Depois de breves despedidas e agradecimentos, eu e Rashid nos dirigimos para a saída. Rashid é brecado por um homem e se vira dando as costas para mim, sinto um pé na minha frente e nessa hora quase vou ao chão. A garota loira de olhos verdes que colocou o pé, sai rindo e se afasta se unindo as outras.
Eu fecho a cara, e a fulmino com os olhos, achando um absurdo isso.
Logo Rashid me envolve e eu me sinto mais protegida. É um alívio voltar para casa. Eu já estou mais sóbria e agradeço aos céus por isso.
Lá fora, Rashid me segura com um sorriso e me depois aperta a minha cintura. Então me faz virar para um aglomerado de fotógrafos que capturam com suas câmeras nossa imagem, quase me deixando cega com os flashes.
Seguranças dos Yussef unidos aos seus seguranças fazem um cordão de isolamento, para nos poupar de dar entrevistas. Tudo para mim é muito estranho. Nunca me atentei para o quanto Rashid é popular na nata da sociedade.
Tão logo entramos no carro, ele parte escoltado com outro carro atrás com seus seguranças.
Rashid sorri para mim.
—Você se saiu muito bem.
Mais aliviada por deixar tudo aquilo para trás, eu lhe dou um sorriso.
—Tirando o tropicão, acho que me saí sim.
—Perdoe-me por deixá-la sozinha. Isso saiu fora dos meus planos. Eu não queria, mas Ebraim quis me apresentar algumas pessoas que foram especialmente para me conhecer.
—Tudo bem.
Rashid assente e vira a sua cabeça para a janela do carro, pensativo. Eu encosto minha cabeça no vidro ao meu lado e fecho os olhos. Sinto mãos me puxando para que eu repouse minha cabeça no corpo quente e cheiroso. Estremeço.
A viagem toda eu fico ali, quietinha, ouvindo as batidas do coração de Rashid e sua respiração constante.
Quando o carro para, eu me endireito no banco.
—Pensei que estivesse dormindo.
Eu lhe dou um leve sorriso.
—Quase.
Saímos do carro. Sinto o ar frio nos braços. Rashid percebe e retira o seu paletó, o coloca nos meus ombros.
Ah, seu cheiro é maravilhoso....
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