, e veio para cá pra fora.
Desde a adolescência que eu não vejo ele tão descontrolado assim. Ele havia melhorado bastante! O que me leva a acreditar que tem algo rolando a mais do que a briga com o pai. Vejo ele entrando na estufa e vou atrás. Entro lá com o copo de água na mão.
-Paulo, me deixe em paz...
-Não vim discutir, mesmo porque você está bêbado... E eu não sou idiota pra discutir com bêbado.
-Então veio fazer o que aqui?
-Quero que você beba isso.
-É o que? Vodka?
-Bernardo...
-Eu não vou beber água, japonesa.
-Você veio dirigindo?
-Sim... Estou sóbrio...
-Claro que está...
Ligo para o André na frente dele.
-Sim, Sr. Paulo?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Doce Pecado
Cadê os capítulos...
A leitura não abre... Por quê???...
Cadê os capítulos...