A noite caiu sobre a cidade, mas no apartamento de Helena a luz azulada dos notebooks iluminava rostos concentrados. Helena, Júlia e Leonardo estavam lado a lado, como uma pequena força-tarefa improvisada.
Júlia digitava furiosamente.
— Estou cruzando os horários das postagens do perfil fake com a movimentação online de Isadora. Até agora, tudo b**e. Mas quero mais que coincidência… quero provas.
Leonardo falava ao celular no canto da sala.
— Quero as imagens da portaria e da rua entre ontem e hoje. E me mande qualquer carro que tenha parado em frente ao prédio sem identificação. Sim, mesmo os que não desceram.
Helena observava os dois em silêncio, sentindo uma estranha mistura de gratidão e inquietação. Pela primeira vez em muito tempo, havia pessoas lutando ao lado dela. E isso era poderoso. Quase assustador.
Horas depois, Leonardo voltou ao sofá, deixando o celular sobre a mesa.
— A equipe de segurança vai trazer as imagens até amanhã cedo. E estou colocando um vigia particular na entrada do prédio por tempo indeterminado.
— Leonardo, você não precisa bancar o herói. — ela disse, com uma suavidade carregada de tensão.
— Não sou herói, Helena. Só não consigo ignorar quando alguém que admiro está sendo ameaçada.
— Me admira?
— Mais do que deveria. — ele disse, os olhos fixos nos dela.
Júlia, percebendo o clima, se levantou.
— Eu… vou pegar café.
E desapareceu pela cozinha.
Leonardo se aproximou um pouco mais.
— Eu não faço isso por obrigação. E você sabe. Desde aquela viagem, Helena… alguma coisa mudou.
Helena desviou o olhar, mas não recuou.
— Eu não sei se consigo me entregar a alguém. Não depois de tudo.
— Eu não estou pedindo que se entregue. Só… que me permita ficar. E lutar com você.
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