Em suas Mãos (Barak 2) romance Capítulo 12

—Essa semana vou tirar um dia para que possamos velejar. Vou ver se meu pai vai conosco. Quero tirá-lo um pouco daqui. Ele não está preso a nenhum aparelho para ficar enfurnado dentro de casa. Embora ele aparente estar bem, eu sei que ele está depressivo. Nada como a natureza e o sol para melhorar os ânimos.

Os olhos escuros me observam e fazem com que eu me sinta nua e carente.

— Rashid, eu estou preocupada. Amanhã você vai trabalhar e eu tenho medo de ficar sozinha com o seu pai. E se ele me perguntar algo e eu não lhe passar segurança quanto ao nosso relacionamento?

Rashid se senta na cama e me encara sério, eu consigo ver a tristeza nos seus olhos.

— Meu pai não está bem. Ele se esforçou para estar na sala conosco e te conhecer. Ele não tem disposição para conversar por muito tempo, e ele sabe que estamos nos conhecendo. Ele sabe que eu tenho as minhas reservas, que você não tem muitas informações e não sabe muita coisa sobre mim logo no início da relação.

Allah! Isso é péssimo para seu futuro relacionamento. Me lembro da viagem de barco.

—E mesmo assim ele vai viajar conosco de barco?

Rashid funga.

—Do jeito que você fala parece que vamos andar de canoa ou em uma embarcação chula. Nós vamos em um iate. Eu vou pegá-lo aqui de carro e vamos direto para o ancoradouro. Depois que ele entrar no barco, com a minha ajuda, vai ficar quietinho, só observando a paisagem. Não sei se você sabe, mas um iate tem toda a infraestrutura de uma casa. Tem de tudo, cama, sofá e até uma cozinha.

Eu sinto meu rosto pegar fogo.

—Entendi. Me desculpe. É claro que você sabe o que é melhor para o seu pai.

Ele aperta os lábios.

—Eu sei sim. Tire o dia de amanhã para descansar e para ler. Me lembre antes que eu saía de te mostrar, e vamos tomar café juntos. Oito horas. Esteja pronta a esta hora. Uma mulher apaixonada faz questão de se despedir do seu habibi.

Eu aperto os meus lábios, segurando uma risada. Acho graça, é de fato muito engraçado conversar com um cara usando apenas ima cueca

—Aprecio o seu esforço para não rir da minha cara, ao menos não abertamente.

Eu não aguento e minha risada escapa.

—Me desculpe, eu não sei por que eu estou rindo. —Respiro fundo tentando me acalmar.

Ele me olha sério.

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