Os dias não foram fáceis com a viagem de Rashid me tornei uma garota nostálgica. Dividida entre a saudade do meu irmão e de dele. Eu me sentia muitas vezes desamparada.
Rashid ocupou boa parte do meu pensamento durante os dias que ele ficou fora.
Eu falei com ele todos os dias. E todos os dias atendi, tentando não transparecer na minha voz o quanto eu ficava emocionada ao ouvi-lo.
Graças a Allah o sheik estava bem. Foi bom dar essa ótima notícia a ele toda vez que ele ligava. Depois disso, eu lhe contava a minha pequena rotina e só. Tudo muito impessoal, quase frio.
A saudade de Rashid quer ofuscar meus objetivos de mantê-lo afastado de minha cama.
Se já no meu normal não foi uma tarefa fácil, imagine agora cheia de saudade?
Allah! Me ajude.
Nove dias sem Rashid. É uma agonia absoluta. Eu sofro. Seriamente sofro. A casa parece tão vazia sem ele, meu coração sente-se frio.
E o pior de tudo foi quando, esses dias, eu peguei Zilá vendo um jornal na cozinha. Ela fez de tudo eu não ver.
Claro que algum fotógrafo tinha tirado foto de Rashid acompanhado de alguma mulher!
—Zilá. Posso ver? —Eu digo, séria.
Ela resignada me dá o jornal. Rashid estava acompanhado de uma loira exuberante, ela não é muito jovem. Deve ter uns trinta e oito anos. Eu a encarei com uma carranca.
—Ele está em um jantar de negócios. Isso é trabalho. Não quero que isso chegue aos ouvidos do sheik. Está ouvindo?
Zilá me olha aliviada nessa hora.
—Não, claro. Imagine que eu ia mostrar isso para o sheik.
Claro que tem coisa ali, mas eu não o culpo por isso. Eu lhe neguei fogo, ele foi encontrar em outro lugar. Somos uma farsa. Ele não me prometeu amor, nada.
Como eu poderei cobrar algo dele, mesmo que meu coração esteja em frangalhos?
Eu seguro meu choro e a encaro duramente.
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