Em suas Mãos (Barak 2) romance Capítulo 17

Eu estremeço, apertando mais a toalha contra o meu corpo, mas eu o encaro.

—Comida congelada?

Rashid dá uma risada fria.

—E eu lá sou homem de comer comida congelada? Nem comida de avião eu gosto. Eu vou preparar o nosso almoço. Esse é um dos meus hobbies favoritos, cozinhar.

Allah! Esse homem consegue me surpreender. Sempre!

—Acho que vou tomar um banho quente depois de você.

—Venha cá! —Ele me puxa e me conduz até Jacuzzi. —Relaxe. Depois você toma um banho. A temperatura da água é mais quente do que a do mar. Esse seu frio já vai passar.

Ele entra na Jacuzzi e estende a mão para mim. Eu seguro a sua mão e entro.

—Allah, que delícia! —Digo sentindo a água quentinha nas minhas pernas. —Me dê a sua toalha. Agora entre e relaxe.

Eu lhe entrego a toalha e faço como ele manda, me deito na água quente e logo sinto o meu corpo aquecido.

Rashid me dá um sorriso e deixa a toalha na espreguiçadeira, logo depois pega as suas roupas que estão em um canto e some no interior do iate.

Quem diria!? Eu gozando dessa vida boa, olhando para o céu com poucas nuvens, sem aquele fardo pesado sobre os meus ombros, sem aquela preocupação com as contas.

Pouco tempo depois Rashid surge com uma bandeja nas suas mãos. Nela, um copo de suco de abacaxi. Eu sei disso pois ele teve o capricho de colocar uma rodela da fruta presa ao copo.

Allah! Esse homem é perfeito.

—Beba, ou vai ficar desidratada.

Eu me sento e pego o copo das suas mãos.

—E o almoço? Precisa de ajuda?

—Não, está tudo sob controle. —Ele sorri e eu reparo que sua camiseta está suja de molho vermelho.

Sorrio e procuro os seus olhos.

—Macarrão?

Ele olha para a camiseta e sorri.

—Sim, macarrão com molho à bolonhesa, bastante queijo, salmão grelhado e sorvete de sobremesa.

Tudo o que eu gosto...

—Obrigada — Eu lhe dou um sorriso, me fazendo de desentendida.

Ele passa por mim e ficamos muito próximos já que o espaço é pequeno. Seus olhos varrem o meu rosto e eu ruborizo.

—O almoço já está quase pronto, não demore.

Sorrindo, eu lhe digo:

—Ok. —E aperto mais a toalha contra o peito

Quando ele se afasta meu autocontrole retorna, preciso rir do meu nervosismo. Atração é algo físico e tão instintivo que se torna maior do que o meu desejo por comida.

Allah! Pela primeira vez na vida eu me deparei com um homem realmente magnético. Ele é tão atraente que eu me sinto vulnerável, portanto, não há a menor dúvida que eu estou arriscada a sair de tudo isso com o coração partido. Não posso me iludir com ele. Ele já deixou isso bem claro. Eu preciso ficar no carnal e desconectar as minhas emoções.

Já de banho tomado eu visto um vestido branco, com os cabelos ainda molhados, mas devidamente penteados, e vou até a sala de jantar.

Rashid já está sentado no seu lugar à mesa. O cheiro da comida é delicioso e me dá água na boca. Só agora percebo quanta fome estou sentindo.

Ele se levanta e como um perfeito cavalheiro, puxa a cadeira para que eu me sente.

—Obrigada.